Capítulo 6

Ao chegar em casa, se sentindo um pouco instável pela temperatura corporal, Victor tomou um banho gelado. Esperando que passasse logo esse transe.

Fazia um ano que não entrava no CIO, dormia com alguns homens e mulheres e tomava os supressores, mas agora isso não estava ajudando muito.

Victor mentiu para Rubens ao dizer que não tinha tomado os supressores, pois ele em hipótese alguma os deixava de tomar.

"Por que estou assim mesmo tendo tomado meus remédios?", falava consigo mesmo embaixo do chuveiro. Nem a água estava ajudando a diminuir a temperatura corporal de seu corpo.

Tomou um gole de água gelada após o banho que ajudou a estabilizar um pouco. Vestiu o terno preto, sendo um dos seus favoritos, jogou os cabelos para trás com o gel, calçou o sapato social e por último distribuiu o perfume por volta de todo o pescoço.

Deu uma visualizada da própria aparência no espelho e esperou Rubens chegar no carro para irem a mansão do presidente.

Rubens estacionou o carro em um ponto vazio dentre dois carros brancos, sendo a última vaga que sobrou. Os outros espaços estavam lotados de carros, todos importados.

Victor: Já imaginava que viriam muitas pessoas granfinas.

Disse saindo do carro acompanhado do amigo.

Rubens: Se tratando do presidente, essa mansão aqui vai lotar de pessoas esnobes.

Ambos seguem até a entrada da mansão do presidente, se dirigindo ao salão principal. Parte das pessoas estavam sentados em algumas mesas e outras se mantiveram em pé, focando o olhar em Victor que seguia até o responsável pelo convite.

Presidente: Boa noite — Diz apertando a mão de Victor e a de Rubens — Bom que vocês aceitaram o meu convite.

Victor: Não teria como recusar essa oferta tão generosa.

Sorriu um pouco forçado por estar desconfortável com o próprio corpo.

Presidente: Aproveitem a festa. Qualquer coisa é só virem até mim.

Ele disse se encaminhando até duas mulheres e dois homens.

Victor notou que uma das mulheres, a de vestido preto colado ao corpo, o olhava disfarçadamente.

No entanto, ele não obteu muito interesse, mas se dirigiu a mesa que constava vários tipos de comidas, salgados e doces.

A mulher de preto aproxima de Victor o cumprimentando com uma boa noite.

Victor: Tudo bem bela dama?

A mulher fica lisonjeada com a educação de Victor, tanto que puxa algum assunto para conversarem. Estando por dentro do que ela falava, Victor mencionava até suas ideias, quando acabou ficando em silêncio alguns instantes por ver o cara do baile adentrando a mansão.

Ela perguntou se estava tudo bem, percebendo que ele ficou imóvel nas palavras.

Victor: Sim está tudo bem, só preciso resolver uma coisinha. Depois eu volto.

A mulher diz esperar, sem entender o que estava acontecendo.

Victor se aproximou de Rubens e foi direto ao ponto.

Victor: O que aquele egocêntrico arrogante está fazendo aqui?

Rubens deu uma olhada em volta.

Rubens: Não sei. Afinal de contas, demos algumas investigadas e não encontramos nada em relação a vida dele.

Victor: Merda...Pode manter o olhar nele por favor?

Rubens: Por que?

Victor: Porque estou mandando!

Disse deixando Rubens confuso e foi novamente conversar com a mulher que se apresentou como Felice.

Felice: O que foi?

Victor: Nada de mais. Então, onde paramos?

Disse pegando uma taça de vinho da bandeja do garçom.

Felice: A gente estava falando sobre a sua empresa.

Ela olhou para Victor que não tirava os olhos do outro lado do salão.

Felice: Tá me escutando!?

Pergunta um pouco cismada por ele não concentrar no que ela dizia.

Victor: Ho sim, é isso mesmo. Se me der licença, preciso ir ao banheiro por alguns instantes.

Felice revirou os olhos e apenas consentiu com a cabeça. Assim que Victor sai do campo de visão, ela olha para onde ele estava tão focado.

Então viu um homem de aparência séria, que também era coberto por uma beleza que o diferenciava dos demais.

Não exitou em se aproximar.

Felice: Boa noite — Estende a mão — Eu me chamo...

Antes que pudesse terminar, parou no momento em que ele a ignora e segue em direção ao banheiro.

"Que mal educado" pensou.

Arthur: Sinto muito por isso, ele apenas não está em bons dias.

Felice: Tá tudo bem, já estive assim algumas vezes.

Diz contendo a frustração e indo para o grupo de suas amigas.

No banheiro Victor encostou na pia enquanto olhava o seu rosto vermelho no espelho. As mãos suavam, fazendo com que ele não conseguisse conter essa sensação no corpo.

"Por que estou assim?"

Victor olhou para baixo e percebeu que estava duro feito pedra.

"Merda!"

Abaixou o zíper da calça e tentou se aliviar. Durante alguns segundos, percebeu que não estava fazendo efeito algum. Não estava se sentindo bem mesmo se tocando.

"Porra, o que eu faço?"

Em alguns minutos depois, sentiu uma mão sobre o seu ombro, então olhou para trás vendo quem menos esperava.

Afastou a mão de Wiven com rapidez.

Victor: Que caralhos você está fazendo aqui?

Dirigiu a pergunta mas não obteve resposta, apenas sentiu o cheiro dos feromônios de Wiven. Que fez seu corpo ficar ainda mais instável.

Wiven direcionou o olhar para o membro de Victor, percebendo que estava duro. Fez um sorriso sarcástico, pois sabia o que estava acontecendo.

Wiven: Você está no CIO. Não é melhor ir a um hospital?

Victor: Hospital meu rabo, posso cuidar de mim mesmo.

Disse tentando andar para fora do banheiro até ser puxado bruscamente pelo braço.

Wiven: Onde pensa que vai nesse estado? Acha que não vão notar você todo duro assim?

Victor: Isso é problema meu.

Wiven: Estou tentando ser legal, mas você não colabora.

Ao dizer isso, Wiven empurra Victor contra a parede que fica surpreso. Olhou nos olhos de Wiven e não conseguia decifrar nada. Cada vez mais se sentia tentado aos feromônios dele.

Victor: Pode parar de liberar seu cheiro?

Wiven: Desculpa, mas eu não quero.

Disse com deboche.

Victor: Me larga!

Wiven: Não antes de ver você resolver seu probleminha cachorrinho.

Victor: Filho da puta!

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