Capítulo 8 - Luas De Saturno.

Rael

Depois que chegamos em casa chamo Jordan até meu quarto, eu preciso conversar com ele sobre a ratinha... Não quero que meu filho se magoe.

— Oi, pai... Estou com muito sono, é algo urgente?

— Sim, filhão! Eu tenho que te avisar que a ratinha já pagou metade da dívida dela comigo e se ela continuar indo bem no trabalho noturno logo, logo ela vai embora. Você precisa saber que a passagem dela por aqui pode se encurtar a qualquer momento.

— Eu já pensei nisso e tenho uma solução. É só oferecer um salário irrecusável para ela que ela ficará. Pai, ela precisa de dinheiro por causa do pai dela que ama demais e eu sinto que ela gosta de mim.

— Ela parece mesmo gostar de você e sabe por que? Vocês dois tem a mesma idade mental. Ela quis bater no Mickey, Jordan. Quem bate no Mickey, Jordan?

— Ela só não achou justo ele passar aqueles trigêmeos na minha frente, pai! E eu acho que ela não iria bater de verdade nele.

— Ela deu uma banda nele, Jordan. Você a defende demais... Vou pensar nessa proposta de contratar ela com um salário que a segure aqui, se ela não matar ninguém até lá.

Ele me abraça e volta para o quarto. No dia seguinte tive que largar tudo no trabalho porque a louca quase colocou fogo na minha cozinha tentando assar um bolo para o Jordan, a única razão para eu não puni-lá pelo vandalismo.

Já ao anoitecer levo ela para o cassino Luas de Saturno, é o único cassino que tenho que tem um atendimento "especial" das garçonetes, elas não são obrigadas, mas se quiserem um dinheiro a mais vão para os quartos que são preparados para isso e se divertem com os ricos idiotas que vem aqui.

— Ratinha, seu trabalho hoje é circular por aí e ver se não tem nenhum "ratinho" como você me roubando.

— Pelo jeito que me obrigou a me vestir pensei que ia me vender para um de seus amigos ricos babacas.

— Não é uma idéia ruim, ratinha. Não me tente.

Ela dá umas voltas e sinaliza para os seguranças cada vez que encontra um trapaceiro e só nessa noite me livrei de 7 graças aquela ratinha. Estou no meu escritório e ela vem cheia de atitude como sempre.

— Pode entrar. — falo com ela já dentro da minha sala.

— Pensa que sou idiota? Já são 4 horas da manhã e até agora você não me disse quanto essa noite vai custar e o por que está me segurando tanto tempo aqui.

Ela vem contornando a minha mesa e coloca o dedo no meu peito reclamando por não saber o que vai ganhar com essa noite, ela está próxima demais e meu desejo fala na minha frente.

Seguro o rosto dela firme com as duas mãos e puxo para um beijo, minha língua invadiu a boca dela a procura do perigo, mas só encontrou desejo.

Puxo ela para o meu colo e minhas mãos passeiam pelo seu corpo pequeno e perfeito, ela segura meu cabelo na nuca e puxa para trás arrastando seus beijos para o meu pescoço enquanto minha mão entra em seu pequeno vestido trilhando o caminho para a felicidade.

Somos interrompidos por batidas na porta e ela praticamente pula para longe enquanto Corina entra sem perceber nada incomum no ambiente.

— O motorista já está aí para levar a ... Babá embora.

— Ok... Pode acompanhá-la por favor?

Mesmo que eu quisesse fazer isso pessoalmente não seria possível já que estou mais duro que a minha mesa.

— Até mais, ratinha. — Falo olhando para ela dando uma leve piscada.

Depois que elas saem chamo uma de minhas ficantes para resolver o que a ratinha deixou incompleto, mas quando a garota coloca a mão em mim tudo esfria e perco a vontade e aquele mal humor brota na força do ódio.

— Rael, aquele cara que está te devendo uma carga pegamos ele, e já está lá no telhado esperando por você. — Bernard fala sorrindo.

— Perfeito! Preciso mesmo de algo para socar e descontar um pouco da minha raiva hoje.

Depois que dou cabo do sujeito com minhas próprias mãos decido ir para casa e encerrar minha noite. Mas quando chego em casa, aquela ratinha sentada no meu colo não sai da minha cabeça.

Decido passar no quarto dela e para minha surpresa ela está de pé andando de um lado para o outro, eu fecho a porta atrás de mim e a surpreendo.

— Sem sono, ratinha?

— Aí, mais que merda! Seu babaca, que susto. Você esqueceu sua educação na rua foi? Deveria bater e esperar.

— Na minha casa? Eu? Pedir para entrar? Não! Precisa de algo? Ou de alguém? — Pergunto me aproximando dela e aquilo que deixamos na Luas de Saturno se acendeu de novo automaticamente. Ela fica imóvel enquanto olhamos um para o outro.

— Eu... Eu não sei do que você está falando. Não me lembro de nada que possa valer apena lembrar.

— Sério? Então que tal eu te ajudar a lembrar?

Seguro o rosto dela com as duas mãos de novo e puxo ela para outro beijo, essa ratinha traiçoeira entrelaça as pernas na minha cintura e rasga minha blusa coloco ela na cama enquanto o beijo se intensifica eu rasgo sua camisola.

Nossas roupas ficam em pedaços no chão, as unhas dela desenham minhas costas enquanto eu vou fundo nela sem perder tempo, deixo marcas pelo corpo dela de mordidas suaves e pequenos chupões enquanto ela faz o mesmo em mim.

Selvagem, é a única palavra para descrever o que fizemos nesse quarto... Selvagem. Quanto mais desejos temos mais difícil fica de parar.

— Ratinha, se continuar assim vamos nos destruir.

— Não aguenta meu fogo então volte para a sua vida fria.

— Ratinha... — Seguro ela pela cintura e me levanto com ela da cama socando seu pequeno e delicioso corpo contra a parede e a safada ri.

Isso só pode ser brincadeira qualquer coisa que eu faça que use força ela vibra, geme e sempre com aquele sorriso nos lábios e os olhos nos meus. Essa ratinha é sádica e atraiu um cara mais sádico ainda, vamos acabar nos matando.

Paramos com o dia amanhecendo e começa a bater aquele arrependimento, não quero que ela pense que algo mudou, mas a ratinha me surpreende mais uma vez me expulsando do quarto dela apenas com um lençol já que minhas roupas viraram trapos e a safada ainda me ameaçou.

— Ok! Já acabou. Você é gostoso, mas agora saia do meu quarto que eu preciso dormir. E outra coisa: se você contar para alguém o que aconteceu aqui eu digo que é mentira e que você me pediu um fio terra. Agora vai.

— Difícil ninguém saber. Vai precisar de muita maquiagem e roupas grandes para tampa minha obra de artes.

Saio do quarto rindo e satisfeito com o prazer que recebi.

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