Capítulo 10 - Sinônimo De Confusão.

Rael

O aniversário de Jordan está perfeito ela caprichou em tudo e até me surpreendeu usando a roupa da spider-Gwen e aquele pulo dela direto no trampolim e o jeito que aterrissou no chão mexeu com a minha mente e me deixou bastante excitado, fora que essa roupa a deixou irresistivelmente sexy.

Estou feliz com o resultado e eu nunca vi o Jordan correr tanto e sorrir tanto. Meu filho está dando gargalhadas a última vez que ele fez isso ele tinha apenas 2 anos, esse é o melhor aniversário que ele já teve sem dúvida.

Está tudo perfeito até que vejo Corina puxar o capuz da ratinha para trás fazendo ela cair sentada no chão e tenho certeza que a ratinha vai revidar. Corro até elas, mas a ratinha ainda consegue acertar um soco na cara de Corina, merda.

— Quem você pensa que é para fazer isso comigo, sua vaca? Nunca mais coloque suas patinhas imundas em mim.

— Você me mandou para longe para que eu não pudesse vir no aniversário de Jordan. Você é apenas a empregada aqui e está tentando ser a dona.

— Como assim? Isso é verdade, ratinha? Você enganou a Corina para que ela não viesse para cá?

— O Jordan nem gosta dela. Eu fiz um favor para ele. E não quero ser dona de nada, quero apenas pagar a minha dívida o mais rápido possível e ir embora daqui. Para longe de vocês.

A ratinha sai andando furiosa para dentro da casa e Jordan sai correndo também.

— Merda! Agora tenho dois problemas para resolver.

Vou até Jordan que está no quarto dele.

— Filho, você ainda não cortou o bolo e nem cantamos parabéns... Vamos voltar?

— A Corina estragou tudo, pai! Ela sempre estraga tudo. Eu não vou descer se ela não for embora e a Jordana voltar comigo para a festa.

— Eu vou ir lá falar com a ratinha, fique aqui.

Quando chego no quarto dela a vejo socando um saco de areia.

— Mas como você trouxe isso para cá? — Ela se assusta e para.

— Já te falei para bater e esperar lá fora! Se eu quiser te atender atendo. Vou passar a trancar a porta.

— Faça isso e terei o prazer de arrombar a porta, para mim não vai ser um problema. Agora, vamos ao que interessa: por que mentiu para Corina?

— Para um chefe da máfia sua memória é bem ruim... Já falei o porquê!

— E eu ouvi... Mas o que disse não é segredo para ninguém. Tem algum outro motivo para esse comportamento?

— Você está querendo colocar palavras aonde não existe. Não vou falar o que não é.

— Tudo bem, ratinha, mas o fato é que sabemos bem onde estamos pisando... Jordan só aceita voltar para a festa com você. E ele está feliz com tudo lá fora, vamos?

— A vaca já foi pastar ou está querendo comer a sua grama ainda?

— Você ainda diz que não tem nada além do fato de Jordan não gostar dela... Sei. Acredito.

— Você se acha demais seu Playboy iludido. Pensa que só porque te dei a chance de provar um pouquinho de... — Eu a beijo, está ficando frequente isso. Mais do que é permitido... Eu me afasto irônico e falo:

— Está mais calma agora? Vai ir buscar meu filho ou vou ter que mostrar mais um pouco do que posso fazer?

Ela sai correndo do quarto e acho engraçado. Agora vou ter que descer e falar com a Corina e para mim essa é a pior parte pois eu gosto dela e a considero uma boa pessoa.

— Rael, querido, cadê o Jordan? Eu quero entregar o presente que comprei para ele em mãos. Comprei um kit de laboratório para jovens inventores tenho certeza que ele vai amar. E me desculpa por ter feito o que fiz. É que aquela garota me tira do sério.

— Sei como é. Ela causa esse efeito em mim também. Mas, Corina, esse presente não é algo que meu filho vá realmente gostar, olha em volta ele gosta de homem aranha, e eu não quero que ele seja rude com você.

— Pelo visto a babá fisgou pai e filho né, Rael? Eu pensei que eu significava algo para você. Todas as noites em que passei na sua cama. Eu fui a única que você deixou deitar na sua cama, Rael. Eu tenho significado na sua vida sim, mas essa veneração cega que você tem pelo Jordan não te deixa enxergar além de nada.

— Você realmente acha que aquele era meu quarto mesmo? Você pensa mesmo que qualquer uma vai deitar na cama que a mãe do meu "único" filho deitou? Está se achando demais, Corina, e estou começando a ver um lado seu que não via antes. Com relação a Jordana é melhor deixá-la em paz. Para o seu próprio bem. Agora vai embora, você não foi convidada para essa festa.

— Eu não tive a intenção de te irritar querido. Me desculpa. Eu vou indo.

Ela sai e não tinha momento melhor para isso pois Jordan já está se aproximando da mesa do bolo para o parabéns. Na hora de escolher para quem dar o primeiro pedaço do bolo ele segurou minha mão e da ratinha juntas e entregou para nós, foi a primeira vez que vi uma lágrima escorre no rosto dela quando o Jordan disse:

— Pai, Jordana, eu amo vocês.

— Droga, pirralho. Vai borrar minha maquiagem.

— Ratinha, passa no meu escritório mais tarde depois que o Jordan for dormir, quero te propor algo e espero que aceite. E fique tranquila não é nada demais. Pode ir sem medo.

— E quem disse que eu tenho medo? E principalmente de você. Sei me defender, senhor Karvell.

Estou no meu escritório e ela entra e se senta ainda com a roupa que estava na festa.

— Ninguém nunca te ensinou a bater antes de entrar?

— Você entra no meu quarto sem bater e eu entro no seu escritório sem bater. Estamos quites.

— Acho que não. Tenho uma ótima lembrança da penúltima vez que entrei no seu quarto precisamos repetir aqui para estarmos quites.

— Nos seus sonhos pervertidos. Fala logo o que você quer?

— Você já percebeu que meu filho te ama, e eu tomei uma decisão. Um contrato. Eu perdoo o que resta da dívida e te pago um enorme e valioso salário em troca você mora aqui com a gente enquanto meu filho precisar de você. Nesse contrato estou incluindo a mudança do seu pai para cá. Ele terá mais do que tem onde está com conforto e pago por mim. Está nas suas mãos, ratinha, é pegar ou largar. Você aceita?

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