Capítulo 14 - Peixe Pequeno Não Alimenta Tubarão.

Rael

Chegando na minha casa vejo que o lado que foi danificado pela explosão poderá ser reparado em 15 dias no máximo e para minha felicidade meus seguranças pegaram um grupo de 5 responsável pela travessura na minha área.

— Se a gente dividir direito todos poderemos "brincar" um pouco. — Ambrose fala sorrindo.

— Não curto essa "brincadeira", mas quase mataram meu sobrinho e eu não perdoo isso. — Thomas assume um lado.

— Vamos logo, já perdemos tempo demais falando ao invés de agir.

Quando chegamos no porão da mansão feito especialmente para "limpar" a região me deparo com os cinco homens de pé algemados com as mãos para trás.

— Qual de vocês está no comando de tudo? Quem é o cabeça?

Nenhum deles responde, mas o cara da esquerda olha rapidamente para o cara ao lado dele.

— Já que ninguém fala nada eu vou escolher meu brinquedo da vez que será você aí com a tatuagem de pássaro na cara.

Seguro o idiota pelo cabelo e levo para perto da minha mesa preferida, ali eu tenho maçarico, alicate, serras de vários tipos, facas de vários tamanhos, fitas, chaves de fendas afiadas, arame farpados para um lindo colar ou uma linda pulseira e alguns outros utensílios domésticos.

Tem também ácido, mas como gosto de algo mais lento sempre mantenho pimenta, limão e vinagre por perto, ninguém resiste a uma carne temperada.

Fui até que gentil e paciente com o cara, arranquei suas unhas dos pés e mãos coloquei uma pimentinha no lugar para dar um charme, cortei fora seus mamilos, arranquei alguns dentes(todos eles), fiz a sombrancelha dele (não tem mais um fio no lugar apenas carne viva) e ainda assim o cara não abre a boca para nada. Está entediante.

— Depois que eu joguei ácido no brinquedo do amigo ali ele cantou igual um passarinho. — Thomas fala satisfeito.

— Está vendo o exemplo do seu parceiro de equipe ali? Você que tem o pássaro na cara e ele que canta como um. Irritante e sem graça você.

Passo minha adaga predileta na garganta dele e deixo ele lá já que em segundos ele não estará mais vivo.

— O que ele disse, Thomas?

— Que eles não sabem quem é o mandante por trás de tudo, mas que a certeza que ele tem é que a voz na ligação que seu parceiro de equipe recebeu era de uma mulher. E que o próximo alvo deles era a sala de aula do Jordan. Rael, precisa tirar o Jordan da cidade até pegarmos essa vadia. Você por um acaso deixou algumas de suas vadias com raiva?

— Já faz um tempo que eu não pego ninguém de fora.

— Ninguém de fora? Como assim, Rael? Com quem você está então?

Eu o olho nos olhos e depois respiro fundo.

— As únicas mulheres próximas a você são apenas Corina e Jordana, e eu acho que... Ah não! Você está pegando a babá? Isso é sério? Você perdeu a noção das coisas foi? Você se lembra de como conhecemos ela, né?

— Thomas não devemos julgar as pessoas assim. E foi apenas uma ou duas vezes apenas. Não tenho nada com aquela ratinha metida. — Nem eu levei fé no que acabei de falar.

— Acabei de perceber uma coisa... Você está F-U-D-I-D-O. Boa sorte, meu irmão.

Ele sai rindo, mas sei que no fundo ele está certo. Volto para o hotel e depois de um banho durmo um pouco e acordo com uma clareza melhor das coisas.

Thomas tem razão, preciso tirar Jordan da cidade, mas também preciso ficar de olho na ratinha e na Corina. Não sei qual das duas seria capaz de fazer algo contra mim, sendo que a ratinha não teria dinheiro para contratar tanta gente para algo do tipo e a Corina nunca fez nada de mal contra mim, mas tem sempre uma primeira vez para tudo. Quero pegar a responsável por esses ataques e ratinha, por favor, que não seja você. Que não seja você.

Jordana bate na porta do meu quarto eu abro com uma cara péssima.

— Uma boa noite de sono mandou lembranças. Por que você mandou arrumar as malas do Jordan e as minhas? Vamos voltar para a mansão hoje?

— Se queria me encher de perguntas depois de eu ter dormido apenas por 1 hora poderia pelo menos trazer um café para mim. Que irritante.

— Creio que não fui contratada para servir de babá para o pai e sim para o filho. Não sou obrigada a te trazer café. Mas se eu soubesse o estado que te encontraria não seria uma má idéia.

— Vamos viajar. E não vou dizer para onde, apenas esteja pronta junto com o Jordan em 30 minutos lá embaixo me esperando.

— Se for pelo mar tranquilo. Mas não vou entrar em um avião.

Eu a abraço segurando seus dois braços a prendendo em meu peito largo e a fazendo olhar em meus olhos.

— Rael...

— Olha ratinha, hoje eu realmente não estou com paciência então faremos o seguinte, você vai descer e vai pegar meu filho me esperar lá embaixo ouuu você vai obedientemente se entregar para mim e trazer minha paciência de volta com muito prazer... Escolhe.

— O... O primeiro... O primeiro.

Eu a solto, caminho para cama pego uma toalha e vou em direção a porta do banheiro. Ela sai rapidinho de lá e vai cuidar de Jordan.

Termino o meu banho e quando saio do banheiro vejo Ambrose largado na cama.

— Eu trouxe café. Está ali na mesa, está do jeito que você gosta não muito forte e doce... Já que vai viajar vou passar esse tempo na casa da Jade para ajudar com o que você pediu para ela. Já que pegamos os caras e agora você quer pegar a abelha Rainha. Até a volta.

— Até, meu irmão, e se cuida.

Tomo meu café, desço e como pedi a ratinha já está no carro com Jordan e quanto ao Joshua já levaram ele de volta para a mansão já que não afetou o lado em que ele fica. E quando entramos no avião a ratinha e Jordan se irritam ao ver Corina lá dentro.

— Pai, por que ela está aqui? Eu não vou viajar com ela junto.

— Concordo com o Jordan. Essa daí vai matar a gente assim que tiver chance.

— Querido, pensei que essa viagem era para algum trabalho. Essa babá não sabe nem comandar uma reunião.

— Eu quero que vocês se sentem e fiquem quietos até esse avião chegar ao destino dele e não quero ouvir nem um suspiro.

Caminho até o quarto que tem no avião me jogo na cama e apago cansado, pelo menos se o avião cair por causa daquelas duas vou estar dormindo e não vou sentir nada.

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