Capítulo 4 - Uma Babá sem Noção!

Jordana

O pirralho é esperto me colocou no quarto que fica de frente para o dele porque aqui tem dois seguranças. Ele entra junto comigo e fica me encarando.

— O que mais você quer? — Pergunto irritada.

— Que você troque de roupa e depois me conte uma história para que eu possa dormir! Você já está oficialmente trabalhando.

— Ok pirral... Jordan. Eu não tenho roupas aqui e só sei 3 história de princesas da Disney, acho que não vai querer ouvir então vai logo para o seu quarto dormir, já está tarde para uma criança está acordada.

— Acho que vou chamar o meu pai e dizer para ele que a babá é má comigo e que ele pode levá-la para a fazenda onde as pessoas trabalham para ele dia e noite tendo apenas 2 horas de descanso. "Só para constar isso é mentira."

— Qual história você quer ouvir? Que tal Chapeuzinho vermelho? Vamos agora para o seu quarto. — Pirralho filho da puta. Me tem nas mãos dele.

Termino de contar a história enquanto faço carinho na cabeça dele e não é que o cabelo do pirralho é mais macio que o meu? É gostoso de mexer, ele me abraça e eu acabo dormindo ao lado dele também.

Acordo no meu quarto, mas não tenho noção de como cheguei aqui e quando me sento vejo um Rael furioso me olhando...

— Bom dia para você também.

— Não durma no quarto do meu filho. Seu quarto é esse, eu não quero que ele fique emocionalmente dependente de você. Não faça isso novamente.

— Não fiz por mal, estava cansada. Quer saber retiro o meu bom dia e acrescento um vai para o inferno.

Nem tomei o meu café da manhã e esse babaca vem me infernizar, falo caminhando para a porta que creio que seja o banheiro, mas quando chego lá sinto a mão dele me puxar por trás do meu pescoço em seguida me coloca de frente para ele.

— Não sou gentil e muito menos paciente então vou tentar ser legal e te avisar: Evite abrir essa boquinha atrevida perto de mim, a próxima vez vou calar você. Aqui nessa casa todos cuidam bem do meu filho, mas ele escolheu você para ficar ao lado dele e como não gosto de vê-lo triste atendi seu pedido. Agradeça para ele por ainda está respirando.

Ele me solta se afasta.

— Deixei ali na mesa o que você pode e não pode por escrito, leia atentamente não suporto erros bobos. E durma quando ele estiver na escola, assim que ele dormir mais tarde mando alguém vir te buscar para seu segundo trabalho, quanto antes você quitar comigo antes me livro de você.

Depois de dizer o que ele queria sai como se nada tivesse acontecido, senhor Jesus eu prometo que se eu sair daqui viva nunca mais entro num cassino na vida. Amém.

Desço para tomar café e encontro uma mesa com 10 cadeiras, na mesa tem de tudo um pouco e eu fico salivando ao olhar para um delicioso bolo de mel quentinho. Quando me aproximo para pegar escuto alguém falar atrás de mim e vejo que é Thomas Karvell.

— Se eu fosse você não tocaria nesse bolo antes do Rael e do Jordan. É o bolo favorito dos dois. — Sua fala é suave, calma e gentil.

— Sério que vou ter que esperar pelo Rei e o Príncipe para depois comer? Estamos na era medieval e eu não sabia? Será que ao deitar para dormir eu voltei no tempo e não sabia? Me diz uma coisa o ego de vocês cabe aqui dentro ou tem outra super mansão luxuosa como essa só para eles?

— Você é chata. E barulhenta. Como fala, meu Deus. — Ambrose, áspero e grosseiro.

— Ratinha, acho que você não esqueceu da nossa última conversa, né?

Olho para trás e vejo Jordan, Rael e Ambrose vindo na direção da mesa, vejo Thomas sentar e os três também.

— Você também não é nem um pouco doce, Ambrose Karvell. E sim, senhor Karvell, me lembro da tal conversa!

— Que conversa? Pai? O senhor não está fazendo bullying com a minha babá, está?

— Não, meu amor! Ela precisa saber o que você pode e não pode comer, suas alergias... Ela é uma estranha e não te conhece bem.

— Por mim ela não chegaria perto do Jordan nunca. Eu não confio nela. — Ambrose é ácido e desconfiado.

— Só para você saber eu também não confio em vocês. Mas já que Jordan me quer aqui... Então, me engula, Ambrose. — Dou um dedo do meio para ele.

— Sua vadia, vou te fazer engolir meu pau. — Ambrose bate na mesa e se inclinar na minha direção.

— Parem, agora! — Thomas intervém — Rael? Vai ficar assistindo? Olha, o Jordan está bem ao seu lado ouvindo essa baixaria.

— Ok! Crianças parem... Jordan, você sabe que seu tio Ambrose não vai tocar na sua babá, né?

— Só para você saber, Ambrose, para me fazer engolir algo você precisa ter. — Ele levanta de seu lugar e seu braço longo me alcança, segurando meu pescoço e apertando.

— Não ande pela casa sozinha. Principalmente a noite. — Ele me solta depois que Jordan coloca sua mão em seu braço. Ele beija sua testa e se desculpa apenas com ele, pega dois sanduíches e um suco e vai para a piscina tomar seu café lá.

Me sento novamente e passo a mão pelo meu pescoço, se continuar assim vou ficar sem ele. Thomas e Rael se levantam beijam a testa de Jordan e saem em seguida me ignorando. Até que escuto a voz de Jordan.

— Jordana... Não continue com essa postura na presença deles, você parece uma boa pessoa e não quero te ver machucada ou...

— Você não precisa se preocupar comigo. Tenho certeza que se acontecer algo comigo seu pai coloca outra em meu lugar num estalar de dedos.

— Mas eu não quero outra babá. Está quase na hora de ir para a escola e hoje você vai comigo, tem uma festa de aniversário na sala e disseram que poderíamos levar uma pessoa com a gente... Vamos?

— Eu não tenho roupa para ir, ainda estou usando o vestido de ontem.

— Acho que você ainda não olhou o seu closet. Vamos lá vou te ajudar a escolher algo mais decente para uma sala com crianças.

Ele sai me puxando e eu acho até engraçado, estou sem meu celular e a Enora pode estar preocupada... Como vou avisar ela?

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