Capítulo 6 - Trabalho Noturno.

Jordana

Até que esse pirralho não é tão ruim de aturar, pensei que ele era um filhinho mimado por causa de tudo que ele tem aqui, mas estava enganada. Pregamos uma peça na vadia da assistente do pai dele, mesmo que ela descubra que sou eu estou nem, aí ela mereceu.

Estou andando pela casa já que Jordan está tomando banho para depois lanchar, não dá para ficar parada com essa casa imensa dando sopa. E andando por aí encontro uma porta escrito "Privado" nela.

Uma vez curiosa sempre curiosa, a porta não está trancada, mas se o que está aqui é importante por que não está trancada?

Não importa vou entrar assim mesmo. E quando entro vejo armas, de todos os tipos. Pequenas, grandes e médias, também tem todo tipo de munição. Quando olho para o canto da sala vejo dinheiro, empilhado, parece até uma caixa feita apenas de malotes de dinheiro e quando eu iria tocar nele me assusto com a voz de Jordan

— Se eu fosse você não faria isso. Tem vários dispositivos aqui dentro que faria você virar carne moída se tocar nesse dinheiro. E outra coisa, esse lado da casa é proíbido, até para mim. Vamos, quero sorvete de chocolate.

— Você não pode comer sorvete. Ordens do seu pai e eu nem sei porque.

— Sabe... Eu acho que vi alguém entrando em uma área da casa que é restrita. Devo contar para o meu pai?

— Que tal calda de caramelo com confeitos de chocolate? Fica uma delícia. Eu coloco paçoca no meu também, fica muito bom.

Que filho da puta, será que vai ser sempre assim? Preciso me controlar mais para não ficar nas mãos de um pirralho desse tamanho.

O resto do dia fiquei no meu quarto já que não tenho um mapa dessa merda de mansão para saber onde posso e não posso ir. Ver aquelas armas me fez lembrar que não estou aqui a passeio e que Rael Karvell pode me riscar do mapa quando quiser.

Eu preciso ser cautelosa e dar um jeito de pagar logo a minha dívida com ele. A noite cai e uma empregada me entrega uma caixa e diz que em uma hora Rael mandará alguém me buscar, quando abro e vejo a roupa sinto uma enorme vontade de mandar ele enfiar ela no rabo. O que ele pensa que eu sou?

Me visto na força do ódio, me olho no espelho e a raiva só aumenta, estou parecendo uma vadia e nem é daquelas de luxo que ganham bem. O motorista me leva para o cassino Noite no Caribe e lá o senhor Playboy Iludido está me aguardando na porta.

Vou até ele com a raiva convulsionando em mim e pergunto:

— O que está pensando que vou fazer? Para me obrigar a vestir essa coisa ridícula. Estou com mais pele amostra que as meninas do bar de streap.

— Você está corajosa hoje, hein ratinha. Para trabalhar nos meus cassinos você vai vestir o que eu quiser e se eu quiser que você venha com um micro biquíni virá, sabe por que? Por que você me deve muito e não tem como me pagar. Agora sua missão de hoje é fazer Theobaldo Ramirez gastar todo o seu dinheiro do império de minerais preciosos aqui no meu cassino essa noite.

— Interessante... E o que eu ganho com isso?

— Nada! Quem tem que ganhar sou eu esqueceu? Vou fazer um acordo com você, se fizer ele gastar o máximo possível desconto uma certa porcentagem do que você me deve. Dependendo do valor eu vejo quanto será descontando se será 10,20 ou 30%... Será que a ratinha consegue?

— Vou tirar dele até os dentes de ouro se ele tiver algum. E se eu tirar um valor realmente alto espero que cumpra com sua palavra.

— Sou homem de uma palavra só, ratinha... Agora vamos porque já perdemos tempo demais.

Entramos e ele me mostra quem é o tal Theobaldo e ele até que não é feio e tem boa aparência... Vamos lá.

A princípio fiquei perto dele nas mesas de Black Jack e depois me aproximei de verdade, usei meu charme e meu segredo para ele ganhar algumas partidas e depois de embriagar ele tudo fluiu como água, o cara perdeu quase 1 bilhão de dólares e só não perdeu mais porque o filho da putä do segurança dele desconfiou de mim e tive que sair de lá. Entro na sala onde Rael está monitorando tudo e pergunto para ele o que achou.

— Eu já estava pensando em oferecer um lugar mais discreto para vocês dois. Como você deixou ele te apalpar tanto?

— Você queria o que? Pelo menos fiz o que me pediu e com exito. Agora me diz, quanto será descontado da minha dívida?

— Você foi bem e não posso ser injusto... 250 mil.

— Se eu soubesse tinha arrancado daquele desgraçado 2 bilhões e não te deveria mais nada e poderia ir embora.

— Mais sorte na próxima, ratinha, porque eu também quero me livrar de você. O motorista já está te esperando... Pode ir agora.

— Nunca mais ver essa sua cara ridícula vai ser um bônus para mim. — Mostro dois dedos do meio para ele e saio em seguida.

Depois disso vou para o carro e não vejo a hora de deitar e dormir. Estou exausta... Já na mansão passo pelo quarto de Jordan e o escuto chorar eu não resisto e entro.

— Jordan, já são 3 e meia da manhã, por que está acordado e chorando?

— Tive outro sonho com a minha mãe. Eu não me lembro dela, mas tenho fotos e acabo sonhando com ela. Mas não passam disso... Sonhos.

Ele diz isso e volta a chorar.

— Vem aqui, me abraça. Vou te contar um pouco sobre a vadia que me pôs no mundo.

Conto para ele tudo sobre meu pai e Jayna, e ele me olha indignado.

— Agora você entende que todos temos uma história triste?

— Sim... Eu nunca perdoaria a minha mãe se ela tivesse fugido com outro assim... Obrigado, por dividir sua história comigo.

— Quer atacar a cozinha? Bora fazer uma bagunça lá e deixar o pessoal doido.

Ele é muito novo para esse tipo de dor e eu não posso deixar ele assim.

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