Meu coração batia descontroladamente enquanto eu lutava para me libertar do aperto da mão desconhecida que cobria minha boca. Meu corpo tenso estava mergulhado em pânico, meus pensamentos girando em desespero. Quem era essa pessoa? O que queria de mim? Eu não tinha nada de valor, nada que pudesse satisfazer qualquer tipo de desejo.
Com o coração batendo tão alto que parecia ecoar pelas ruas vazias, forcei-me a ficar calma o suficiente para avaliar a situação. A mão ainda cobria minha boca, tornando difícil respirar, mas percebi que não estava sendo arrastada para longe. Era uma tentativa de silenciar-me, de me controlar.
E então, como se viesse de lugar nenhum, surgiu uma figura masculina na escuridão. Ele era alto, com uma postura confiante e uma aura de poder envolvendo-o. Seus cabelos escuros caíam em mechas desalinhadas sobre o rosto angular, e seus olhos brilhavam com uma intensidade feroz.
Os assaltantes, pegos de surpresa pela aparição repentina do homem, recuaram instintivamente, suas expressões de confiança substituídas por uma mistura de choque e medo. O líder do grupo recuperou a compostura mais rapidamente, avançando em direção ao recém-chegado com um rosnado de raiva.
— Quem diabos é você? — ele cuspiu, sua voz carregada de ameaça.
O homem moreno não respondeu, apenas lançou um olhar gelado na direção do líder dos assaltantes antes de avançar com uma velocidade impressionante. Seus movimentos eram fluidos e precisos, como se ele estivesse dançando através do caos, e em questão de segundos, ele estava no meio do grupo de assaltantes, distribuindo golpes certeiros com uma destreza impressionante.
Eu observava com os olhos arregalados, incapaz de desviar o olhar da cena surpreendente que se desdobrava diante de mim. O homem moreno era como uma força da natureza, uma tempestade de fúria e justiça que varria tudo em seu caminho. Cada golpe era executado com uma precisão mortal, cada movimento calculado para incapacitar seus oponentes.
Os assaltantes, desorientados e superados em número, tentavam reagir, mas eram impotentes diante da habilidade formidável do homem moreno. Um a um, eles foram derrubados, suas armas abandonadas no chão enquanto eles se contorciam de dor.
Finalmente, com os assaltantes derrotados e incapazes de continuar a luta, o homem moreno voltou-se para mim. Seus olhos escuros encontraram os meus, e por um breve momento, eu vi uma centelha de reconhecimento neles, como se ele soubesse algo que eu não.
— Você está bem? — ele perguntou, sua voz grave e suave ao mesmo tempo.
Eu assenti, incapaz de encontrar palavras para expressar a gratidão e a admiração que sentia pelo homem que acabara de me salvar. Ele era um verdadeiro herói, um guardião das sombras que aparecera no momento mais sombrio da minha vida.
— Você quer que eu chame a polícia, Serena? — o homem perguntou.
Eu fiquei estática. Como ele sabia o meu nome? A pergunta ecoou em minha mente, desencadeando uma onda de perplexidade e desconfiança. Como um estranho poderia saber quem eu era? Será que ele estava me seguindo? Mil pensamentos conflitantes se debatiam dentro de mim, enquanto eu lutava para entender essa nova reviravolta nos eventos.
— Como você sabe o meu nome? — perguntei, minha voz trêmula, uma mistura de medo e curiosidade.
O homem parecia hesitar por um momento, seus olhos escuros estudando-me com intensidade antes de finalmente responder:
— Eu ouvi seu chefe te chamando antes de vir aqui. Eu estava passando pela rua quando ouvi a confusão e decidi investigar.
— Então, além de tudo, você sabe onde eu trabalho? - perguntei, minha voz ecoando com uma mistura de incredulidade e indignação.
O homem ficou mudo. Por essa ele não esperava. Seu olhar era uma mistura de surpresa e desconcerto, como se ele próprio estivesse lutando para encontrar uma explicação para sua aparente familiaridade comigo.
Então, sem esperar por uma resposta, eu virei e corri. Meus pés batiam no chão com determinação enquanto eu me afastava dele, cada passo alimentado por uma mistura de medo e raiva.
— Serena, espere! — sua voz ecoou atrás de mim, cheia de urgência.
Eu ignorei-o, minha mente girando com uma enxurrada de pensamentos e emoções conflitantes. Quem era esse homem e por que ele estava me seguindo? O que ele queria de mim? As perguntas ecoavam em minha mente, alimentando meu medo e minha desconfiança.
— Fique longe de mim, stalker! — gritei por cima do ombro, minhas palavras cheias de desafio e determinação.
— Serena! Serena!
O homem gritava, mas eu só queria sair dali o mais rápido possível. Seus chamados ecoavam em meus ouvidos, misturando-se ao som de meus passos apressados e ao pulsar acelerado do meu coração. Cada grito dele só aumentava minha determinação de fugir, de escapar daquela situação desconcertante.
Eu ignorava suas súplicas, minha mente inundada pelo medo e pela confusão. Quem era esse homem? Por que ele estava me seguindo? Essas perguntas ecoavam incessantemente em minha mente, alimentando minha corrida frenética pela rua escura.
Não me importava para onde estava indo, apenas sabia que precisava me distanciar daquele estranho o mais rápido possível. Cada passo que eu dava era um passo em direção à segurança.
Eu corria como se minha vida dependesse disso, determinada a deixar para trás aquele encontro perturbador e encontrar refúgio em algum lugar longe dali. O homem podia continuar gritando meu nome, mas eu não olharia para trás. Eu só queria escapar, encontrar um lugar seguro onde pudesse recobrar o fôlego e tentar entender o que acabara de acontecer.
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Atualizado até capítulo 23
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