CAPÍTULO 2

O aroma do café recém-torrado pairava no ar da pequena cafeteria onde eu trabalhava como garçonete. Eu estava ocupada preparando bebidas e atendendo os clientes, meu rosto iluminado por um sorriso gentil enquanto interagia com cada pessoa que entrava pela porta.

Servi um homem misterioso, com características enigmáticas que despertavam minha curiosidade. Seus cabelos claros caíam em ondas suaves sobre os ombros, enquadrando um rosto angular que exalava uma aura de mistério. Seus olhos azuis penetrantes pareciam esconder segredos profundos, e seu sorriso discreto deixava-me intrigada.

Enquanto eu preparava seu pedido, ele tentava puxar assunto comigo, falando de maneira casual, mas mantendo um ar de mistério ao seu redor.

— Este é um lugar encantador que você tem aqui. Você trabalha aqui há muito tempo? — disse ele, com um tom suave e cativante.

— Sim, já faz alguns anos. É um trabalho tranquilo, na maior parte do tempo — respondi, observando-o com cautela.

O homem sorriu de maneira enigmática, como se soubesse algo que eu não.

— Deve ser interessante conhecer tantas pessoas diferentes todos os dias. Você já teve alguma experiência estranha por aqui? — perguntou ele, seus olhos azuis brilhando com uma curiosidade sutil.

Senti-me tanto atraída quanto cautelosa em relação ao homem misterioso. Seu charme era inegável, mas havia algo nele que me fazia hesitar, como se eu pressentisse que havia mais do que ele estava disposto a revelar.

— Bem, houve algumas situações incomuns, mas nada muito fora do comum — respondi, escolhendo minhas palavras com cuidado.

No entanto, não conseguia evitar sentir uma pontada de curiosidade sobre a história por trás daqueles olhos azuis misteriosos.

A tranquilidade da tarde foi abruptamente interrompida quando três homens mascarados irromperam pela porta, gritando ordens e brandindo armas. O som estridente do alarme de segurança ecoou pelo ambiente, enchendo-o com uma sensação de medo e urgência.

— Todo mundo no chão! Agora! — bradou o primeiro assaltante, sua voz carregada de ameaça.

— Ninguém se mexe! Onde está o dinheiro? — exigiu o segundo, com um olhar duro e determinado.

Minha mente estava uma confusão enquanto eu tentava processar a situação. O homem misterioso, agora parecia uma figura distante em meio ao caos. Enquanto os assaltantes exigiam dinheiro e objetos de valor, meu coração batia descontroladamente, e eu mal conseguia reunir coragem para respirar.

O dono da cafeteria, um homem idoso com as mãos tremendo de medo, abriu a caixa registradora e entregou todo o dinheiro que tinha, esperando que isso os satisfizesse e os fizesse ir embora. Seu olhar nervoso denunciava a preocupação com os lucros, mesmo em meio à ameaça iminente.

— Por favor, levem o dinheiro e vão embora. Não queremos problemas — implorou ele, com a voz trêmula.

Mas os assaltantes não estavam satisfeitos. Eles começaram a revirar as prateleiras e os armários, procurando por mais objetos de valor. Eu tremia de medo, rezando para que eles não me descobrissem escondida ali atrás do balcão.

— Tem mais alguma coisa de valor por aqui? — perguntou o terceiro assaltante, com impaciência evidente em sua voz.

De repente, um dos assaltantes se aproximou do balcão, apontando a arma na minha direção. Seus olhos brilhavam com uma mistura de raiva e ganância enquanto ele exigia que eu entregasse tudo o que tinha.

— Você aí, garota! Onde está o dinheiro? — rosnou ele, com um tom ameaçador.

Senti um nó se formar em minha garganta enquanto tentava encontrar coragem para responder. Eu sabia que não havia nada que pudesse fazer para detê-los, mas me recusava a entregar-me ao desespero. Com as mãos trêmulas, abri a gaveta do caixa e entreguei o pouco dinheiro que encontrei lá dentro.

— Aqui está... por favor, não nos machuquem — murmurei, com a voz trêmula de medo.

O assaltante agarrou o dinheiro e lançou um olhar ameaçador na minha direção antes de se virar e se juntar aos seus comparsas. Eles saíram da cafeteria tão rapidamente quanto tinham chegado, deixando para trás um rastro de caos e destruição.

— Vamos embora! Temos o que queríamos — anunciou o segundo assaltante, com impaciência evidente em sua voz.

Enquanto a agitação começava a diminuir e a normalidade retornava à cafeteria, eu permaneci ali, tremendo de medo e incerteza, enquanto os clientes se reuniam ao meu redor, trocando histórias e compartilhando o alívio por terem escapado ilesos. O dono da cafeteria, apesar do susto, aproveitava para verificar o quanto de dinheiro tinha perdido. Pelo seu rosto, eu poderia dizer que não era pouca coisa.

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