capítulo 5

Dante não estava na cama quando acordei na manhã seguinte. Quando coloquei a mão no lado dele da cama, estava frio.

Obrigando-me a acabar com a raiva, me certifiquei de que a porta estava fechada e deslizei a mão para dentro da calcinha. Com o passar dos anos com Antonio, aprendi a me dar prazer com meus dedos. Enterrei o rosto no travesseiro de Dante, inalando seu perfume almiscarado e o imaginei me tocando enquanto eu me proporcionava um orgasmo. Em seguida, deitei de costas por um momento, encarando o teto, querendo chorar e rir ao mesmo tempo.

Saí da cama e fui para o banheiro, levando um tempo para me deixar apresentável. Escolhi um vestido justo marrom que ia até acima dos joelhos e um casaco vermelho fofo de cashmere. Mesmo que Dante não se interessasse, eu me sentia mais confortável me esforçando um pouco nas minhas roupas. Saí do quarto, hesitante, e olhei ao longo do corredor comprido, imaginando o que estaria por trás das outras portas. Teria que explorar numa outra hora. Agora, desci as escadas. Não tinha certeza se estava sendo esperada lá embaixo para o café da manhã. Eu não conhecia minha nova casa, não conhecia as pessoas que trabalhavam ali, e o pior de tudo, não conhecia o dono da casa, meu marido.

A porta dupla estava entreaberta e me aproximei dela, ficando parada ali por um tempo antes de entrar. Eu esperava que Dante já tivesse saído, mas, para minha surpresa, ele estava sentado à mesa de jantar na ampla sala de estar, que também era de jantar. Assim como no restante da casa, o piso era de madeira escura, as paredes, bege claras, e os móveis, escuros e imponentes.

O jornal escondia o rosto de Dante, mas ele o abaixou quando me ouviu entrar. Meus sapatos de salto marrons estalavam no chão duro de madeira conforme eu me aproximava da mesa devagar, sem saber ao certo como agir na presença dele. Antonio foi meu amigo antes de ser meu marido, mas não havia nada entre Dante e eu. Éramos estranhos.

A mesa estava colocada para duas pessoas, mas meu prato não estava ao lado do de Dante, mas, sim, na outra ponta. Encarei a distância entre nós dois, considerando ignorar a arrumação e sentar ao lado dele, entretanto, perdi a coragem e tomei o meu lugar.

— Espero que tenha dormido bem. — Disse Dante num tom suave. Ele não largou o jornal, ainda o segurava, e eu senti que aquilo se tornaria uma barreira entre nós novamente em breve.

Ele estava falando sério?

— Muito bem — respondi sem conseguir conter o deboche. Ele não percebeu que eu esperava um pouco mais da nossa primeira noite juntos?

— Ainda tenho que me preparar para uma reunião com Luca.

Ele virá aqui esta noite antes de voltar a Nova York, e eu disse que você ficará contente se tiver a companhia de Aria enquanto discutimos negócios.

Duvido que Aria precisasse da minha companhia. Ela tem família aqui. Era apenas um jeito de me deixar ocupada. Se ele queria uma esposa ingênua, talvez devesse ter concordado em se casar com alguém mais jovem. Mas eu gostava de Aria e seria indelicado retirar o convite, então, sorri de verdade.

— É muita consideração sua... — Minhas palavras emanavam sarcasmo. Agora que estávamos casados, seria mais difícil manter a máscara da simpatia.

Dante olhou em meus olhos, havia algo que me fez baixar o olhar e pegar um croissant. Nem estava com fome, mas era melhor do que não fazer nada. O farfalhar do papel chamou minha atenção de volta à outra ponta da mesa. Como esperado, Dante desapareceu por trás do jornal. Era assim que ele queria que o nosso casamento fosse? Ele ainda nem tinha me levado para conhecer a casa.

— Você vai me levar para um tour pelas dependências? Não posso recepcionar ninguém sem conhecer direito a casa.

Dante abaixou o jornal novamente e o dobrou, deixando-o na mesa. Senti um impulso irracional de rasgá-lo em pedacinhos. — Você está certa.

O entusiasmo tomou conta de mim, mas logo desapareceu ao ouvir sua palavra seguinte:

— Gaby!

Logo depois, uma porta meio escondida atrás de um armário imenso abriu e uma adolescente baixinha entrou na sala em direção a Dante.

— Pois não, Mestre, em que posso ajudá-lo?

Foi difícil esconder minha surpresa. Gaby parecia uma estudante do Ensino Médio. Como poderia ser a empregada desta casa?

— Minha esposa — informou Dante com um aceno em minha direção. Gaby se virou sorrindo para mim rapidamente. — gostaria de fazer um tour pela casa. Estou ocupado, então, por favor, mostre tudo a ela.

Gaby assentiu e veio até mim. — A senhora gostaria de ir agora? — Havia hesitação em sua voz, mas deu para ver curiosidade em seu olhar.

Engoli a última migalha do meu croissant e coloquei café na minha caneca. — Sim, por favor. Vou levar meu café comigo, tudo bem?

Gaby arregalou os olhos e mirou diretamente Dante que voltou a ler o jornal. Para mim, ele não parecia ocupado. Se tinha tempo para ler as notícias, por que não poderia me mostrar a casa? Só que eu não iria fazer uma cena na frente de Gaby. Dante deve ter sentido que nós duas olhávamos para ele com expectativa porque levantou o olhar.

— Essa é sua casa agora, Valentina. Você pode fazer o que quiser.

Quer dizer que ele estava ouvindo nossa conversa... E eu me perguntei se o que ele disse era verdade. Queria ser mais corajosa para poder testar minha teoria. Voltei minha atenção a Gaby e peguei minha caneca com as duas mãos.

— Então, vamos.

Ela assentiu e me levou para a porta de onde havia saído há pouco.

— Podemos começar pela cozinha e pela área dos funcionários?

— Faça como achar melhor — falei. — Você conhece a casa melhor que eu.

Mais uma vez um sorriso tímido cruzou seu rosto. Atrás da porta havia um corredor estreito, que levava a uma cozinha ampla.

Panelas pendiam de ganchos presos ao teto. Era tudo de aço inoxidável, o que lembrava mais uma cozinha industrial do que um lugar onde as refeições de uma família são preparadas. Uma senhora redonda estava parada perto do forno checando a temperatura. Dentro dele assava algo parecido com um cordeiro.

Presumi que aquela fosse Zita, a cozinheira. Ela virou-se quando nos ouviu entrar e enxugou as mãos no próprio avental. Tinha mechas grisalhas nos cabelos pretos, que estavam presos em uma touca de cozinha no alto de sua cabeça. Acredito que ela tenha pouco mais de cinquenta anos.

— Estou fazendo um tour pela casa com a Mestra Valentina — anunciou Gaby animada. Assustei-me ao ouvir “mestra”. Aquilo me soou como se eu fosse uma dominatrix prestes a açoitar alguém com um chicote. Talvez Dante se sentisse confortável em ser chamado de “Mestre”, mas eu definitivamente não poderia conviver com “mestra”.

— Por favor, me chamem de Valentina — apressei-me em pedir. — As duas. — Sorri para Zita, mas ela não retribuiu. Tinha os lábios cerrados e me analisava da cabeça aos pés com um olhar de desaprovação.

— Gostaria de tê-la conhecido antes do casamento — disse Zita altiva.

Obriguei-me a ficar calma mesmo não tendo gostado de seu tom. Não queria começar errado com o pessoal que trabalhava na casa.

— Dante nunca me convidou, e eu não achei apropriado me convidar.

Ela bufou. — Ele nos apresentou à Mestra Carla antes do casamento.

Travei à menção da primeira esposa de Dante, não consegui evitar. Dava para sentir o julgamento em sua voz. Ela me achava menos respeitável que Carla. Tinha a sensação de que não iria me deixar esquecer disso. Eu não estava ansiosa para uma guerra de opiniões com ela, e definitivamente não estava com paciência para isso hoje. Em vez disso, dei uma olhada pela cozinha, tentando fingir que não estava chateada com o comentário dela.

— Então... Carla costumava cozinhar aqui?

Zita me olhou surpresa. — Claro que não. Ela era a dona da casa. Não cozinhava nem limpava. Quem fazia isso éramos Febe e eu, antes de Gaby assumir o lugar de Febe.

Gaby se mexeu nervosa. Estava claro que ela não sabia o que fazer.

— Bem, você pode esperar que eu venha aqui regularmente.

Amo cozinhar — informei.

Zita endireitou a postura. — Não sei se o Mestre Dante vai permitir isso.

Dei um gole no café, voltando a olhar para ela com firmeza.

— Dante disse que eu poderia fazer tudo o que quisesse. — Ela desviou o olhar, me condenando. Eu sabia que aquilo ainda não tinha acabado.

— Por que não me mostra o resto da casa, Gaby? Preciso me certificar de estar pronta quando Aria chegar.

Gaby baixou a cabeça prontamente. — Claro, do... Valentina.

Ela me levou ao cômodo atrás da cozinha. Parecia ser um tipo de sala de convívio para os funcionários. Havia duas camas, uma televisão pequena e um sofá. Nenhuma cadeira ou mesa, mas presumi que os funcionários geralmente se reuniam em volta da mesa de madeira da cozinha, desde que não fosse usada para as refeições de Dante, obviamente. Também havia um pequeno banheiro com um chuveiro atrás de uma porta branca.

— Aqui é onde você e Zita passam o tempo quando não estão trabalhando?

Gaby negou.

— Ficamos na cozinha. Aqui é principalmente para os seguranças, porque eles passam as noites.

— Onde eles estão agora? — Ainda não tinha visto nenhum segurança até agora.

— Eles estão lá fora. Ou patrulhando a área ou na guarita.

— Tem câmeras de segurança por aqui?

— Ah, não! O Sr. Cavallaro não quis. Ele é um homem reservado. — Até aí, nenhuma surpresa.

Ela foi até outra porta. — Por aqui. — Chegamos na parte de trás do corredor de entrada. Gaby apontou para duas portas no hall.

— Aqui fica o escritório do Sr. Cavallaro e ali é a biblioteca. O Sr.

Cavallaro não gosta de ser incomodado quando está no escritório.

— Ela ficou corada. — Por nós, quero dizer. Ele provavelmente ficará feliz de ser incomodado pela senhora. — E mordeu o lábio.

Toquei seu ombro. — Entendi. Há mais algum cômodo neste andar?

— Apenas a sala de estar e de jantar e o banheiro de hóspedes.

Enquanto Gaby me conduzia para o andar de cima, perguntei:

— Você tem quantos anos?

— Dezessete.

— Você não deveria estar estudando ainda? — Eu parecia minha mãe falando, mas a natureza tímida de Gaby despertou meu instinto maternal ainda que ela fosse apenas seis anos mais nova que eu.

–Trabalho para o Sr. Cavallaro há três anos. Vim para esta casa logo depois que sua esposa faleceu. Não a conheci, mas Zita sente muita falta dela, por isso ela foi grossa com a senhora.

Arregalei os olhos. — Há três anos? Isso é terrível.

— Ah, não — disse Gaby rapidamente. — Sou grata. Eu provavelmente estaria morta, ou pior, se não fosse pelo Sr.

Cavallaro.

Ela estremeceu e percebi algo sombrio em seus olhos. Dava para notar que ela não queria falar sobre isso. Teria que conversar com Dante mais tarde sobre ela. Ela apressou o passo e apontou para as portas neste andar.

— São todos quartos de hóspedes. E ao lado do seu, que é o principal, tem um quarto que a senhora pode usar para o que quiser.

O berçário e mais dois quartos ficam no terceiro andar.

Meus olhos fixaram-se na porta que Gaby ignorou no fim do corredor. Acenei na direção dele.

— E esse aqui?

Gaby segurou meu braço antes que eu pudesse girar a maçaneta.

— É onde o Sr. Cavallaro guarda as coisas da primeira esposa.

Mal consegui manter minha expressão séria.

— Claro... — acabei dizendo. Ele não deveria estar trancado, senão Gaby não me impediria de abri-lo. Teria que voltar sozinha, e descobrir mais sobre a mulher que deixou uma sombra tão gigantesca no meu casamento.

*** Uma hora mais tarde, eu apresentava a sala de estar a Aria.

Senti-me estranha agindo como a dona da casa; como se eu fosse uma impostora. Aria pareceu cansada quando afundou no sofá ao meu lado. Nuvens negras cercavam seus olhos. Acho que ela teve uma noite mais longa que a minha.

— Café? — Ofereci. Gaby havia colocado um bule e alguns biscoitos sortidos sobre a mesa.

— Com certeza — respondeu Aria, depois, sorriu desculpando-se. — Eu nem te perguntei como foi a sua noite... Você deve ter dormido menos que eu.

Servi café para ela e entreguei a xícara enquanto tentava pensar numa resposta.

— Eu dormi bem — respondi de maneira evasiva.

Aria me observava com curiosidade, mas não forçou o assunto.

— Então... você e Dante tiveram a chance de se conhecerem melhor?

— Ainda não. Não tivemos tempo.

— Por nossa causa? — Perguntou Aria preocupada. — Luca e o seu marido precisam discutir alguns assuntos relacionados ao casamento de Matteo e Gianna. — Deu para perceber a tensão na voz dela.

— Gianna ainda não está feliz com isso.

Aria riu dentro da xícara. — Para dizer o mínimo.

— Talvez ela só precise de um pouco mais de tempo. Lembro o quanto você ficou assustada antes do seu casamento com Luca e, agora, vocês dois parecem se dar muito bem. — É óbvio que eu sabia que as aparências enganam. Não tinha ideia do que acontecia entre quatro paredes.

— Eu sei, mas tanto Luca quanto eu queremos que dê certo.

Neste momento, eu acho que o principal objetivo da Gianna é deixar Matteo tão cansado dela que queira cancelar o casamento.

— Nem todo casal se dá bem — falei baixinho.

— Tenho certeza de que você e Dante farão dar certo. Ambos são sempre tão equilibrados e controlados.

Bufei. — Eu não chego nem perto do equilíbrio de Dante.

Aria sorriu. — Ele é um pouco frio por fora, mas contanto que derreta quando estiver perto de você, está tudo bem.

— Quer dizer que Luca não é sempre tão assustador? — Brinquei.

Aria corou. — Não.

Ver a felicidade de Aria me deu esperança. Se ela conseguiu fazer dar certo com alguém como Luca, eu também poderia fazer dar certo com Dante.

A conversa de Luca e Dante durou mais tempo que o esperado, e eu comecei a me preocupar. Eles não eram exatamente amigos, mas em algum momento apareceram e nós decidimos almoçar juntos. Foi por isso que Zita preparou um cordeiro assado.

Sentamos à mesa. Diferente desta manhã, Dante não se sentou na cabeceira da mesa. Em vez disso, ele e eu nos sentamos ao lado um do outro e Luca e Aria sentaram-se à nossa frente. A tensão entre Dante e Luca era palpável, e eu comecei a me perguntar se o almoço era mesmo a melhor ideia. Felizmente, Zita serviu a comida logo depois de nos acomodarmos, então, ficamos ocupados saboreando o cordeiro, o que animou os espíritos por um tempo pelo menos, mas assim que esvaziamos nossos pratos as coisas desmoronaram bem rápido.

O rosto de Dante estava mais gélido que o habitual. Parecia que ele tinha sido esculpido em mármore. Luca não parecia muito mais feliz, entretanto, sua boca bastante rígida vinha acompanhada de um fogo ardente nos olhos. Olhei para os dois, mas era óbvio que eles não tinham nada mais a dizer um para o outro além do que já haviam discutido na reunião.

Aria me lançou um olhar suplicante.

Como anfitriã, era minha obrigação salvar a situação.

— E, então, quando será o casamento?

Dante soltou um som de desdém. — Se as coisas continuarem como agora, nunca.

— Se as coisas continuarem como agora, será um casamento sangrento — rebateu Luca.

Ergui as sobrancelhas e Gaby que entrava com uma garrafa cheia de vinho, congelou.

— Não será um casamento sangrento — disse Aria. E virou-se para Dante. — Você poderia oferecer outra noiva da Outfit a Matteo.

Quase engasguei.

— Aria — disse Luca advertindo. — Matteo não aceitará outra noiva. Ou é Gianna ou nenhuma. — Ele voltou seu olhar a Dante, que parecia indiferente. — Tenho certeza de que o Chefe tem controle suficiente sobre sua Famiglia para assegurar que Gianna obedeça.

Acenei para Gaby em direção à mesa. Talvez o vinho distraísse os homens de se atacarem.

— Não estou preocupado com a dimensão do meu controle.

Não há membros da Outfit tentando me derrubar. — Ele mostrou os dentes num sorriso que me deu frio na espinha.

Os dois homens pareciam estar a apenas alguns segundos de empunharem suas armas. Não sabia qual dos dois poderia sair como vencedor de uma briga dessas. Provavelmente os dois morreriam e a Outfit e a Família de Nova York voltariam à guerra entre si.

Luca se levantou, empurrando a cadeira para trás. Gaby, que estava prestes a encher o copo dele, deu um berro e derrubou a garrafa de vinho, levantando as mãos em frente ao rosto para proteger-se. Por um segundo, ninguém se mexeu. Dante também se levantou. Apenas Aria e eu continuamos sentadas, quase congeladas em nossas cadeiras.

— Não se preocupe com Nova York. Só se assegure de cumprir sua parte do acordo — rosnou Luca. Ele estendeu uma mão e Aria a segurou, levantando da cadeira.

— Temos um voo para pegar. — Ela sorriu se desculpando.

Levantei-me e olhei para Gaby. Ela ainda estava paralisada ao lado da mesa com vinho tinto ao redor de seus sapatos.

— Vou levá-los à porta — falei para Luca e Aria. Enquanto os levava até a entrada, Dante vinha logo atrás como se estivesse preocupado que Luca me fizesse algo, o que era bem improvável.

Dante e Luca não apertaram as mãos, mas eu abracei Aria bem apertado. Não deixaria que a briga de nossos maridos ficasse no meio de nossa amizade. Ou, pelo menos, eu tentaria. Se as coisas realmente fossem por água abaixo entre Chicago e Nova York, eu não teria mais permissão para falar com Aria. Fiquei vendo os dois irem embora no carro, depois, me virei para Dante, que ainda estava parado atrás de mim.

— O que foi tudo isso?

Dante balançou a cabeça. — Meu pai nunca deveria ter concordado em casar a segunda menina Scuderi fora de Nova York.

Isso não vai terminar bem.

— Mas as coisas entre Aria e Luca parecem estar indo bem, e a Outfit tem trabalhado pacificamente em conjunto com Nova York há alguns anos.

— O casamento deles foi por conveniência, mas Matteo Vitiello quer Gianna Scuderi porque ele colocou na cabeça que precisa tê-la. Não é um bom fundamento para uma decisão. Sentimentos são um problema em nosso mundo.

Pisquei. Novamente seu raciocínio frio.

— Você nunca quis tanto algo que teria feito qualquer coisa para tê-lo? — Eu soube que era a pergunta errada assim que as palavras saíram da minha boca, mas não dava para voltar atrás.

Seus olhos gélidos encontraram os meus. — Sim. Mas nem sempre nós conseguimos o que queremos. — Ele falava sobre a esposa. Queria a mulher de volta.

Engoli seco e assenti.

— Melhor ligar para Bibiana. Quero encontrá-la amanhã.

Virei-me e subi as escadas, sentindo o olhar de Dante em mim o tempo todo. Fiquei contente por ele não poder ver meu rosto.

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Comments

Maria Izabel

Maria Izabel

Acho tbm que a ex dele era uma megera só aguardando o desfecho desta história 🤔🧐🤔🤔 inseguro

2024-03-18

5

Ione barbosa

Ione barbosa

acho que vamos descobriria muitos podres da ex dele

2024-01-23

2

Ione barbosa

Ione barbosa

quero ver a cara desse idiota na hora wue ver que ela é virgem e é.a não pode dar mole pr ele não vai pr cima

2024-01-23

0

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