Cap. 4

Cada esquina parecia um beco sem saída para Luci que sob o efeito da droga não sabia mais onde estava. Confusa, em meio à escuridão que tomava conta dos seus olhos, Luci não se deu conta por onde estava indo até o chão ceder sob seus pés, e ela caiu no rio que cortava a cidade.

_ Agua... Ao sentir que caiu na água, Luci ficou desesperada, pois ela não sabia nadar. A correnteza mesmo fraca começou a arrastá-la.

Enquanto a correnteza a arrastava, a escuridão das águas contrastava com a luz distante das estrelas, e por um momento Luci pensou que aquele fosse o seu fim.

Diego sorriu olhando para os lados e nao vendo ninguem por perto. Observou de longe Luci ser levada, acreditando que ela morreria afogada, já que Luci nao sabia nadar, e quando criança quase se afogou e por isso tinha certa fobia de locais com grandes volumes de água.

_ Já vai tarde… Falou dando meia volta, não fazia questão de ajudar Luci depois que ela descobriu o que ele planejava fazer com ela, era mais seguro que Luci morresse.

Gael, seguia para casa e parado no sinal quando ele avistou se longe uma figura fugaz na escuridão, e viu quando aparentemente uma pessoa pulou no rio. Ele sentiu o coração disparar ao ver a pessoa cair no rio. Gael parou o carro em um lugar seguro assustado com o que viu, e imediatamente ligou para o serviço de emergência dos bombeiros.

_ Alô?

_ Boa noite, em que podemos ajudá-lo?

_ Boa noite, eu acabei de ver uma pessoa pular no rio, aqui no centro, perto da Avenida Central.

_ Há quanto tempo isso aconteceu?

_ Agora, eu só parei o carro para pedir socorro.

_ Certo, enviaremos o resgate agora.

_ Obrigado. Gael respirou aliviado diante da angustia que sentia, mas não consegui seguir para casa. Ele desceu do carro e correu até as margens do rio, e demorou um pouco para ele encontrar a pessoa que havia caído no rio. Os seus olhos se arregalaram com a cena diante dele. Viu a pessoa emergir das aguas, lutando contra as correntezas do rio. Gael não hesitou, e ele mergulhou no rio para salvar aquela pessoa, ele sabia que ela não aguentaria a chegada do resgate.

Com a força do desespero e o anseio de salvar aquela, ele a envolveu em seus braços, a puxando evitando que ela afundasse nas águas frias do rio, percebendo que se tratava de uma mulher.

A mistura de alívio e surpresa tomou conta de Luci enquanto ela se agarrava à mão quem a salvou.

No entanto, enquanto Gael resgatava Luci, um detalhe valioso escapava dela. Luci, mesmo tonta, sentiu algo escorregar de sua cabeça. Era o boné do pai, um objeto que guardava memórias preciosas e conforto nos momentos difíceis. Em meio as águas que pareciam cada vez mais fortes, o boné flutuava, prestes a ser levado pelas correntezas implacáveis.

Em um impulso , Luci tentou alcançar o boné que se afastava rapidamente. Cada movimento era um desafio contra a correnteza voraz. Gael tentou segurá-la.

_ Me solta, me solta... Gritou Luci que se debatia contra a correnteza e até mesmo contra Gael, cujo abraço seguro havia se tornado, temporariamente, uma barreira em sua busca desesperada para recuperar o boné do pai.

_ Acalme-se... Pediu Gael.

Me solte... Luci continuava a se debater contra ele sentindo as suas forças se acabarem. O meu boné… Ainda segurando-a com firmeza para que ela não se afogasse, Gael percebeu o que estava acontecendo, e entendeu que aquele boné significava algo para ela, e com muito esforço tentou recuperar o objeto.

Para Luci, o boné não era apenas um objeto, era um bem precioso. Cada movimento para recuperá-lo era uma luta contra as correntezas turbulentas do rio e as correntes emocionais que ameaçavam puxá-la para baixo.

Em meio ao esforço conjunto de Luci e Gael, o boné do pai foi finalmente resgatado das garras da correnteza que queria levá-lo a qualquer custo. Luci, com o objeto agora seguro em suas mãos trêmulas, sentiu uma mistura de alívio e gratidão, e naquele momento exalta, ela desmaiou, soltando o boné que foi segurou por Gael ao sentir o seu corpo amolecer.

_ Não, não, não... por favor não morra. Pediu Gael escutando a sirene do carro dos bombeiros se aproximar.

Dois carros de resgate pararam às margens do rio, e com o canhão de luz começaram a iluminar o rio em busca de alguma vítima.

_ Aqui… Aqui… Gritou Gael desesperadamente. Em poucos minutos, eles estavam sendo resgatados.

Luci foi a primeira ser tirada do rio quando um dos socorristas a pegou dos braços de Gael. Imediatamente ela foi levada para um dos carro de resgate onde foram feitos os primeiros socorros, e em seguida ela foi levada para o hospital. Gael logo resgatado e atendido no o outro carro.

_ Você salvou uma vida, mas não deveria ter pulado no rio, é muito perigoso, os dois poderiam ter morrido. Gael foi repreendido pelo socorrista.

Eu sei, mas ela estava se afogando, não ia aguentar a chegada de vocês. E não se preocupe, eu estou bem. Falou se levantando, e como ele estava bem, não precisou ser levado ao hospital. Ela vai ficar bem? Perguntou Gael preocupado com a pessoa que tinha acabado de salvar.

_ Como socorrista é o que esperamos, mas não posso afirmar nada.

Obrigado. Agradeceu Gael voltando para o seu carro. Eu não acredito...  Falou  ao entrar no carro ao  perceber que estava com o boné daquela mulher nas mãos, lembrando que ela parecia ter especial apreço por ele. _ Onde vou encontrá-la? Se perguntou pois não sabia nada sobre ela, nem sequer o seu rosto tinha visto.

Em casa, Gael tomou um bom banho, e no chuveiro fechou os olhos e a imagem da mulher se afogando veio a sua mente.

_ O como será que ela está? Era o que ele queria saber.

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Comments

Fatima Gonçalves

Fatima Gonçalves

é a mesma

2024-05-06

0

Divina Santos

Divina Santos

será q e a mesma amanda do Gael?2 veses cobra

2024-04-09

5

Divina Santos

Divina Santos

gael vc deveria ter perguntado pr onde iriam levar ela

2024-04-09

0

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