capítulo 09: A briga ( revisado)

Enquanto Carlos estava distraído a brigar com uma mulher ao telefone "será que era namorada dele? Não vi nenhuma aliança nos seus dedos,o que eu estou pensando um homem lindo daquele jeito com certeza tem dona , foco Kassie,olhe para o seu estado,com certeza ele só ficou com pena de você por isso te ajudou " , a minha baixa estima grita me trazendo a realidade, no entanto não aproveitei a sua distração e sai sorrateiramente sem ser percebida por ele ,me aproximei do quiosque e paguei o consumo a mulher do caixa que pro Carlos tinha um sorriso de orelha a orelha já para mim, tinha uma cara de abuso, e em seguida fui embora caminhando apressada até o meu carro.

Quando entrei no veículo , suspirei fundo e também aliviada, não entendi o que o efeito Carlos fez comigo, mas quando a onda jogou-me direto naquela parede de músculos senti um arrepio percorrer o meu corpo de um jeito que me fez estremecer, ele abraçou-me a encaixar os nossos corpos de um jeito perfeito e o meu rosto parou no seu ombro, fiquei sem reação com aquele contato, o meu coração estava tão acelerado que se confundia com as batidas do dele, senti-me tão protegida naquele instante que não pude segurar as lágrimas que inundavam os meus olhos.

Ele afastou-se a segurar o meu rosto e por alguns segundos pensei que fosse-me beijar, Carlos olhava-me de um jeito tão inebriante que não sei como tive coragem de quebrar aquele encanto e sair dos seus braços pegando as minhas coisas no chão tentando fugir daquela delicia de homem .

Já ia embora quando ele me convidou para um café.

- Meu Deus! Será que ele aí ouviu a minha barriga roncar? Parece que agora o meu apetite voltou com força total.

Aceitei porque realmente estava faminta então começamos a conversar e ele até parecia interessado até o seu telefone roubar a sua atenção.

Fiquei algum tempo no carro colocando os meus pensamentos em ordem até dirigir de volta para casa. Tomara que não tenham sentido a minha falta pois não estou com cabeça para discussões no momento.

Estacionei o carro na garagem e toda a minha áurea de paz se desfez novamente,inspirei e expirou várias vezes tentando achar algum motivo para voltar para casa porém eu sinto como se esse não fosse o meu lar, respiro fundo mais uma vez e ceio coragem para entrar.

Quando passo pela porta da sala Roberto esperava-me sentado no sofá, o seu rosto tinha uma expressão de preocupação que parecia constante nos últimos meses, sem dúvida ele parecia cansado e a sua cara não estava nada amigável

_onde você estava Kassie? eu procurei-te pela casa inteira. E quando vi que pegara o carro quase enfartei de nervoso.

— eu só fui dar uma volta, não sabia que não podia pegar o carro já que você me deu ele de presente.

— Só não sai sem avisar tá! Eu fiquei muito preocupado! diz abrandando o tom de voz.

— Não sabia ser prisioneira aqui! Você mesmo pediu que saísse para espairecer, lembra?

- Não deixa as coisas mais difíceis kassie , só estou a pedir que avise quando for sair. Eu fiquei muito preocupado. Eu estou muito preocupado com você minha filha.

- Tudo bem Roberto! Da próxima vez eu peço permissão ok? Digo a subir as escadas. Deu-me até um pouco de pena do Roberto hoje, ele realmente parecia sincero, mas eu não posso me esquecer das suas intenções de me mandar para um manicômio.

Tomei um demorado banho para retirar o sal do meu corpo e depois de me arrumar fui para cozinha procurar o que comer, já passavam das dez horas da manhã e Lilith estava sentada na bancada de mármore da sala de jantar tomando seu iogurte com granola.

_ hora, hora! Quem resolveu aparecer? Será que estou vendo um fantasma?

_ Não me enche Lilith! Não estou com paciência para você

_ Só porque tomou bronca do papai não quer dizer que vou ser boazinha com você garota. Eu estou cansada de todos nessa casa estarem te tratando como uma bonequinha de porcelana prestes a quebrar só por causa daquela sua amiguinha morta.