Capítulo 12

POV ALANA

- Mesmo de calça eu posso sentir o quanto esta molhada, deveria sentir como eu estou também. - Ele tira a minha mão da sua nuca e coloca sobre o membro dele e ainda com a mão por cima da minha, ele faz com que eu aperte a sua ereção.

- Shawn… - Sussurro seu nome e ele geme.

Os botões da calça jeans estavam desabotoados e com um pouco de trabalho eu arrasto a minha mão pra dentro da mesma o tocando por cima da cueca.

- Viu o que você faz comigo? - Ele sussurra de volta ao pé do meu ouvido.

Fico massageando o seu membro por cima do tecido enquanto me delicio ouvindo os gemidos que deixavam a sua boca, adorava o som rouco que saia dele.

Já estava ficando enlouquecedor tudo aquilo, ele continua me apertando contra a sua perna e eu já me sentia muito inchada, prestes a explodir.

Com a palma da minha mão podia sentir seu membro pulsar e tudo o que eu desejava era levar ele para o meu quarto e ter aquilo dentro de mim.

Agarro o seu pescoço com força e me esfrego um pouco mais, sentindo que chegaria no meu limite ali mesmo.

- Uau. - Ele sorri ao perceber que eu tinha mesmo gozado em sua perna. Observo a marca de umidade na sua calça e tenho certeza que meu rosto estava ficando vermelho.

Eu não acreditava nisso, ele tinha me feito gozar apenas em esfregar sua coxa na minha intimidade, nunca imaginei que isso seria possível, as sensações que ele faz eu sentir é uma coisa inexplicável.

Continuo agarrada nele, embriagada com o seu perfume que me invadia, tentando recuperar o fôlego e esperando minhas pernas pararem de tremer, eu estava suada e a sensação de umidade entre minhas pernas me faziam ter a certeza que teria que tomar outro banho.

- Você gozou mesmo na minha perna? Isso tudo era tesão acumulado? - Ele sorri de forma vangloriosa.

Ele não estava fazendo isso, não iria bancar o maioral agora.

- É o que? - Me afasto um pouco para encarar o seu rosto, aquele sorriso estava me irritando.

- Pra que toda a cena de que não me suporta? Para depois a gente fazer isso aqui no banheiro? - Ele falava sorrindo o tempo todo enquanto apontando para nós dois.

Ele era um babaca e isso não mudava nada, ele estava mesmo querendo diminuir os cincos anos de ausencia que teve na minha vida? Querendo dizer que o meu comportamento era fingimento?

Obviamente isso aqui não passou de uma conquista pra ele, ficar anos longe da menina apaixonada e quando volta tudo está como ele deixou, consegue ficar com a garota sem muito esforço.

Não era assim que eu queria ser rotulada por ele e eu não deixaria ele me menosprezar dessa forma, agindo como se tudo que eu fizesse fosse para chamar a atenção dele ou que eu sempre estive esperando por esse momento.

- Não acredito nisso. - Ponho a mão na testa enquanto me distancio mais ainda.

Eu não podia ter feito isso, tanta gente que eu poderia querer me envolver, mas preferir me rebaixar ao nível de gozar durante preliminares com meu ex quase namorado no banheiro do meu apartamento, era o auge de toda burrice que eu podia fazer.

- Vai embora daqui agora. - Falo seria apontando para a porta do banheiro atrás de si.

- Que? Não vou não, nós vamos na floricultura. - O sorriso finamente abandona o seu rosto.

Empurro ele para o lado afim de liberar a porta, a abro e volto para pegar a camiseta dele que estava sobre o vaso sanitário.

- Eu não vou a lugar nenhum com você, vai embora. - Falo mais alto e jogo a camiseta em sua direção.

Ele pega a camiseta ainda no ar e me olha como se não estivesse entendendo nada daquilo.

- Alana você vai me colocar pra fora depois de ter quase transado comigo? Sério mesmo? - Ele anda para fora do banheiro devagar e eu já vou em direção a porta do apartamento.

- Deve estar achando tudo isso engraçado né? - Solto uma risada irônica.

Ele já havia vestido a camiseta e me olhava com as mãos na cintura, talvez não estivesse acreditando que eu iria o colocar pra fora mesmo.

Ele estava com os cabelos totalmente bagunçados, provavelmente era culpa minha e ainda assim ele estava perfeito.

- Achando que a menina ingênua de sempre ainda está aqui. - Sorria para esconder meu nervosismo. - Isso que aconteceu, não foi nada demais. - O tom de desprezo estava presente na minha voz.

Não queria que ele soubesse o quanto aquilo tinha mexido comigo, só de pensar na sua voz no meu ouvido e a sua respiração batendo contra a minha pele, meu corpo já começa a ferver de novo, nunca me comportei assim com ninguém e com certeza o único capaz de me fazer gozar em pé apenas com beijos e se esfregando em mim, com certeza seria ele, mas isso era algo que eu não falaria de jeito nenhum.

- Não fala que não foi nada demais, a gente precisa conversar sobre o que aconteceu com a gente. - Ele tenta se aproximar mas eu estico a mão em sua direção indicando que ele deveria ficar parado.

- Você vai embora agora, vamos dizer pra Caroline que teve um imprevisto e não conseguiu ir, e nunca mais tocaremos nesse assunto.

Abro a porta do apartamento após terminar de falar e me escoro na mesma esperando que ele passe por ela mas ele continua me olhando parado no meio da cozinha.

- Alana… - Ele tenta começar a falar.

- Vai embora. - Falo mais alto e com muito mais autoridade.

Ele não contradiz dessa vez, pega as chaves do carro que estavam em cima da mesa e passa por mim sem nem olhar pra trás. Bato a porta com força e escoro as costas nela, me arrasto até o chão apoiando a cabeça sobre os joelhos.

Minhas pernas ainda tremiam, não sei se era por conta do orgasmo de minutos atrás, ou pelo causador dele.

...****************...

Como sempre eu estava atrasada, correndo para ir à padaria comprar as rosquinhas para o chá da tarde.

- Falei com Cameron ontem a noite, ela está ansioso para ver a lista que vocês estão fazendo. - Caroline diz animada enquanto lavava a louça.

- Ah sim, mas vocês só vão ver a lista depois que finalizarmos todos os itens dela, esse foi o combinado. - Aponto o dado na direção dela a relembrando sobre o assunto.

Inventei isso depois que fracassei em ir na floricultura por dois dias seguidos, Caroline não precisava saber das coisas que fossem dar errado ao decorrer do tempo se isso não afetasse no resultado final, e eu não pretendia fracassar em nada, então estava tudo correndo bem.

- Eu sei, eu sei. - Ela sorri. - Só estou feliz que vocês estejam conseguindo fazer isso juntos, fico feliz que nos amem também a ponto de se suportarem por algumas horas por dia.

Caroline não tinha noção do sacrifício que eu estava fazendo por ela e do estrago que isso estava fazendo na minha mente, mas a única pessoa que eu iria desabafar sobre isso já deveria estar me esperando, com o chá pronto e reclamando do meu atraso.

- Maravilha, todos se amam muito, mas eu estou muito atrasada e Bety já deve estar me xingando. - Ando até ela lhe dando um beijo na bochecha e logo saio correndo só escutando Caroline rir.

Quando cheguei de volta ao apartamento de Bethany ela estava reclamando que o chá já estava até gelado, isso era muito exagero da parte dela porque no primeiro gole eu queimei a língua.

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