POV ALANA
“Eu te pego aqui” eu entendi o sentido que ele falou mas o meu corpo entendeu outro.
- Você não vai passar aqui, nos encontramos na floricultura. - Não deixo brecha para outra opção.
O primeiro item da lista era ver algumas opções de flores, de tudo que iríamos ver caroline queria no máximo três opções, iríamos escolher e ver o custo, para não se tornar difícil a decisão final.
Caroline já havia me dado uma caderneta aonde eu anotaria tudo sobre os itens e os valores, tudo com o máximo de detalhes possíveis.
- Amanhã às duas da tarde Alana, não se atrase. Durma bem. - Ele vai falando e andando de costas de um modo muito irritante e charmoso.
Antes de se virar para seguir o seu caminho consigo ver um sorriso no seu rosto, tento apagar esse momento da minha cabeça mas sei que seria impossível. Agradeço o fato do elevador estar funcionando porque não teria nem forças de subir de escadas.
O apartamento estava um completo silêncio quando entrei, Caroline já deveria estar dormindo, vou direto tomar um banho.
Quando deito na cama tudo que eu mais queria era dormir mas não parecia uma tarefa assim tão fácil. Ainda não acreditava que Shawn ficou me esperando do lado de fora do bar só para falar comigo, por mais que eu não queira ouvir nenhuma de suas desculpas isso mexeu comigo, ainda me acompanhar até a porta do prédio como se ele se importasse tanto.
Ele não podia fazer isso, voltar a hora que bem entende e fazer eu derrubar a barreira que vim criando a anos contra ele, mas agora eu a observava com uma rachadura. Como com uma simples conversa ele já fez uma rachadura? Isso me faz pensar no que ele vai fazer durante todos esses dias que teremos que passar juntos.
POV SHAWN
Como o prometido, faltando dois minutos para as duas horas eu já estava estacionando em frente ao prédio e a minha surpresa foi ver que Alana estava me esperando já do lado de fora, ela estava linda, com um shorts de tecido azul claro e uma regata bem soltinha na cor branca, seus cabelos soltos e um óculos de sol.
Me remexo no banco desconfortável enquanto ela caminha até o carro, destravo a porta e ela abre, sem nenhum sorriso nem simpatia, ela se acomoda ao meu lado mantendo o máximo de distância possível, se ela fosse mais pra longe teria que abrir a porta de novo pra sair do carro.
- Pontual. - Ela observa.
Ela estava sem nada de maquiagem, adorava ver ela sem maquiagem e ela sempre soube disso. Me perguntei se teria sido proposital ou apenas não costumava usar tanto.
- Uma das minhas qualidades. - Pisco pra ela, mas acho que ainda era muito cedo para piadinhas.
- Alguma tinha que ter, vamos logo porque temos uma hora de estrada. - Ela puxa o cinto de segurança e cruza os braços.
Odiei o fato de observar esse movimento já que isso fez os seus seios se apertarem e ficarem aparentemente mais fartos, desvio o olhar antes que ela perceba e dou a partida no carro.
- Porque Caroline escolheu essa floricultura? - Tento puxar assunto.
Tinha várias floriculturas na cidade, mas Caroline escolheu uma na cidade vizinha, que ficava a quase uma hora de distância, os planos era estarmos de volta as das cinco da tarde, porque eu tinha apresentação a noite.
- É a Caroline, não tem explicação, ela apenas quis isso. - Alana da de ombros.
Estava na cara de que ela não queria conversar, então eu preferi ficar em silêncio, ligo o som do carro e a voz de Taylor Swift preenche o ambiente, eu sei que ela adoraria.
Por mais que cantarolasse baixo as músicas, passou boa parte do caminho olhando só para o lado de fora, e não tinha nada para se observar do lado de fora já que estávamos em uma rua deserta que só tinha árvores dos dois lados, Não tinha nem como usar a desculpa de ver a paisagem, era só pra não olhar pra mim mesmo.
Já dirigia a pelo menos meia hora, isso significava que estávamos no meio do casinho, foi quando ouvi um barulho no pneu e a direção do carro mudou, estacionei no canto da estrada no mesmo instante.
- O que aconteceu? - Alana pergunta abaixando o volume do som.
Desligo o carro e solto o sinto.
- O pneu furou. - Falo já do lado de fora do carro, Alana faz o mesmo e também sai.
- Tudo bem, isso vai nos atrasar, mas pega o estepe e vamos trocar, eu te ajudo.
Ela se aproxima de mim enquanto começa a prender o cabelo com um elástico que estava em seu pulso, põe as mãos na cintura e fica me olhando. Eu teria achado fofo a cena, mas sei que não iríamos trocar pneu nenhum.
- Não tem estepe, ele está furado.
- Você anda com um estepe furado no carro? De que ser isso Shawn? - Ela se escora no capô do carro mas continua me olhando.
- Meu estepe não estava furado, ele acabou de furar. - Aponto para o pneu que estava no carro e ela bate com a mão na testa. - Eu não imaginava furar dois pneus em 15 dias.
- Já descobrindo que você tem a sorte de dois raios no mesmo lugar. - Ela ironiza.
- Eu vou ligar para o seguro. - Aviso já pegando o celular e me distanciando.
...****************...
- Duas notícias. - Falo quando já estou bem próximo dela. - Eles estão mandando alguém com dois pneus, pra trocar e já deixar o estepe bom.
- Graças a Deus. - Ela se desencosta do carro e levanta as mãos para o céu.
- A segunda notícia é que eles só vão chegar aqui a mais ou menos daqui uma hora. - Término de falar já me preparando para as reclamações.
- Uma hora? Seu seguro é da onde? - Ela praticamente grita.
- Eles não tem ninguém livre agora, a culpa não é minha. - Me defendo. - Porém com esse imprevisto nós não vamos conseguir chegar a tempo na floricultura e voltar no horário marcado.
- Meu Deus, que tempo perdido esse.
Ela volta a se apoiar no carro, dessa vez quase deitando sobre ele, me aproximo e me escoro ao seu lado, bem próximo dela o que faz ela se ajeitar um pouco.
- Podemos vir amanhã. - Falo cutucando o braço dela com o meu cotovelo.
- Claro que vamos ter que vir amanhã, Caroline vai ficar louca, os dias estão bem apertados para a gente desperdiçar, amanhã sairemos uma hora antes para evitar imprevistos.
- Você que manda capitã. - Faço sinal de continência e ela fecha a cara. - Eu só estou brincando.
- Acho que vou chamar um táxi ou uber. - Ela vai até o lado do carona para pegar seu celular. - Sem bateria? Eu carreguei antes de sair de casa.
Ela resmunga mais para si mesma mas isso me faz rir, ela tentava desesperadamente m ligar o aparelho que não dava nenhum sinal de vida.
- Me empresta o seu. - Ela não pede, ela exige.
- Com essa simpatia? De jeito nenhum. - Nego.
- Mendes! - Ela bate o pé.
- Uau, me chamando pelo sobrenome, chama de novo? - Peço me esticando em sua direção e logo depois caindo em uma gargalhada. - Alana se você chamar alguém vai gastar dinheiro e se bobear vão chegar junto com o seguro, só relaxa um pouco, não vai morrer por ficar um pouco comigo.
Minha língua formiga ao falar a última parte, porque eu ainda era tão rendido por ela? Depois de todo esse tempo achei que não seria tão forte, mas parece que o sentimento se intensificou ainda mais com a distância.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 87
Comments
Solange Araujo
Gente sei que ele foi errado em não contar a verdade, então que conte agora ...
2023-11-12
2
Cris
também anciosa aqui 👏
2023-09-19
2
DALILA
estou na ansiedade aguardando eles conversarem sobre tudo que aconteceu
2023-09-19
2