Capítulo 15

Acordo com o ronco da Emily, ela bebeu demais na noite passada e ainda consigo sentir o cheiro da bebida, decidimos dormir juntas essa noite pra relembrar os velhos tempos.

Mas tem algo que me incomoda, com certeza e a falta da minha filha perto de mim. Volto pro meu quarto tomo um banho e desço direto pra sala pois já acordei tarde.

Théo: Veja só quem acordou.

Diana: Bom dia gente.

Théo: Bom dia.

Henrique: Bom dia

Sim o Henrique já estava aqui e com a Bella no colo.

Diana: Preciso renovar minha energias, vem na mamãe.

Ele me entrega ela, e a encho de beijos, as risadas dela me deixa tão feliz.

Diana: Trabalhando hoje ?

Henrique: Não, só senti saudades da Bella.

Diana: Criança nos trás uma paz né?

Henrique: Muita, quase não dormi essa noite.

Diana: Porque?

Henrique: Por nada

Diana: Sei.

Hebrique: Vou na cozinha, já volto.

Ele sai sem falar mais nada, sei bem que é por causa da Emily.

Théo: O que deu nele ?

Diana: Não sei, mas eu e a Bella vamos lá conversar com ele, né filha ? Da tchau pro vovô.

Ela acena pro meu pai fazendo ele sorrir, vou pra cozinha e encontro o Henrique comendo um bolo de cenoura que parecia estar delicioso.

Diana: Isso parece estar muito bom, segura ela que vou pegar um prato.

Henrique : Tá bom.

Diana: O que aconteceu ein, me fala a verdade.

Henrique: sobre o que ?

Diana: Você e Emily estão tão estranhos desde ontem.

Henrique: Não é nada.

Coloco uma fatia de bolo no prato e me sento de frente pra ele.

Diana: Não parece que não é nada. Porque não conversam com calma.

Henrique: Já conversamos, tudo não passa de sexo casual, que aliás é o melhor que já tive na vida.

Diana: Vocês se gostam só não admite.

Hebrique: Ontem não parecia que ela gostava de mim.

Diana: Você também não parecia enquanto pegava aquela garota.

Henrique: Fiquei com raiva, achei que ela já estava em outra com o cara da empresa, e ontem ela só confirmou isso.

Diana: Vocês são complicados... deveriam conversar, esclarecer as coisas.

Ele fica calado, o olho e ele está encarando o prato e a Bella que está terminando de comer os farelos de bolo do prato dele.

Henrique: Ela comeu meu bolo

Diana: Kkķkk filha você comeu o bolo do seu tio, ele tá bravo agora.

Henrique: Como ela conseguiu comer aquele bolo todo tão rápido?

Diana: Não sei, é a primeira vez que ela come bolo, mas acho que já estava na hora dela experimentar.

Henrique: Mocinha você é muito comilona

Bella: Ma-mamae

Dou um grito, Henrique pula juro comigo comemorando .

É as primeiras palavrinhas da Bella, ela demorou muito pra falar o que me preocupava, mas os médicos dizia que era tudo no tempo do bebê.

Emily: Mas que festa é essa aqui gente.

Diana: Ela disse Mamãe, ela disse Mamãe!!

Falo eufórica, Henrique ainda está pulando com a Bella no colo, ela parecia tá gostando da bagunça

Emily: Meu Deus, não acredito ! Agora fala Titia !

Eu e Henrique rimos dela pois ela realmente estava esperando a Bella falar mais alguma coisa.

Théo: Essa cozinha tá animada demais.

Henrique: Senhor Théo, ela falou mamãe.

Théo: Oh minha princesinha, agora tem que falar vovô kkkķ

Emily: Entra pra fila tio

Diana: Com o tempo ela vai aprender falar com todo mundo gente, mas tô tão feliz.

Henrique: Acredita que ela comeu uma fatia de bolo sozinha ?

Emily: Já come demais de natureza, vem a titia vai te dar mais um pedaço de bolo.

Ficamos todos na cozinha e sim a Bella comeu mais um pedaço de bolo, ficamos admirados com o quanto ela cresceu.

O final de semana foi bem tranquilo, passamos em família, Emily e Henrique não se falaram muito, espero que eles se resolvam.

Uma semana se passou, estou eu correndo de um lado pro outro com a Bella no colo enquanto tento me maquiar, estou no meu apartamento, ouço a campainha tocar, chego do corredor e grito pra poder entrarem.

Era o meu pai, o que me alivia pra ele pegar a Bella que está muito manhosa.

Diana: Pai, que bom que chegou, estou tão perdida, pega ela pra mim terminar de se arrumar.

Théo: Tudo bem, vem com o vovô Belinha.

Entrego ela e volto para o quarto me arrumar, ainda tenho uma hora antes do evento começar.

Quando termino de me arrumar pego o vestido da Bella e vou arrumar ela.

Quando entro na sala meu pai me encara de um jeito que me deixa tímida.

Diana: Porque me olha assim ?

Pego a bela e começo a vesti-lá

Théo: É incrível como você se parece com a sua mãe. Está linda filha.

Diana: Obrigado pai, por tudo. Veja a sua neta, está igual a mamãe.

Coloco a Bella no chão e o vestido dela é da mesma cor que o meu.

Théo: Vocês são meus melhores presentes, amo vocês

Ele pega a Bella no colo e me abraça, fico emocionada por ele está tão feliz.

Théo: Tudo pronto? Podemos ir?

Diana: Sim, vamos.

Pego a bolsa da Bella e a minha bolsa, saímos de lá animados, confesso que estou nervosa, terá muita gente nesse evento e tudo que eles querem de mim de início são palavras e posicionamento de confiança .

Quando chegamos tinha muitos fotógrafos esperando pela gente, ebem no carro de trás estava Emily, Henrique que era nosso convidado e a Maria. Ele conduz as duas passando pelos fotógrafos, logo atrás vamos eu, meu pai e a Bella no colo dele, todos nos fazíamos perguntas desagradáveis, sobre meu passado, o acidente dos meus pais e o pai da Bella, posamos para algumas fotos e entramos no salão de festa que ficava na empresa mesmo.

Somos recebidos com uma grande salva de palmas, todos os funcionários da empresa estavam presentes, o que era bom, consegui ter um bom relacionamento com todos no período em que trabalhei aqui, e consigo sentir a confiança deles em mim.

Tentamos cumprimentar a maioria das pessoas, e ouço alguém me chamar e tocar meu ombro, me viro e vejo que é a última pessoa que eu queria encontrar, mas seria meio que inevitável já que ele faz parte dessa empresa.

Arthur: Diana Wilson, venho lhe parabenizar.

Diana: Wilson Cooper! Obrigada.

Aperto a mão dele mas ele não solta.

Arthur: Não sabia que tinha o sobrenome dos Cooper, aliás eu sempre achei que você era minha filha, já que sua mãe era uma vadia.

Sinto uma raiva subir no meu peito, mantenho minha postura e puxo o Arthur para um abraço, ele não entende mas me abraça também.

Cravo minhas unhas na sua nuca, ele fica rígido sentindo dor.

Arthur: Me solta!

Diana: Se falar de novo da minha mãe, ou da minha família, eu não respondo por mim, e sim, isso é uma ameaça!

Dou uma ajoelhada entre as pernas dele, ele se curva pra frente sentindo dor, me afasto dele sem olhar para trás, como se nada tivesse acontecido.

Pego um champanhe para beber e me acalmar, acabo bebendo tudo de uma vez.

Theo: Vai com calma, desse jeito você não participa da cerimônia.

Diana: Desculpe