Capítulo 06

No dia seguinte acordo com uma dor de cabeça terrível, sinto a mesma mão me tocar de novo, era Theo que já estava do meu lado, recuo novamente para mostrar que não quero que chegue perto de mim.

Théo : Bom dia

Diana : já disse para não me tocar.

Théo : Vou avisar ao médico que você acordou para irmos.

Ele sai do quarto mas volta com um enfermeiro e uma cadeira de rodas.

Théo : Você terá que fazer uns exames antes de ir embora. Tudo bem ?

Digo que sim, recebo a ajuda do enfermeiro para me levantar e me sentar na cadeira, por incrível que pareça Theo estava me acompanhando até a sala de exames.

Diana: Não preciso da sua supervisão.

Theo: Vou te esperar do lado de fora da sala.

Fico com raiva mas não digo mais nada, se ele acha que vou ir embora com ele, está muito enganado...

Faço diversos exames, o último seria pra ver como estava meu bebê, não esperava por isso, não estava preparada mas sinto um pouquinho de animação só pra saber como ele deve estar.

Médica: Seu bebê está bem Diana, você está com três meses e meio de gravidez .

Diana: Tudo isso ?

Falo incrédula pois até mês passado estava menstruando normalmente.

Medica: Acontece de no início ser uma gravidez silenciosa.

Diana: entendo.

Já da pra saber o sexo ?

Medica: Daqui a um mês você volta para saber se é menino ou menina.

Diana: Ok.

A médica coloca para mim ouvir o coração do meu bebê, é satisfatório ouvir aquele som, me acalma de tal maneira que eu poderia ficar aqui o dia todo e esquecer tudo o que passei. A médica passa diversas medicações pra mim, ainda mais por ter sido abusada.

Ao terminar o enfermeiro novamente me ajudar ir caminhando para meu quarto, Theo não estava no corredor e nem no quarto, vejo que tem roupas limpas na cama, então me visto rapidamente e saio do quarto e do hospital sem que ninguém me visse.

Coloco o capuz do meu casaco, ao passar pelo estacionamento vejo Theo sair de trás de um carro, não vou tentar sair correndo só continuo a caminhar.

Théo : Diana espere.

Eu paro, e olho pra ele, reparo que seus olhos são da cor do meu, um castanho claro, mas nesses olhos eu via medo, as mãos dele estava trêmula segurando algum papel.

Diana: Obrigado por me salvar, e por bancar todo esse hospital pra mim, mas agora preciso ir.

Me viro pra continuar andando mas Theo segura minha mão, recuo novamente o encarando.

Théo : Seja quem for, vai tentar te matar de novo. Não vá, fique comigo em minha casa, tem espaço suficiente pra você e seu bebê.

Minha expressão é de confusão, o que ele quer comigo ? Não consigo confiar nele.

Diana: Porque disso tudo? O que você realmente quer de mim ? Você não tem nenhuma prova de que é uma pessoa segura pra mim.

Ele abaixa a cabeça e ergue sua mão me entregando um papel.

Théo : na verdade eu posso ter uma prova sim.

Pego o papel e o encaro novamente.

Diana: O que é isso ?

Théo : Abra e leia pois estou sem coragem, por favor.

seus olhos pareciam suplicar por isso, será que ele estava com medo de que fosse um exame sobre alguma doença.?

Decido abrir logo, mas não sei se isso vai me ajudar a ter confiança nele.

Abro o envelope, retiro o papel e leio, tinha dados, o nome dele, pelo que parece era um exame de DNA, mas espera... DIANA WILLSON ??

Mas porque diabos o meu nome está neste exame. Estou trêmula e continuo a ler com meus olhos lacremejando.

"Probabilidade de paternidade é de 99,99999%"

Caio sentada no chão, Theo se ajoelha e segura minha mão, mas dessa vez não recuo. Não é possível, ele é meu pai ? Mas meu pai já morreu, o que será que minha mãe escondeu ? São tantas perguntas que faz minha cabeça borbulhar.

Théo: Eu já sabia...

Diz Theo aos prantos.

Théo : Mas só queria ter total certeza de que era você a minha menina.

Sua menina ?

Diana: Do quê você está falando ? Isso é um grande engano, e-eu só tenho um pai que morreu a anos, isso não é verdade, não é!

Eu grito e choro, será que eu mereço mesmo tá passando por tudo isso?

Theo me levanta com cuidado pois não estou afim de reagir, é coisa demais para assimilar, entro no carro dele pois quero respostas, quero saber que história é essa.

Ele entra no carro, pega o celular e disca o número da polícia e me entrega.

Théo : Esse celular agora é seu, se não se sentir segura comigo chame a polícia ou pode ir embora sozinha correndo perigo, você querendo ou não eu sou seu pai, estou tão surpreso quanto você, mas se quiser saber de toda a história de toda a verdade, deve confiar em mim e me deixar te ajudar.

Não digo nada, apenas guardo o celular no bolso e encosto minha cabeça na janela.

.

.

Eu achava que a casa dele era mais próxima, porém foram mais de duas horas de viagem até chegar na sua humilde mansão.

Saio do carro junto com ele, o acompanho até entrarmos na sala, visualizo o local, a casa realmente é muito bonita.

Saio dos meus pensamentos vendo uma mulher caminhar em minha direção com um sorriso no rosto.

Mulher: olá, como vai minha querida ?

Diana: Olá

Nao digo mas nada, mas a mulher parece ser bem simpática. Olho para o Théo pois me sinto mais perdida ainda nesse lugar.

Théo: Diana, essa é a Maria, ela trabalha aqui na minha casa a anos.

Observo ela que ainda sorrir pra mim e estendo a mão para cumprimenta-la, ela aperta minha mão e logo se afasta.

Maria: Esta com fome ? Fiz um almoço delicioso.

Diana: Não, Théo tem que conversar comigo

primeiro.

Théo: Você precisa se alimentar primeiro e sabe muito bem o porquê.

Ele gesticula para mim seguir Maria até a sala de jantar, nos sentamos e começo a me servir. Caramba, que fome... que comida deliciosa, tenho vontade de comer mais uma vez, mas não quero parecer Tão acomodada aqui, e quero de uma vez por todas saber o porquê o Théo é meu pai, isso não me desce, me dá uma dor de cabeça inexplicável.

Desisto de terminar de comer, solto os talheres e olho seriamente para o Théo.

Diana: Precisamos conversar. Agora

.

.

Maria

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