Capítulo 8

Vou para meu suposto quarto, estou doida por um banho descente, olho em volta e meu quarto é grande demais e muito bonito.

Tem até um closet com algumas roupas, escolho algo confortável e tomo um banho e lavo meus cabelos. Logo após pego o celular e tento entrar em contato com a Emily, quero saber como ela está, e quero dar notícias.

Mas o celular dela parece está desligado nas últimas três horas em que tento ligar.

Descido ir conhecer a casa, são muitos cômodos chega me vejo ofegante, vou para a cozinha pois sinto um cheiro maravilhoso da comida da Maria.

Diana: Que cheiro delicioso.

Maria : Oi minha linda, como você está?

Diana: bem, o que está fazendo ?

Maria: um ensopado de carne com legumes.

Diana: Posso te ajudar em algo ?

Maria: Não precisa filha, isso é meu trabalho.

Diana: Não se preocupe, eu gosto de ajudar Na cozinha.

Que tal um suco de laranja ?

Maria: Perfeito, tem laranja, vou pegar o espremedor pra você.

Diana : Obrigada.

Maria é um doce de pessoa, talvez eu possa confiar nela, e no que ela diz sobre o Théo.

Enquanto ela termina o almoço eu faço o suco, colocamos a comida na mesa pra somente nos duas comermos, conversamos sobre várias coisas, principalmente sobre o Théo.

Subo para o meu quarto, para tentar falar com a Emily mais uma vez, mas não consigo, mando mensagem pelas redes sociais, mas também não obtive respostas.

Paro um pouco pra pensar no meu filho, que já tenho certeza que é uma menina, mas logo lembro de Felipe de tudo o que ele me fez, me vejo banhada em lágrimas, a dor em meu coração, na minha alma é terrivelmente doloroso e sufocante. Decido não sair mais do quarto, me tranco, fecho as cortinas e apago as luzes, quero ficar sozinha até o outro dia.

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Tem um som alto que me irrita, seja quem for eu não quero abrir a porta.

Eu dormi de tanto chorar, acho que já é noite, e com certeza deve ser o Théo batendo na porta insistentemente. Me mantenho em silêncio por cinco minutos, ele desiste, mas depois de alguns minutos ele bate de novo, mas alguém me chama e eu reconheço essa voz, é a voz da minha amiga.

Diana: Emily ?

Emily: Oi amiga, sou eu, abre a porta.

Me levanto da cama correndo, quando abro a porta era ela mesmo , nem acredito.

Ha puxo para dentro do quarto lhe dando um abraço apertado, que saudades eu estava, é muito bom ter alguém com cheiro de "lar" por perto.

Emily : Não chore amiga, tudo já passou.

Diana: Foi horrível Emily, meu Deus...

Emily: Eu sei que foi, seu pai tá fazendo de tudo pra te ajudar.

Diana: Como vocês se conhecem ?

Emily : Ele deu um jeito de chegar até mim, pra ter mais informações sobre o Felipe e sua vida.

Diana: Ele foi lá hoje ?

Emily: Sim.

Diana: O que vocês encontraram na minha casa ?

Emily: A casa estava revirada somente, não tivemos sinal do seu tio.

Diana: Ninguém achou ele ?

Emily: Não, porque, devíamos achar ?

Diana: Eu... eu achei que ...

Emily: Você fez alguma coisa com ele amiga ?

Diana: Eu achei... que ele tinha morrido amiga..

Já estou em lágrimas sem saber como parar.

Emily: O Felipe fez algo com ele ?

Diana: Não, eu enfiei a faça no pescoço dele Emily.

Emily: Porquê?

Vejo ela assustada com a minha confissão

Diana: Porque ele tentou abusar de mim, e o Felipe não fez nada só ficou olhando.

Emily: Meu Deus, não acredito nisso, como ele pode não fazer nada ?

Diana: Ele já tinha forçado sexo comigo, ele abusou de mim primeiro e depois o Sérgio tentou também, mas eu não permiti. E depois ele tentou me matar enfiando um canivete na minha barriga.

Emily se levanta com raiva, ela para no meio do quarto e olha em direção a porta onde Théo estava parado ouvindo tudo.

Ainda estou na minha cama chorando, o Théo vem em minha direção na intenção de me acolher mas recuo. Emily se senta do meu lado

Emily: Amiga, sabemos que não está sendo nada facil pra você, confiar em alguém agora vai ser difícil. Sei que vai ser mais difícil ainda aceitar um novo pai, mas agora você tem que deixar o orgulho de lado e aceitar a ajuda dele, a nossa ajuda pois não vou te abandonar. Pensa no seu bebê, uma hora ou outra o Felipe vai saber de vocês, então pense.

Olho para Théo novamente e ele está de cabeça baixa. Não deve ser nada fácil pra ele também em alguns dias descobrir que tem uma filha que foi abusada, que quase foi morta, que matou uma pessoa e que ainda está grávida. Nem imagino como a cabeça dele deve está fervendo.

Emily tem razão, devo pensar no meu bebê, vou fazer isso por ele(a), mas sem fazer corpo mole, vou correr atrás do meu futuro enquanto posso.

Me levanto vou em direção ao Théo, e lhe dou um abraço, ele me abraça também e parece se sentir aliviado.

Diana: Eu vou ficar

Théo: Mesmo ?

Diana: Sim, obrigado por isso.

Théo: Filha, eu só quero seu bem, só quero ter a oportunidade de cuidar de você e agora cuidar do meu neto.

Diana: tudo bem.

Ele enxuga as minhas lágrimas e da um leve sorriso e vai para o quarto dele, parecia abalado com o que ouviu de mim. Emily fica comigo no quarto até a hora do jantar.

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