Capitulo 7

Estou sentada no sofá enorme do Théo, ele está sentado afastado de mim, ele encara as próprias mãos todo ansioso, então decido iniciar a conversa.

Diana: Você e minha mãe era o que na verdade?

Ele me encara com os olhos cheios de lágrimas.

Théo: Como a Catarina morreu?

- Seus olhos lacremejava enquanto me encarava.

Diana: Não sei bem como meus pais morreram, só disseram que eles estavam de carro, não sei se os freios falharam, mas acho que eles acabaram caindo do alto de um morro.

Como eu disse, não me deram detalhes.

Theo abaixa a cabeça e limpa a lágrima que estava prestes a cair, ele me olha de novo e sorrir pra mim.

Théo: Você se parece muito com a sua mãe.

Diana: Todos que conheceu ela, diz isso... Ela faz falta, era uma mulher incrível, diferente de qualquer outra.

Théo: Era sim, eu a conheci quando ela tinha sua idade.

Diana: O que aconteceu ? Você abandonou a minha mãe grávida de mim ?

Théo: Eu não abandonei a sua mãe. Bom, nos conhecemos muito novos, trabalhamos muito mas não passávamos de namorados, ficamos juntos por mais de três anos.

Diana: E não pediu ela em casamento ?

Minha pergunta deixa ele um pouco desconfortável.

Théo: É eu não pedi, era o que ela queria, mas eu não. Eu queria sucesso na minha carreira, Catarina já tinha a dela por isso queria casar e formar uma família, mas eu não estava preparado, até perceber que foi a maior burrada da minha vida.

Diana: Quando foi que percebeu isso ?

Théo: Quando sua mãe foi embora, tempo depois eu soube que ela estava com alguém e grávida.

Diana: E esse alguém era meu pai certo?

Théo: Sim, seu pai que te criou.

Me levanto pra respirar fundo, sinto minhas mãos suar por saber que um dia ele foi um pouco parecido com o Felipe, minha raiva escava estampada em meu rosto e nem estou medindo esforços para não mostrar isso.

Diana: Você é um babaca.

Théo: Eu sei... Está no direito de pensar o que quer de mim, mas eu juro Diana, eu juro pela minha vida, que se eu soubesse que sua mãe estava grávida de um filho meu eu iria correndo atrás de vocês.

Diana: Fique quieto e não fala da minha mãe!

- tento me acalmar, respiro fundo e tento falar pois quero saber mais sobre esse homem e minha mãe, e como ele me achou.

Diana: Você foi atrás de mim em Minnesota?

Ele me olha confuso sem saber do que estou falando.

Théo: Minesota ? É lá que você morava ?

Fico confusa com sua pergunta.

Diana : Você não estava em Minnesota?

Théo: Não, eu estava em Dakota do Sul à trabalho. Te encontrei por acaso Diana, parecia que nossos destinos estava traçados para nos encontrar.

Enquanto ouço ele dizer essas palavras penso em como o Felipe realmente queria me ver morta, ele viajou uma cidade inteira durante a noite só pra se livrar do meu corpo.

Diana: nossos destinos traçados?

Eu tive que ser quase morta pra você saber da minha existência, as coisas que eu passei, você não tem o mínimo de noção, seu idiota.

Théo: Diana, eu sei de tudo que você passou, seu médico conversou comigo, foi horrível e a pessoa que fez isso vai pagar com a vida por ter mexido com voce !.

Diana: Não quero nada de você, nem sua ajuda!.

Théo: Você querendo ou não, você tem tudo de mim agora, você é minha filha, minha menina, e está esperando um bebê, meu neto! Eu não vou deixar voce por aí sozinha desamparada. Não sei se vou conquistar sua confiança, mas vou tentar até o último dia de minha vida.

Não sei o que dizer, o que sentir ou o que pensar, mas meu peito dói, é como se eu estivesse afundando no oceano afundando cada vez mais. Me vejo no sofá ainda sentada na frente do Théo, já se passaram vinte minutos e não falamos mais nada.

Ele sai da sala me deixando sozinha.

horas de passa e eu ainda estou sentada no sofá, pensei muito em tudo o que Théo me disse, pra mim ele ainda não é de confiança, mas ainda me pergunto se devo confiar nele, pelo menos até eu ajeitar a minha vida pra seguir em frente com meu bebê.

Saio dos meus pensamentos com alguém tocando em meu ombro.

Maria: Desculpe, não queria te assustar.

Diana: Não assustou, estou bem.

Maria: posso me sentar com você?

Faço que sim com a cabeça e ela se senta.

Maria: O que achou da casa ?

Diana: É muito linda, e grande.

Maria: É mesmo, o senhor Théo ama essa casa.

Diana: Imagino que sim.

Olha Eu não tive tempo de perguntar a ele, mas estamos em Dakota do Sul?

Maria: Não, estamos em Nova york, no interior da cidade.

Fico incrédula, se ele me encontrou em Dakota do Sul, como vim parar em Nova York?

Diana: Sabe como vim parar aqui ?

Maria: Conversei um pouco com o Théo ele disse que pediu pra te tranferirem de hospital antes que você acordasse assim seria mais fácil de trazer pra cá.

Diana: Entendo

Maria: Você ainda não confia no seu pai, eu entendo.

Diana: ele não é meu pai.

Maria: Ok me desculpe, mas acho que você precisa da ajuda dele agora.

Você tem mais alguém que possa te ajudar ?

Penso e logo lembro da Emily e dos pais dela, mas não quero dar esse desgosto a eles, mas queria muito que minha amiga estivesse aqui comigo.

Diana: Não tem ninguém pra me ajudar agora, eu só tenho uma amiga que sempre esteve comigo.

Maria: Qual o nome dela ?

Diana: Emily

Maria: Ela pode vir te fazer visitas, caso você queira ficar aqui.

Diana: Não posso ficar.

Vejo Maria se aproximar e pegar na minha mão, me sinto bem conversando com ela.

Maria: Filha, ouça o conselho de uma mulher vivida, quando a vida te dar uma segunda chance, de conhecer novas e boas pessoas, não desperdice... pois é ruim demais viver sozinha nessa situação que está agora. Aceite a ajuda, deixe de ser orgulhosa, já sabemos que você é uma mulher forte como sua mãe.

Estabilize sua vida, e depois siga da forma que preferir.

Diana: Você conheceu a minha mãe?

Maria: Sim, ela e o seu pai era muito felizes, mas ele fez a burrada de trocar o amor pelo sucesso e agora tá aqui tentando pelo menos ter o amor da filha que nem sabia que existia.

Diana: Fico imaginando como seria se ele não tivesse tomado a decisão errada.

Maria: Vocês seriam uma família linda, mas pense com carinho no que eu te disse.

Diana: Vou pensar sim Maria, muito obrigada.

Ela acaricia meu rosto e sai da sala me deixando sozinha de novo.

Fico pensando por mas um tempo completamente imóvel, estou chorando pois não quero ser forte todo tempo mas quero pelo menos pensar mais um pouco antes de tomar essa decisão.

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Acordo e sinto alguém me encarando, era o Théo. Me sento no sofá e olho em volta, já tinha amanhecido, acabei dormindo no sofá de tão exausta que eu estava.

Théo: Bom dia

Diana: Bom dia

Théo: resolveu ficar ?

Diana: Eu ainda não decidi

Théo: Terá tempo pra isso, tome seu café da manhã, já que nem jantou ontem a noite.

Diana: Não estou com fome.

Minha barriga ronca de fome, que droga.

Théo: Da pra ouvir daqui sua barriga roncando, se alimente bem.

Seu quarto é o segundo a esquerda, tem roupas e tudo o que você precisa lá fique a vontade.

Vou trabalhar, não volto para o almoço mas volto no fim de tarde.

Observo o quanto ele fala muito como se me devesse algum tipo de satisfação, mas não respondo a nada.

Théo: Até mais tarde.

Ele pega uma pasta e sai indo trabalhar.

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