Capítulo 8

“Que?”

Eu ouvi direito? Emiliano acabou de me pedir para tirar minha roupa? Tipo, ficar pelada? Provavelmente não. Ele não faria isso, certo? Ele não me deixaria passar por essa vergonha, certo?

Talvez eu não tenha ouvido bem.

“Você me ouviu! Tire suas roupas agora, não perca meu tempo, não temos o dia todo.” Ele gritou.

Meus olhos se arregalaram, eu ouvi certo, Emiliano queria que eu ficasse nua, mas por que eu faria isso? Por que ele achava que eu ia fazer isso!??

“Você está louco?”

Eu desenrolei os braços e o encarei, procurando algum sinal de que era uma brincadeira.

“Eu não vou fazer isso.” Insegurança rondava minhas palavras.

Emiliano então se aproximou perigosamente de mim, fazendo-me dar dois passos para trás, meu coração batia perigosamente contra meu peito.

“Vou contar até cinco”, seus olhos intensamente raivosos perfuraram minha pele.

“Se você não obedecer, eu prometo que você não vai a um casamento, e sim, a um funeral.” Ele ameaçou.

Meu Deus, o que ele quis dizer com isso? Ele é capaz de matar minha irmã? Engoli em seco, olhando para seus olhos sedentos de sangue, sim, sim ele é!

Mas como posso ficar nua na frente dele? Para onde iria minha dignidade? Nenhum homem, repito, nenhum homem me viu nua antes na vida!

“Eu não posso fazer isso.” Respondi com voz trêmula, cruzando os braços novamente, me sentindo um pouco mais protegida.

“O que você disse?”

 Sua voz saiu num sussurro mortal, enviando arrepios de medo pela minha espinha.

“Eu não posso fazer isso, eu não vou fazer isso!” Gritei de volta para ele.

Ele balançou a cabeça como se estivesse reconsiderando, mas não até...

“Um.” Ele começou a contar.

Segurei minha blusa firmemente contra o peito, tremendo de medo, por que isso está acontecendo comigo? Deus, eu preciso da sua ajuda, por favor, envie um ajudante.

“Dois!”

Eu dei um salto de medo, ele realmente está falando sério, ele vai matar minha irmã? E se...

Será que ele teria o poder para fazer isso? O que estou pensando? Claro que ele tem o poder para fazer isso!

“Três!”

Eu dei outro pulo, segurando minha blusa firmemente contra o peito. E se eu colocar a vida da minha irmã em perigo ao não fazer isso? Ela pode morrer! Esse maldito desgraçado pode matá-la, olha só para ele! Ele poderia matar qualquer um!

“Quatro!” Ele rosnou desta vez, me fazendo engolir em seco.

Ninguém vai ver, certo? É só ele, mais ninguém, eu tenho que fazer isso, tenho que fazer isso pela Andressa, se não, ele pode matá-la, ou talvez até a mim.

“Cinco”

“Ok! Eu vou...” Eu gritei, sentindo lágrimas amargas escorrerem pelas minhas bochechas.

Ele arqueou uma sobrancelha para mim e cruzou os braços no peito, me observando.

 “Bom, continue.” Ele simplesmente disse.

“Por que você está fazendo isso? O que você ganha com isso?” Perguntei, sentindo meus olhos arderem.

“Bom, em primeiro lugar, eu ganho o prazer de te ver humilhada, e em segundo lugar, você precisa ver o que acontece com as pessoas quando dizem não para mim.”

“Você realmente vai matá-la?” Eu tive que perguntar.

“Oh, acredite em mim, eu vou matar não só ela, mas o tal do noivo dela, e quando eu terminar, vou acabar com a sua vida também, ninguém gosta de testemunhas, então, acho que você deveria considerar suas opções.”

“Mas-“

“Cinco!” Ele gritou.

Lágrimas escorreram novamente pelo meu rosto.

 “Tudo bem.” Eu disse, fungando.

Minhas mãos trêmulas se moveram para desfazer os botões da minha blusa de mangas curtas de babados florais. Lágrimas escorreram pelas minhas bochechas enquanto chegava ao último botão. Eu sabia que Emiliano estava me observando, mas eu não ousava olhar para ele, meu coração batia forte no peito enquanto eu tirava a blusa, revelando apenas o meu sutiã.

“Continue.” A voz de Emiliano fez meu coração disparar.

Não posso acreditar que isso está acontecendo comigo! Por que ninguém está vindo me salvar?

Minhas mãos trêmulas se moveram para abrir devagar o zíper da minha saia, até chegar à parte de baixo.

Como seda, a saia deslizou suavemente pelas minhas pernas enquanto eu saía dela.

Fechei os olhos, me sentindo humilhada e envergonhada, aqui estou eu, parada seminua na frente de um porco impiedoso! Um completo e cruel estranho!

“Tire a calcinha.”

Olhei para ele em choque.

“O quê?” Minha voz saiu num sussurro trêmulo.

“Não me faça repetir.” Emiliano resmungou, seu rosto estava cheio de nojo enquanto seus olhos percorriam meu corpo dos pés à cabeça.

Isso é a pior coisa que já me aconteceu. Algo me dizia que, depois dessa experiência, eu ficaria marcada para sempre.

“Emiliano, por favor...”

“Tire!” Ele gritou, enviando outra onda de arrepios pela minha espinha.

Pulei de medo e imediatamente comecei a desabotoar meu sutiã, com as mãos trêmulas enquanto soluçava.

Logo depois, meu sutiã caiu do meu corpo e engoli em seco, me sentindo completamente envergonhada e exposta.

Enfiei meus polegares em cada lado da minha calcinha e comecei a deslizá-la para baixo.

“Pare.” Emiliano disse.

Lágrimas quentes escorriam pelas minhas bochechas enquanto tirei as mãos da minha calcinha.

Senti Emeliano se aproximar, não ousei olhar para ele, senti ele andar ao meu redor, como se estivesse inspecionando cada centímetro do meu corpo até voltar a ficar na minha frente.

Ele ergueu meu queixo para que nossos olhos se encontrassem, quando olhei para ele, me senti como uma vagabunda, o jeito que seus olhos percorreram do meu peito para meus lábios e depois para os meus olhos, me senti muito constrangida.

“Escuta bem, Bambina.” Ele rosnou. “Eu vou te fazer coisas piores da próxima vez que você disser não para mim... Isso é apenas o começo, da próxima vez, vou fazer você se foder na minha frente. E acho que você já sabe agora o quanto levo essas ameaças a sério.” Ele se afastou de mim.

Seus olhos percorreram meu corpo mais uma vez e então ele zombou.

“Eu me pergunto por que você está chorando. Seu corpo é- é literalmente o maior desligamento para um homem, você não é nada para se olhar, não é de admirar que seu namorado nunca tenha te comido, seu corpo é... Na verdade, a coisa mais sem graça que eu já vi. Eu só perdi meu maldito tempo." Seu olhar era de nojo.

Rangi os dentes, me sentindo nojenta comigo mesma, suas palavras realmente me machucaram, suas palavras me machucaram até o âmago, o observei sair da sala, resmungando algo que parecia, 'que desperdício de tempo'.

Desabei em lágrimas quando ouvi seus passos se afastarem, rapidamente peguei minhas roupas e as coloquei de volta.

Eu estava certa sobre uma coisa: essa experiência definitivamente me marcou para sempre, eu nunca vou esquecer disso.

"Eu te odeio, Emiliano", murmurei para mim mesma, com profundo ódio. "Juro que vou fazer você engolir suas palavras. Eu juro.”

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