A Prisioneira Do Bilionário Arrogante
... ...
"Obrigada."
Eu falei para o cara que me ajudou a colocar minha mala no porta-malas do táxi que me levaria para a propriedade do meu pai.
Abri a porta e entrei no táxi.
Coloquei o cinto de segurança e tirei meus óculos de sol, guardando-os na minha bolsa.
O motorista bateu a porta antes de colocar o cinto de segurança e ligar o carro.
"Manhã linda, não é?" O motorista, um sujeito barrigudo com uma barba que parecia precisar de um corte, perguntou enquanto o táxi saia em disparada.
"Com certeza" respondi antes de me recostar e relaxar no assento.
Ele sorriu para mim pelo retrovisor antes de dirigir para longe do aeroporto.
Respirei fundo, me lembrando de quando eu tinha cinco anos, Orlando mudou bastante desde então.
Voltei para o casamento da minha irmã e, assim que terminasse, teria que voar de volta para Nova York para cuidar do meu restaurante, já que não queria que minha mãe ficasse sobrecarregada.
"Você não é daqui, né?" O motorista do táxi perguntou, me olhando pelo retrovisor.
Dei um sorriso leve. "Sou, mas me mudei há alguns anos."
"Ah, por quê? Orlando é um lugar tão bonito." O motorista de táxi sorriu.
"Eu posso ver." Devolvi o sorriso educadamente, ignorando a pergunta sobre o porquê.
Olhei pela janela e, de fato, Orlando era um lugar maravilhoso, mas também era movimentado. Minha mente voltou à minha lembrança da propriedade do meu pai.
A pequena casa ficava no meio de um terreno cheio de grama. Eu me perguntava se alguma coisa tinha mudado. Como meu pai reagiria ao me ver?
A preocupação começou a tomar conta do meu coração. Meu pai e eu não éramos exatamente os melhores amigos.
Há dezesseis anos, meus pais passaram por um divórcio devastador, e meu pai implorou para que eu ficasse com ele e minha irmã, mas eu não podia deixar minha mãe naquele momento, então decidi ficar com ela.
Minha mãe ficou arrasada por algum tempo, mas logo superou. A única coisa era que ela nunca namorou.
Ela e eu cuidamos do negócio do restaurante; tentei convencê-la a vir comigo, mas ela disse:
"Alguém precisa cuidar do negócio. Vá, dê os parabéns para o casamento da Andressa".
Eu sabia que minha mãe estava com medo de que a Andressa não a quisesse lá, mas eu sabia que a Andressa ficaria feliz em ter a família toda no casamento.
O táxi começou a sacudir para a frente, me tirando do transe.
"Está tudo bem?" perguntei ao motorista do táxi.
"Err, na verdade não, o carro está falhando." O homem deu uma risada nervosa.
Desviando de vários carros buzinando, o motorista se movimentou em direção à faixa antes de estacionar o carro em frente a uma loja movimentada.
A rua ainda estava agitada, com pessoas andando para lá e para cá e se amontoando na frente de um caminhão de comida ao lado de uma floricultura.
"É grave?" perguntei a ele.
"Não muito, vou dar uma olhada e logo estaremos fora daqui." O homem garantiu, abrindo a porta, quase acertando várias pessoas que passavam.
Suspirei baixinho e relaxei na minha poltrona. Olhei pela janela, observando o ambiente.
O rabo de cavalo loiro de uma linda menininha brincando com flores chamaram minha atenção. Olhei para a placa da loja, "Flores do Coração". O vento soprou, espalhando pequenas pétalas, agitando os cabelos da menininha, e um pequeno sorriso apareceu nos meus lábios.
A cena era linda, eu podia ver a mãe dela sorrindo para ela, mas logo ela se distraiu com um cliente que veio comprar flores.
Continuei observando a menininha que me lembrava de mim mesma. Eu adorava flores; dezesseis anos atrás, meu pai fez um jardim para Andressa e eu. Naquela época, Andressa tinha sete anos, mas cuidava de mim sempre que minha mãe decidia sair de casa. A gente era próxima. Quando Andressa entrou em contato comigo algumas semanas atrás, fiquei feliz que ela me convidou para o casamento dela, já que não conversávamos mais com frequência.
De repente, um grupo de homens de terno cinza entrou no meu campo de visão, bloqueando a menininha.
Enquanto entravam na floricultura, vi um de terno preto empurrar a menininha e ela cair no chão.
Continuei observando, furiosa por o homem nem mesmo ter olhado para baixo. Olhei de volta e vi a menininha chorando, seu joelho estava sangrando. A mãe dela só consolava ela, mas ela não parava de chorar.
Que cara mal-educado!
Notei como as pessoas se afastavam dele, para ele passar.
Antes que eu percebesse, estava saindo do táxi. Se ninguém se importava em colocar aquele homem rude em seu lugar, eu deveria fazer isso!
"Ei!" gritei, meus saltos altos batendo no chão cada vez mais rápido enquanto eu tentava alcançar ele e seus capangas.
"Ei!!!" As pessoas ficaram chocadas quando perceberam que eu estava indo atrás do homem rude!
Suspirei de frustração, aumentando meu ritmo, e finalmente o alcancei e o empurrei pelas costas, fazendo ele avançar um pouco para a frente.
Seus homens se viraram para mim com olhares de raiva como se quisessem me atacar. Tenho que admitir, isso me assustou, mas eu me mantive firme.
Notei como as pessoas balançavam a cabeça com olhares de pena para mim. Mas, por quê?
"Deixa pra lá", disse o homem rude e surdo enquanto se virava lentamente, tirando os óculos de sol e entregando para um dos seus capangas.
Levantei as sobrancelhas para ele e estava prestes a explodir, foi quando vi todo o seu rosto e tive que fazer força para meu queixo não cair.
Seus olhos, escuros, sérios e penetrantes, me faziam querer me encolher em um canto. Suas maçãs do rosto bem definidas pareciam dar um brilho que só se encontra ao olhar para super modelos, e suas sobrancelhas cheias estavam franzidas, mostrando que ele estava irritado. Seus lábios, os lábios cheios desse estranho, estavam pressionados em uma linha fina, mas conseguiam me atrair para um transe intenso no qual eu, Rebecca Lewis, nunca pensei que pudesse cair.
Peraí, um pouco.
Eu tinha acabado de empurrar um deus?
Pisquei para trazer meus sentidos de volta para o meu cérebro. O que você está fazendo, Becca? Mantenha-se firme; dê a esse cara bonito e arrogante o que ele merece!
"Quem você pensa que é? Você não pode derrubar essa criança sem pedir desculpas. Exijo que você peça desculpas agora!" eu disse a ele.
Com os olhos um pouco apertados devido a luz do sol e a mandíbula cerrada, ele olhou ao redor por cinco segundos, antes de seus olhos voltarem para os meus.
"E por que eu faria isso?" ele perguntou, sua voz e expressão eram desprovidas de emoção, nem mesmo um leve sinal de raiva em seus traços perfeitos.
Comecei a me sentir intimidada.
"B-bem, está errado! Você tem que pedir desculpas para a criança e a mãe dela", eu disse.
Ele bufou e olhou ao redor novamente; uma pequena multidão começou a se formar ao nosso redor. Por que eles não estavam me apoiando nisso? Eles não viram o que aconteceu?
Algumas pessoas me deram um sinal com os olhos para deixar o assunto, mas não eu não ia voltar atrás!
"Eu não estou fazendo nada, então por que você não se vira e volta para onde veio, e eu continuo o meu caminho?" Sua voz ainda estava calma, e seu rosto ainda não mostrava emoção.
Alguém da multidão gesticulou freneticamente com a mão para que eu saísse. Mas eu o ignorei.
"Sabe, eu costumava pensar que pessoas como você só existiam em filmes, agora, tenho certeza de que babacas como você realmente existem!"
Com um olhar sem expressão, ele perguntou:
"Você já terminou?"
Eu dei um suspiro, me sentindo insultada.
"Ainda não! Você é tão cheio de si, não é? Você precisa perceber seus erros, e também, você precisa pedir desculpas para a criança. Você não vê que ela está machucada!?"
Os olhos dele se moveram para olhar atrás de mim.
"Ela parece estar bem", ele disse, "Agora, já terminou?"
Fiquei atordoada com isso e olhei rapidamente para a garotinha, que ainda estava soluçando e a mãe dela mandando ela ficar quieta.
"Não consigo acreditar nisso. você é um idiota arrogante!"
Não sabia mais o que dizer.
"Você não tem educação! Nem um pouquinho. Só porque você é rico não significa que pode pisar nos pobres, entendeu? Tá pensando que é o que?."
Ele levantou a sobrancelha.
"Você precisa de dinheiro?" Ele me perguntou.
Fiquei furiosa.
"O que você quer dizer com isso!?"
Ele deu de ombros, com o rosto vazio.
"Você é um idiota! Um babaca rude e insensível!"
"Acho que já acabou", ele pegou seus óculos de volta e os colocou de novo. Deu as costas para mim e começou a se afastar, junto com seus capangas.
"Ei! Não seja um covarde e peça desculpas para a criança!" Ousei gritar.
Ele parou, de repente. E quando ele se virou para mim e tirou os óculos novamente, seus olhos estavam cheios de raiva.
"Cuidado com o que diz para mim, garota" Sua voz era profunda e sombria de raiva.
Me aproximei mais, ficando na frente do arrogante bonitão.
"Ou o quê? O que. Você. Pode. Fazer? Hein?"
Ohhh. O que você está fazendo, Becca?
Imediatamente, meus pés não tocaram mais o chão. Percebi que um dos seus seguranças me agarrou com suas mãos ásperas e me jogou em seu ombro.
"O que você está fazendo?! Me solta agora!" Eu gritei, batendo em suas costas.
Em vão, gritei, enquanto nos afastávamos da garotinha.
"Me solta, seu grandão! Me solta agora mesmo!"
De repente, vi duas limusines parando na nossa frente, nós também paramos, e então outro homem abriu a porta da limusine e me jogaram em um assento de couro preto.
A porta se fechou!
O quê? Não! O que está acontecendo?
Tentei abrir a porta, mas ela não se mexia! Santo Cristo! O que está acontecendo?
"Me deixem sair!" Bati na janela. "Me deixem sair, seus malucos!!!" Vi o bonitão deslizar para a outra limusine.
Então, como se fosse algo normal que acontecesse todos os dias, o carro começou a se mover.
"Ajuda! Alguém me ajuda, por favor! Alguém ajuda!" Eu gritei, observando pela janela enquanto todos cuidavam de suas próprias vidas. Que diabos está acontecendo com essa gente? Por que ninguém está fazendo nada para me salvar!?
O medo começou a tomar conta do meu peito, fazendo meu coração bater acelerado.
Meu deus, em que merda eu me meti?
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Atualizado até capítulo 45
Comments
leitora por amor
Já tô gostando... será que ele é mafioso??
2024-06-13
2
Clesiane Paulino
começando agora e já tô gostando 🥰🥰
2024-02-18
1
Lua Cheia
Pois é Becca, vc não gosta de injustiça mas complicou pra você. 😔😔
2023-12-08
1