Capítulo 15

Com Alessandro

Num segundo tudo virou de ponta a cabeça. A Cuba que antes caia fora agora bate no meu rosto e está gelada. O chão molhado, me abraça e sinto meu corpo sendo envolto pela água.

- Meu amor, Cecilia!

Vejo tudo apagando e a escuridão me levando com força. Sinto minhas pernas serem puxadas, ouço vozes. Mas nenhuma delas e a do meu amor. Cecilia. Onde você está?

Sinto meu corpo ser sacudido e minhas roupas, ou pelo menos o que sobrou delas, serem rasgadas. Pelo o que eu entendi estou sendo atendido por um médico.

Mais Porqie ainda sinto água no meu rosto? Será que ainda estamos na estrada? Será que uma equipe chegou tão rápido? Ou perdi a noção do tempo?

Perguntas que me faço sem ao menos conseguir saber a resposta. Meus olhos por mais força que eu faça não abrem.

Sinto furarem meu braço e um liguido quente entrar em minhas veias ligeiramente. Estão imobilizando meu pescoço e minha perna. Acho que quebrei.

Sinto meu corpo sendo erguido e mais uma vez a escuridão me leva. Faço uma prece mentalmente e peço que quando eu acordar eu possa vê-la.

COM CECÍLIA

Não sinto nada, ou melhor, sinto medo. Medo de não chegar a tempo, medo de não ter dado tempo, medo de não conseguir dizer o que sinto, medo por não ter tudo coragem de fazer mais e não ter conseguido ser mais.

Sento no banco de trás, minha mãe está ao meu lado, Thaylor e meu pai na frente e eles arrancam sai do do condomínio.

Meu pai conseguiu falar com o médico que ligou e foi passado o estado dele e o hospital para onde o levaram.

Parece que ele capotou e vai para cirurgia. Meu corpo gela ao de imaginar ele caído naquele chão frio e molhado onde ficou esperando o socorro chegar.

Eu sabia. Eu sabia. Na hora que ouvi ele me chamando, um Frio percorreu tudo meu corpo. Era ele. Ele me pediu ajuda. Eu entendi agora. A ligação que temos vai além da nossa explicação. Eu não sei o que é.

Mas peço Deus pra que ele esteja bem. Que tenhamos mais tempo para dizer o quanto amamos um ao outro e poder viver tudo que temos pra viver. Eu não vou mais me conter, me prender por medo ou insegurança. Eu não posso e nem quero viver sem ele. Ajude ele Deus. Faça com que ele esteja bem. Por favor.

A viagem leva horas até a cidade onde ele estava, parecia que nunca chagaríamos. Pela chuva e a estrada molhada tivemos que reduzir a velocidade. Minha mãe a toda hora tentava me manter calma.

Mas nada que ela dissesse me prepararia pro que eu ia ver quando pssamos pelo posto de gasolina e vimos o carro dele capotado no canto da estrada e a polícia tentando organizar o fluxo de carros.

Vi a blusa dele no chão, sangue no asfalto que estava sendo levado pela chuva, o carro amaçado e vídeo por todo lado.

Meu coração se partiu em mil pedaços igual aos cabos de vidros que estavam ali, jogados na estrada. Senti meu peito doer e a grande angústia tomou conta de mim.

Eu chorava e não conseguia me conter, minha mãe me abraçava e eu deitei minha cabeça em seu braço e deixei ali minha dor e angústia.

Adormeci! De tanto chorar, acabei dormindo. Mas acho que algo tem haver com a água que minha mãe me deu. Foi rápido de mais.

Quando acordei já estávamos no hospital. Meu pai já estava falando com o médico e minha mãe ao meu lado.

Ceci - Mãe?

Mel - Calma filha. Seu pai queria saber l estado dele antes de você.

Ceci - Eu vou lá

Saio do carro e vou até onde eles estavam conversando.

Médico - Você deve ser a “Minha amada” certo?

Ele olha no celular com a tela quebrada para confirmar o nome é olha pra mim de volta.

Ceci - Sim sou eu. Cecília.

Médico - Sim! Isso mesmo. Ele disse em um momento. Suponho que seja a noiva dele!

Ceci - É . Eu.

Cris - Sim a noiva. Eles vão casar em 1 mês.

Meu pai fala e eu não entendo nada. Minha mãe ao meu lado aperta minha mão como sinal de positivo.

Ceci - Como ele está doutor?

Médico - Então ele passou por uma cirurgia agora. Ele teve 3 costelas fraturadas é uma delas perfurou o pulmão e também rompeu o baço e com isso teve uma grande hemorragia. Conseguimos controlar e reparar o dano no pulmão. Agroa precisamos ver como ele reage ao pós. Ele está no CTI em observação. O estado dele e crítico para grave. Ele precisa reagir agora. Fizemos tudo que podíamos. Agora é com ele.

Ele fala e eu não me aguento e abraço minha mãe Chorando. Meu pai coloca a mão no meu ombro eu forma de me consolar.

Ceci - Eu posso ver ele?

Médico - No CTI não permitimos visita.

Ceci - Pai? 😭

Cris - Há algo que possa ser feito? Pra que ela veja ele nem que seja por 10 min?

Médico - A política do hospital e muito rígida quanto a isso.

Cris - Sempre há algo que possa ser feito. Me leve até o diretor do hospital por favor.

Ele fala e o médico vai com ele até a sala do diretor do hospital. Depois de um tempo ele volta com uma enfermeira e uma roupa específica pra mim.

Enfermeira - Você vai precisar usar isso aqui.

Ceci - Ok

Mel - Como conseguiu?

Cris - Faremos uma doação pro hospital!

Ceci - Porque disse que somos noivos?

Cris - Eles não dão informações pra quem não é parente. E namorados tecnicamente não é parente.

Meu pai fala e vou me vestir. A enfermeira ajuda me vestir e logo estou pronta pra entrar no CTI. Quando eu entro logo vejo ele numa maca todo cheio de fios. E monitores. Intubado, com uma faixa na cabeça e todo ferido.

Sinto minhas pernas temerem é meu eito doer. Ver ele ali tão impotente me dói até a alma. Chego mais perto e passo as mãos em seu rosto e choro.

— Meu amor. Acorda por favor. Reage. Reage Alessando. Ainda não. Não me deixa aqui. Não tivemos tempo. A gente não teve nenhum tempo. Ainda não dançamos ma chuva, não fizemos amor pela primeira vez. Não brigamos por nada e nem fizemos as pazes com raiva ainda. Você nem me pediu em namoro. Não deu tempo. Por favor amor. Acorda. Reage amor. Eu caso. Eu caso com você e teremos uma família. Seremos o casal de Ceos mais bem sucedidos do país igual ao meus pais. Por favor esse não pode ser o nosso final. Não tivemos o nosso felizes para sempre. Então Porfavor acorda. Eu só te peço acorda. Porque eu te amo. Eu te amo tanto que dói. Não me deixa aqui. Eu te amo. ❤️

Saio sendo amparada pela enfermeira que vendo meu estado me deixa sentada numa cadeira do lado de fora até que eu me recomponha.

Mas não dá. Não dá. As lágrimas não param de rolar. Me dói. Dói tudo dentro de mim. Eu não posso perder ele não posso.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***