Capítulo 8

Deita sem sua cama, pensando em o quanto tudo isso ainda a afetava ela acaba chorando. Sua mãe como de costume vai até seu quarto.

MEL - Filha?

CECI - Pode entrar mãe!

MEL - Como você está?

CECI - Eu não aguento mais mãe! Será que eu nunca vou poder ser normal. Voltar a viver como antes?

Ela falava chorando como se fosse um desabafo. Sua mãe entendeu o que ela precisava e o que estava sentindo.

MEL - Filha. Tudo vai se acertar. Você só precisa se abrir e colocar pra fora o que está sentindo. Não guarde nunca nada pra você.

CECI - Eu empurrei o Alessandro hoje. Ele foi gentil e educado. Me desejou boa noite e me cumprimentou com um beijo no rosto e eu automaticamente o empurrei fazendo ela cair no chão e ainda ralar a mão.

MEL - Filha? Não foi culpa sua.

CECI - Como eu vou me abrir e colocar pra fora o que eu sinto. Se há um simples gente de educação de alguém eu reajo assim? Não tem como.

MEL - Filha. Existe uma coisa que eu nunca te contei. Na verdade apenas. Sua tia Emily e Lorenzo sabem disso, e creio que o Thaylor também. Quando eu tinha um pouco mais que a sua idade eu fui assediada. Foi horrível eu nunca esquecer. Ainda me lembro como se fosse hoje. Estávamos numa balada. É um cara veio tentar dançar comigo e eu não quis. Ele me pegou pelo cabelo e me levou pra fora da boate. Num beco ele bateu e tentou a todo custo me fazer ceder. Mas graça a Deus seu pai apareceu e me salvou. Só Deus sabe o que teria acontecido se ele não tivesse aparecido. Não foi fácil. No início eu reagia assim com seu pai. Mas ele não desistiu de mim e eu também não desisti de mim. Me mantive forte e decidida e enfrentei meus medos. Ele só queria cuidar de mim e me amar. Eu permito e hoje estamos aqui.

CECI - Mossa mãe. Nunca imaginei. Eu sonho em viver uma história de amor como a vocês. Eu não quero ser a grande Cecília empresária e CEO. não. Eu quero ser a Cecília esposa e mãe e quero que minha a minha família. Quero muito que eles tenham orgulho de mim. Eu amo como a senhora cuida da gente do meu pai da família. Como cuida da empresa e sempre da conta de tudo. Eu sonho em viver isso.

MEL - Mas não previsa deixar de ter uma profissão e ser bem sucedida pra isso. Você pode fazer os dois. Vai levar um tempo, vai precisar de muito esforço e trabalho mais você consegue. É isso também diz muito a respeito da pessoa que você escolhe ter ao seu lado.

CECI - Que ele me apoie e me trate com muito carinho e atenção.

MEL - O Alessandro é muito bonito né.

Ela fala desconversando.

CECI - E sim. Mãe? Kkkkkkkk

MEL - O que? Ele é mesmo. Daria um ótimo genro.

CECI - Aí meu Deus. Não faz isso mãe.

MEL - Brincadeiria filha. Vocês se deram bem.

CECI - Sim. Ele é legal e tem um papo bacana. Não é aqueles CEOs chatos que conheço. Acho que por ser novo. Disse que podemos ser amigos.

MEL - Que bom. Ele é um cara de muito caráter. Teve uma vida muito sofrida e dura.

CECI - Ele falou um pouco sobre.

MEL - Que sejam amigos então.

Ela fala e faz cara de tédio perturbando a filha.

CECI - Você não vale nada kkkkkkkk

Elas ficam ali conversando e rindo das coisas que elas falavam. Cecília estava mais calma e agora conseguiria dormir.

Alguns dias depois Cris estava na empresa e Alessandro chegou. Eles tinham marcado e estavam discutindo alguns assuntos de transportação.

ALESSANDRO- Que bom que gostou. Vou mandar meu pessoal pra providenciar tudo.

CRIS - Ótimo! Assim já deixamos tudo resolvido.

ALESSANDRO - Nem acredito que os meus produtos vão pra fora do país.

CRIS - Vão sim. E logo você também vai.

ALESSANDRO - Nem sei como. Eu não falo outro idioma.

CRIS - Isso é do menos. Damos um jeito. E. Eu quero te agradecer pelo outro dia. O lance com o Henrique. Eu não estava ciente que ele estava ali.

ALESSANDRO- Não precisa. Eu teria feito algo de qualquer forma. Não gostei da forma que ele falou com a empregada e olhou pra ela.

CRIS - Como assim?

ALESSANDRO- Parecia que ia comer ela com os olhos. Me desculpa a expressão. Mas na fazendo falamos assim quando um homem deseja a mulher de forma tão grosseira.

CRIS - Eu não acredito. Como eu não vi que ele era tão mal caráter assim!

ALESSANDRO - As veze deixamos algumas coisas passar. E as pessoas são boas em disfarçar quem são.

CRIS - Você tem razão. Obrigado por isso.

ALESSANDRO - Quando eu vi ele pegar no braço dela eu senti meu sangue ferver. E ela com os olhos cheios de medo. Me deixou ainda mais irado. Não pensei no que fiz. Me contive por respeito a sua casa. Fora isso. Ele não sairia de lá com a mão.

CRIS - Eu entendo. Eu já tomei providências quanto a ele. Ele jamais chegará perto dela.

ALESSANDRO- Que bom. Ela previsa de muito cuidado.

CRIS - Ubum eu sei.

Ele fala concordando e olhando pra ele enquanto ele fala e vai andando pra janela.

CRIS - você gostou bastante dela né?

ALESSDANDRO - Ela é muito simpática e divertida. Os amigos dela são legais.

CRIS - Sim. Foram praticamente criados juntos. Tirando as menina. Eles são primos.

ALESSANDRO - Legal.

CRIS - Quer me dizer algo?

ALESSANDRO- Não faço rodeios e nem sou de enrolação. Eu gostei da sua filha e quero a sua permissão pra me aproximar dela. Quero me casar com ela.

CRIS - Direto você. Mas sabe que não é assim que funciona.

ALESSANDRO- Sei que não. Mas saiba que as minhas intenção são as melhores. Quero cuidar dela e fazer ela muito feliz. Quero me aproximar e deixar que ela goste de mim.

CRIS - Tem algo que precisa saber. A Cecília não está numa boa fase. Ela passou por uma situação muito ruim há uns meses. Ainda está se recuperando. Pra ela vai ser difícil se aproximar da um cara agora. Precisa ter calma e paciência. Ah e ela e turrona igual a mãe dela. Se ela decidir que e não. Já era. Não adianta mais tentar. Então faça direito e se por acaso você machucar a minha filha eu acabo com você e com seus negócios.

ALESSANDRO- Direto você.

CRIS - Estamos falando da minha filha. Tenho que ser.

ALESSANDRO- Eu imaginei que algo tivesse acontecido naquela noite. A forma como ela olhou pra ele e a dor que tinha nos olhos era visível de mais. Foi ele?

CRIS - Não sabemos. Ela não se lembra. Estamos investigando.

ALESSANDRO- Espero que peguem ele e que o matem.

CRIS - E a nossa intenção.

ALESSANDRO- Obrigado pela conversa. Estou indo.

Eles se despedem e Alessandro vai embora, mas desatento acaba deixando o celular encima da mesa. Ele sai da sala e entra no elevador, Quando sai do elevador e entra no estacionamento da de cara com Cecília.

Ela estava indo ver o pai na empresa. Eles haviam marcada para almoçar juntos. Ele queria conversar com ela sobre algumas coisas.

ALESSANDRO- Oi?

CECI - Ah, oi? Tudo bem?

Ele a cumprimenta sem se aproximar muito pra que ela não tivesse uma reação. Ela percebeu e tentou se aproximar.

ALESSANDRO- Sim. Veio ver seu pai?

CACI - E vim. Vamos almoçar juntos. Ele quer conversar também. Tenho certeza que sei o assunto.

ALESSANDRO- Deve ser sério né?

CECI - Sim e não. Eu disse que não quero assumir as empresas. Que ia terminar a faculdade mas que não sei se quero.

ALESSANDRO -Ah sim. Falamos sobre isso naquele dia. Olha o único conselho que posso te dar é seja lá o que for fazer, se não for pra fazer bem feito não faça. Coloque seu coração e toda a sua alma naquilo. É isso que vai definir quem você e.

CECI - Bom conselho obrigado.

ALESSANDRO- Por nada. Até mais.

CECI - Até.

Ela fala e vai até ele e coloca a mão no braço dele e beija bochecha dele. Ela não sente medo e nem se sente mal com isso. Ele sorri ao ver que ela tomou a iniciativa e devolve o beijo nela. Ela sorri e vai para o elevador.

ALESSANDRO - Será que podemos tomar um suco qualquer hora dessas?

CECI - É! Eu… acho que sim. E pode ser.

ALESSANDRO- Pose ser amanhã de manhã?

CECI - Eu tenho aula pela manhã.

ALESSANDRO - Eu te busco.

CECI - Ok. Te vejo amanhã.

Ela entra no elevador e ele vai embora. Ela sorri e fica pensando no porque dele ter chamado ela pra um suco de manhã.

Ela não sabia que ele estava querendo deixar ela confortável e mostrar que não queria ofender e nem machucar ela.

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