Capítulo 4

No hospital Cecília acordou várias vezes tendo pesadelo flashes da noite anterior voltavam em sua mente e a perturbaram durante toda madrugada Melinda fazia de tudo pra acalmar a filha, para que ela conseguisse descansar e pra que esses pesadelos não atormentassem mais, mas ela sabia que era insuficiente e que nada poderia apagar da mente da sua filha tudo que ela viveu.

Pela manhã Ela recebeu a visita da ginecologista que estava pronta para lidar alta, e dizer que havia sido encontrado vestígios de uma substância alucinógena em seu sangue, mas que era pouco.

DRA - Então Cecília. A substância era bem pouca. Deve ter sido por isso que apagou rápido. Lhe demos soro, antibióticos, cuidamos dos machucados e também lhe demos um coquetel de antivirais.

CECI - Encontraram alguma coisa?

DRA - Pode ser que havia saliva e DNA. Mas isso agora e com a polícia. Nós cuidamos da sua saúde.

Melinda eu estou encaminhando ela para uma consulta com psicólogo e acompanhamento.

MEL - Sim. Estendi.

DRA - Está liberada. Mas te vejo daqui há 15 dias.

CECI - Obrigada por tudo.

DRA - Nada. E lembre-se. Você não tem culpa de nada. Quem tem que sentir vergonha e nojo e ele. E não você. Se cuida.

Ela fala e Ceci sorri de lado e Mel também agradece. Ela explica que em casos como esse o procedimento padrão é que a polícia seja avisada então lá fora haviam dois policiais para tomar o depoimento de Cecília e prestar queixa contra agressão que ela havia sofrido.

Mas algo que chamou muita atenção de Melinda e a fez ficar totalmente fora do sério foi que entre os policiais havia uma policial mulher, e por esse motivo ela achou que seria mais fácil fazer a denúncia.

Acontece que não. Nem sempre quem faz a denúncia tem sua voz ouvida e e recebe o apoio ou o mínimo de cuidado que deveria recebe em casos como esse.

Os policiais entram e a policial mulher também. Sua cara lhe entregava, ela não estava ali porque queria. É sim porque foi designada por ser a única mulher disponível na delegacia. E o padrão era que em casos de agressão sexual uma policial mulher deveria fazer a ocorrência.

Quando ela começa a falar Mel percebeu que ela não estava prestando atenção no caso de verdade e sim em Cecília pra ver se ela estava mentindo.

POLÍCIA - Você bebeu? Se lembra o que aconteceu?

CECI - Eu não bebi álcool! Disso eu sei. Eu não me lembro bem, eu estava dançando e tomando um drink sem álcool, mas aí me deu vontade de sentar e depois de ir ao banheiro. Eu fui e quando cheguei lá, senti alguém me agarrando por trás.

POLICIAL- Quais eram a suas roupas?

CECI - Eu estava de saia e blusa, tênis e uma bolsa

POLICIAL- Qual tamanho da saia?.

MEL - E isso importa?

CECI - Por acaso a minha roupa ou tamanho dela e um convite pra um homem me tocar sem consentimento ou autorização?

POLÍCIA - Só precisamos saber.

MEL - Não! Não precisam porque ela já estão com vocês. Eu estou bem entendendo o que está acontecendo aqui. Você quer insinuar que a agressão sofrida pode ter relação com a roupa dela? Que a culpa é dela?

POLICIAL -Eu nunca disse isso. Só estamos fazendo nosso trabalho. Se acalme

MEL - Me acalmar? Minha filha foi violentada. Você como mulher deveria ter o mínimo de empatia.

POLICIAL- Eu? Senhora na idade da sua filha eu estava em casa estudando numa terça a noite e não em festa de calouros e veteranos com saias minúsculas não.

EMILY - Como é?

Emily e Christian estavam chegando na hora par buscar elas quando Emy ouviu o que a Policial falou. Indignada ela aguentou e começou a discutir com a polícia.

CHRIS - Isso não vai ficar assim.

Ele pegou o celular e fez uma ligação para o chefe da corregedoria da Polícia Militar e outra para o delegado.

Em menos de 10 minutos estavam todos ali. A Policial não sabia o que fazer e nem aonde enfiar sua cara vendo que havia se metido com uma família muito importante e que tinha criado para ser um grande problema tentava de qualquer forma se livrar daquelas acusações dizendo que foi mal interpretado e que não havia sido de forma alguma anti profissional.

MEL - Minha filha passou por um grande trauma e é assim que ela é ouvida? Por isso que muitas mulheres não denunciam casos como esses porque sabem que a própria polícia, que é quem deveria lhe socorrer, e a primeira a lhe acusar.

CHEFE - Eu peço desculpas. Senhor e senhora, isso jamais se repetirá. Irei designar outros policiais para acompanhar o caso e tratar dele.

DELEGADO- Ressalto que essa não é a conduta que usada em nossa delegacia e por nossos profissionais. Pedimos desculpas e a agente em questão será disciplinada.

CHRIS - Acho melhor que sim. Ou eu tomarei minhas próprias providências.

De volta em casa, Cecília passou todo o caminho em silencia. Sua mente estava uma bagunça e ela não sabia o que fazer.

CECI - E as meninas?

MEL - Não contamos nada. Apenas que passou mal.

CHRIS - Acho que não é bom falar pra elas.

MEL - Filha….

CECI - Tudo bem mãe.

Ela saiu do carro e com a ajuda de sua mãe e entrou em casa, suas irmãs correram e foram ao seu encontro e a abraçaram cheias de saudades.

CATERINE - O que houve Ceci?

CLARA - Irmã ficamos preocupadas. O papai e a tia Emily disse que havia passado mal.

CECI - Eu estou bem agora.

MEL - Meus amores, vamos deixar sua irmã sentar. Ela está cansada.

LORENZO - Eu não ganho um abraço não?

Ele fala da porta e as duas corren e abraçam ele.

CLARA - Tio Lorenzo. Que saudade.

CATERINE- Sai Clara. você já abraçou.

Elas brigam e Lorenzo rir delas.

LORENZO - Calma. Tem tio pra todo mundo.

Ele fala e olha pra Ceci que estava assentava com um sorriso de lado olhando pra ele entendendo que ele estava ali por ela.

CHRIS - Agora está bem. Vamos lá. Tomando café da manhã e indo pra escola.

Ele fala e as meninas voltam a tomar o café da manhã fazendo a irmã prometer que mais tarde ia contar tudo.

Lorenzo vai até a ela e senta ao seu lado e beija a sua testa e aperta sua mão. Mel vai até o quarto enquanto ela comia com as irmãs. Chris sobe e fica com ela enquanto ela toma banho.

Enquanto isso as meninas vão pra escola com Thaylor e Aurora chama Chris e Mel para tomar o café.

LORENZO - Me fala como você está?

CECI - Na medida do possível estou bem.

LORENZO - Sabe que vou pegar quem fez isso com a minha princesa ne?

CECI - Por isso voltou ne ? Vovô disse que você ia ficar por lá por mais 1 mês! Onde está a tia Mariana?

LORENZO - Ia mesmo. Mas as minhas princesas sempre virão antes.

Eles estavam conversando, e a campainha toca. Eram as amiga dela. Elas vão até ela.

ANNA - Amiga. Que bom te ver.

MAÍSA - Eu fiquei com tanto medo!

CECI - Eu procurei vocês e não achei! Onde estavam?

Ela fala com voz de choro e as meninas percebem que ela estava triste por elas não terem estado com ela. Elas se abraçam e choraram.

LORENZO - Previso saber tudo o que aconteceu ‘

ANNA - Tio. Eu não vi nada. Só que quando eu notei a falta dela perguntei ao Henrique e ele disse que ela tinha ido ao banheiro e que não ficava controlando ela.

MAÍSA - Ele estava com aquela sebosa da Marina he com um cara que as vezes vai buscar ela.

CECI - Eu nunca tinha notado ele. Na verdade só o vi la conversando com ele quando chegamos.

ANNA - Ele já foi em uma festa uma vez. Mas nada que chamasse atenção.

LORENZO - Sabem o nome dele?

MAÍSA - Acho que é Gustavo.

CECI - Tio?

LORENZO - Pode deixar princesa. Vamos cuidar disso.

MEL - Olá meninas.

ANNA - Oi tia. Me desculpa por ontem.

MAÍSA - Sentimoa muito, não devíamos ter deixado ela sozinha.

MEL - Olha. Eu já disse isso a ela e vou dizer a vocês. Vocês não tem culpa de nada. Está tudo bem. Vamos tomar o café da manhã?

LORENZO - Chris?

CHRIS - Vamos até o escritório.

Eles saem e elas ficam conversando na sala. Mel e elas ficam falando sobre voltar as aulas. Contam que todos já sabiam que ela havia sido abusada porque quando ela saiu nos braços e suja de sangue desmaiada.

Elas combinam que iam agir como se nada tivesse acontecido. Chris e Lorenzo estavam conversando sobre como iam achar esse cara.

Logo Mariana e Emily chegam, junto de Bia e todas ficam conversando com as meninas. As gêmeas chegam e fazem a bagunça das meninas na sala.

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