A convivência com Caesar era boa, contrariando a história, ele tem sido amável nas vezes em que costuma ficar na mansão, já que costuma ir muito ao palácio, segundo ele contou, o príncipe o colocou a cargo das tropas do palácio, então ele se encarrega de dar o treinamento adequado aos novos aspirantes.
Evelyn estava treinando naquele dia, Caesar estava em casa e ficou observando o treinamento, até que depois de um descanso, Evelyn se aproxima entregando uma espada a Caesar.
- Ouvi dizer que você é bom em combate. Gostaria de um duelo amistoso? -
- Gostaria\, mas o que eu ganho se vencer o duelo? - pega a espada e se levanta.
- Você pode pedir qualquer coisa\, contanto que esteja em minhas mãos poder dar. -
- Gosto da ideia\, se você vencer\, também pode pedir o que quiser. -
Gill, que estava presente, disse que atuaria como juiz do duelo e assim deu início ao combate. Evelyn sabe que Caesar é um bom lutador, afinal, dentro de alguns meses ele irá para a guerra e em dois anos retornará vitorioso, ele será o herói do reino junto com o príncipe Ethan; Gill observa o combate, Evelyn faz Caesar recuar, mas depois, o rapaz se adapta aos ataques de Evelyn e consegue retomar o controle, até finalmente desarmar Evelyn apontando a espada para o seu peito, enquanto a garota levanta as mãos em sinal de rendição, ela já sabia que não iria vencê-lo, ainda não está no nível dele.
- Bem\, você venceu\, pode reivindicar seu prêmio. -
Caesar dá alguns passos em direção a Evelyn, enquanto faz um sinal para Gill ir embora, e assim ele faz.
- Se minha esposa não se importar\, pedirei um beijo. - sorri de forma sedutora.
Isso pegou Evelyn de surpresa.
- Se é isso que você quer\, não tenho problema... -
Evelyn se aproxima o suficiente e segura o braço de Caesar enquanto se levanta nas pontas dos pés, assim eles conseguem unir seus lábios em um beijo profundo, um pouco desajeitado por parte de Caesar.
Rapidamente, ele assume o controle, segura sua cintura e aprofunda o beijo. Evelyn pode sentir a língua dele pressionando a dela, mas continua se deixando levar, embora esse tenha sido seu primeiro beijo apaixonado nesta vida, já que o beijo do casamento foi apenas um roçar de lábios, e em sua vida anterior ela não se lembra quantas vezes beijou alguém. A duquesa, que passava por ali, imediatamente se esconde, mas mostra-se emocionada.
- Esse meu filho\, que não queria casar... engoliu suas palavras\, rapazinho - ela expressa.
Rapidamente, ele sai dali, precisa contar isso ao seu esposo. É bom saber que seu filho e Evelyn estão se dando bem, significa que será um bom casamento e ela sabe que seu filho cuidará bem de Evelyn. "Sua filha estará bem, Ophelia, descanse em paz", ela pensa enquanto observa o céu.
Depois daquele beijo, Caesar foi embora e Evelyn percebeu que ele estava um pouco constrangido por isso. Ela não se lembrava dele ser descrito como tímido, pelo contrário, quando ele se apaixonou pela princesa, apesar de sua seriedade, ele foi gentil com ela e, agora que estão juntos, age como um protetor e não tem vergonha de mostrar seu afeto à princesa.
Depois de algum tempo, finalmente eles se mudaram para a mansão no norte. A duquesa não queria deixá-los ir, propôs que ficassem lá, afinal, a mansão tinha espaço suficiente. No entanto, o Duque insistiu que eles devem aprender a viver como um casal casado e se tornarem independentes. Ao chegar à mansão, ambos entrevistaram os servos recomendados pelo Duque e os contrataram. Evelyn nomeou Lily como chefe das criadas, pois ela já conhecia bem os gostos dela e ensinaria as outras criadas.
Gill, que também havia ido com eles, continuaria treinando Evelyn, enquanto Caesar teria que ir para um campo de treinamento próximo, onde, juntamente com o príncipe, estariam treinando novas tropas de cavaleiros. Sua chegada à mansão foi cansativa, então Evelyn sobe para escolher um dos quartos principais. Disseram a ela que havia um com vista para a floresta, então ela subiu para vê-lo. Era um quarto amplo, com uma cama com cortinas brancas que combinavam perfeitamente com as paredes em tons de branco e vermelho. Tinha uma sala e grandes janelas, uma delas dava para uma varanda com vista para a floresta e o rio.
— Vejo que você escolheu o seu quarto, é o melhor da mansão, você o mereceu — menciona Caesar.
— Você vai dormir em outro quarto? Eu pensei que íamos compartilhar um quarto — diz Evelyn.
— O quê? N-não, bem, nem todos os casais fazem isso.
— Certo, na verdade não me importo de compartilhar a cama, ela é espaçosa, assim como o quarto, mas se você não quiser, não vou te obrigar.
Às vezes ela esquece que, nesse mundo, casais casados costumam dormir em quartos separados e só compartilham um quarto quando precisam cumprir seus deveres matrimoniais.
— Se você não se importa, vou aceitar a oferta, prometo não fazer nada...
— Está bem. Lily, pode pedir aos criados que tragam algumas coisas para esse quarto amanhã.
Lily, que estava por perto, assente e desce imediatamente para dar a ordem, enquanto Caesar vai para o quarto com Evelyn, ambos cansados da longa viagem. Evelyn entra no banheiro com uma pequena mala para trocar de roupa, colocando um longo camisão de algodão como pijama. Ao sair, Caesar evita olhá-la tanto e vai ao banheiro também para trocar de roupa. Para Evelyn, é engraçado vê-lo agir assim, pois para ela, aquele camisão não é nada sexy para deixar o rapaz daquele jeito. No dia seguinte, Evelyn e Lily se preparam para iniciar suas atividades. Ela precisa cuidar de tudo relacionado à casa, então ocupa uma sala no térreo como seu escritório, fez com que colocassem uma mesa perto da janela e trouxe vários livros de finanças. Embora a duquesa a tenha instruído bem, ainda há muito o que aprender, e ela vem ensinando Lily para que ela também saiba, caso ela precise se ausentar. Caesar, que passava por ali, para e sorri ao ver Evelyn tão concentrada em seu trabalho.
— Vejo que minha esposa está muito ocupada, pensava em convidá-la para o lago — ele diz, ficando na moldura da porta.
Lily faz uma reverência ao vê-lo e até se retira para deixá-los conversar sozinhos.
— Gostaria de ir, mas quero fazer as contas de tudo primeiro, especialmente os salários dos criados e também algumas reformas.
— Entendo. Quanto às reformas, aqui está, não é necessário incluí-las em nosso orçamento, meu pai me deu isso como presente.
Caesar entrega um cheque com uma quantia considerável, suficiente para remodelar e reparar a mansão.
— Meu pai é um homem generoso, vou enviar uma carta de agradecimento.
— Ele ficará feliz em receber. Vou deixá-la trabalhando, já que não podemos dar um passeio, irei ao povoado com alguns criados, há suprimentos em falta.
Evelyn se despede do rapaz e continua com suas tarefas, inclusive Lily volta para ajudar. Caesar, por sua vez, monta em seu cavalo e leva uma carruagem com criados para fazer as compras necessárias. O povoado mais próximo fica a algumas horas de distância, então levará algum tempo na viagem, mas servirá para verificar como está tudo naquela região.
— Sabe, lady, ouvi algumas coisas desde que chegamos ontem à noite. Dizem que Ceoli tem marchado pelos reinos em busca de unificação e para se tornar um império.
— Uma ameaça de guerra... isso será um problema... Sim, ela sabe que isso é inevitável.
— Que medo... se isso acontecer, o jovem duque terá que ir para a guerra, e você ficará sozinha aqui. — Lily parecia muito preocupada.
— O lorde voltará em segurança, ele é forte, além disso, não sou tão fraca, poderei defender o território.
— Não diga isso, não é tão fácil como você imagina — repreende Evelyn.
Evelyn não está preocupada, ela sabe que vencerão essa guerra graças a Caesar e ao príncipe, embora levará dois anos para erradicá-la por completo. Evelyn fica pensando, talvez haja uma forma de acabar com essa guerra mais rapidamente, mas a questão é convencer o rei a mover suas tropas primeiro...
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Atualizado até capítulo 47
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