Capítulo 11

A Duquesa conversou com seu marido sobre o que estava acontecendo com Evelyn e que eles não podem mais permitir que essa garota sofra, viva injustiças, com um pai que castiga a filha errada e, sem dúvida, ao ter aceitado o casamento, é pelos benefícios que receberá.

- Vou pedir para Caesar casar quando ele chegar e quando ela estiver na mansão\, Caesar pode voltar para a academia - comenta a duquesa.

- Mas que ideias mais loucas você tem\, amor\, não acredito que Caesar queira se casar agora\, ele mal aceitou o compromisso.

- Não se preocupe\, quando ele ver sua prometida novamente\, ele ficará rendido a ela\, ela é uma beleza como sua mãe.

O Duque apenas sorri com as palavras de sua esposa, sem dúvida, ela e Ophelia foram grandes amigas, ele também apreciava Ophelia, era uma mulher audaciosa, corajosa, que não hesitou em se arriscar para salvar suas vidas anos atrás, desde então eles foram tão unidos, até que a família de Ophelia a obrigou a se casar, perdendo assim tudo o que Ophelia realmente desejava e apesar de terem tentado ajudar, não conseguiram fazer com que um divórcio fosse concretizado para tirá-la daquela mansão. A Duquesa se propõe a enviar uma carta para seu filho para saber o que ele acha de seus planos, pois realmente precisa tirar Evelyn daquele lugar, à tarde, depois de escrever a carta, ela se prepara para enviar o mensageiro, mas logo vê um grupo de guardas acompanhando alguém coberto com um capuz, quando ele abaixa e se revela, a Duquesa se surpreende ao ver um jovem de expressão séria, cabelos negros e olhos azuis, a mulher corre para ele e o abraça.

- Caesar\, meu filho... bem-vindo - ela se afasta admirando seu filho\, faz meses que não o vê.

- Obrigado mãe\, estarei aqui até o príncipe retornar.

- Ah! Querido\, que bom que você veio\, há algo que eu quero falar com você. - A duquesa se mostra séria.

- Aconteceu algo ruim? Meu pai está bem? - pergunta preocupado.

- Não querido\, entre e cumprimente seu pai\, depois falamos.

A mulher estava contente e enquanto caminham em direção ao estúdio de seu marido, ela conta ao filho sobre a vida que Evelyn leva na casa do conde Caruso, com isso Caesar começa a ter uma ideia do que sua mãe quer; após cumprimentar seu pai e jantar juntos, eles ficaram sozinhos na sala para conversar, ela fala sobre o plano, ou seja, se casar o mais rápido possível com Evelyn para que ela possa sair da mansão dos Caruso, onde é mal tratada pela atual condessa, Caesar só disse que pensaria sobre isso, é cedo demais para ele se casar, ele mal a viu uma vez e no mercado só falou brevemente com ela, eles não sabem de nada, não se conhecem bem, se casar e depois deixá-la por dois anos, não é uma opção muito boa.

Ele sobe para o seu quarto para descansar, mas fica pensando no que sua mãe propôs e é que ele acabou de aceitar o compromisso, ele não imagina se tornando um homem casado tão cedo, ele solta um suspiro e se lembra de Evelyn quando a viu na feira, ela estava com uma espada, o que significa que ela treina com ela, talvez apenas para aparentar.

Enquanto isso, Evelyn salta a cerca de sua residência para sair para a floresta, caminha devagar, se certificando de não encontrar nenhum guarda e se adentra na floresta, é fácil para ela ver seu caminho porque algumas pequenas luzes a seguem de perto, iluminando seu caminho, essas são as sombras que sempre estão com ela. Evelyn caminha até chegar a um local desobstruído de árvores, onde a luz da lua ilumina o lugar, ali ela se senta e deixa sua espada ao seu lado, as pequenas fadas se afastam, Evelyn só quer ficar tranquila, ao fechar os olhos, ela pode ouvir atentamente os sons da floresta, como o vento movendo as folhas das árvores, pequenos insetos cantando, assim como o bater das asas de alguns animais noturnos, mas rapidamente ela agarra sua espada e para o golpe de outra, era a de alguém coberto com um capuz, que pressiona sua espada, até que a luz permita que ela veja o rosto da albina e ela se afasta guardando sua espada.

- Lady Evelyn Caruso... o que faz a distinta filha dos Caruso no meio da floresta?

Evelyn mantém sua guarda apesar de aquele misterioso homem ter guardado sua espada.

- Este ainda é território do condado\, posso estar onde quiser\, na verdade\, o que faz um estranho em terras da minha família?

- Apenas investigando coisas em que o conde Caruso poderia estar envolvido...

- Do meu pai não ficaria surpresa\, ele faria qualquer coisa para não ficar arruinado.

- Como vendê-la para os Smirnov\, certo? Ou é que você está buscando entrar nessa família?

- Vejo que está informado e sim\, fui vendida\, mas não acho que seja necessário falar sobre isso\, não me importo com os assuntos que meu pai tem\, então vá embora ou me verei obrigada a acabar com você.

Aquele homem ri das palavras de Evelyn, mas pode ver que ela não baixa a guarda, sem dúvida aquela espada não é apenas para aparentar, ela realmente sabe usar, já que reagiu rapidamente ao seu ataque.

- Com sua permissão\, minha lady... nos veremos em breve.

Aquele rapaz se adentra entre as árvores e se perde na escuridão, Evelyn rapidamente retoma seu caminho de volta à sua residência, ela não sabe quem era aquela pessoa, mas se for alguém que tem negócios com seu pai, poderia revelar seu paradeiro e ela prefere evitar problemas por enquanto. No dia seguinte, Martha e Alondra estavam se preparando para sair, suas damas de companhia estavam de um lado para o outro, ajudando-as com os vestidos e a maquiagem, Lily, que passava por ali, foi à cozinha principal e perguntou por que todas as damas de companhia estavam tão apressadas, a cozinheira disse que era porque elas tinham ouvido dizer que o filho do Duque Smirnov tinha voltado e compareceria a um chá organizado pela baronesa Bell, uma das boas amigas da Duquesa Smirnova.

— Certamente a condessa quer que sua filhinha chame a atenção do jovem Duque — menciona Lily.

— Lady Evelyn não vai comparecer? Embora eu ache que minha pergunta é idiota — pergunta a cozinheira.

— É sim, ninguém lhe disse e eu não acredito que ela se importe.

Lily leva o café da manhã de Evelyn e ao chegar conta a ela o que estava acontecendo, algo que não surpreende Evelyn, pois Caesar está no ducado porque está acompanhando o príncipe, já que a rainha estava doente, mas ela e Caesar ainda não se verão, pois Evelyn não vai a essa festa de chá e pensa em deixar que tudo siga seu curso normal. Lily serve o café da manhã, deixando um copo de suco, então Evelyn tira um pequeno frasco de seu bolso, que contém um líquido roxo estranho, e despeja no suco, bebendo rapidamente e fazendo uma careta de desagrado, então prova a comida para tirar aquele gosto desagradável.

— Ainda acho que é uma má ideia beber isso, é muito perigoso, não é apenas um veneno, também poderia ter consequências das quais você pode se arrepender.

— Nunca me arrependi de meus atos, Lily, e é necessário, não se preocupe, ficarei bem.

Evelyn continua comendo e Lily apenas solta um suspiro e sai do quarto, embora ainda esteja preocupada. Por outro lado, Martha e Alondra chegaram à festa de chá, o café da manhã estava sendo servido e as mulheres mais influentes da sociedade estavam presentes, Alondra consegue ver a duquesa e diz a sua mãe, então Martha vai rapidamente com sua filha para cumprimentá-la, fazendo uma reverência.

— Saudações, Duquesa Smirnova, espero que esteja bem, espero que se lembre da minha filha Alondra.

— É um prazer cumprimentá-la novamente, Duquesa — Alondra faz uma reverência, mas imediatamente sorri para Caesar.

Embora o rapaz apenas desvie o olhar e se vire para cumprimentar outro rapaz presente, fazendo Alondra se sentir envergonhada.

— Onde está lady Evelyn? Quero que veja seu noivo.

— Desculpe, Duquesa, Evelyn não quis vir, ela prefere ficar em casa, mas eu gostaria de apresentar o jovem duque à minha filha Alondra — responde fingindo um sorriso.

— Me interessa que veja lady Evelyn, não a filha ilegítima — faz uma careta de desagrado.

Diante desse comentário, imediatamente se ouvem murmúrios e algumas risadas, Martha tenta manter a cabeça erguida, enquanto Alondra abaixa os olhos envergonhada por tudo.

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