Capítulo 3

Evelyn se apresentou ao conde com o melhor vestido, embora não se compare aos que Alondra e a condessa estão usando, já que estes são novos. Ainda assim, o conde acha que ela está bem e não precisa de mais nada. Se perguntarem, ele dirá que Evelyn costuma ser simples e não compra vestidos a cada temporada. O conde ordenou que todos esperassem na sala enquanto aguardavam a chegada do duque.

—  Até o pai acredita que você não é digna de um vestido novo. —  zombou Alondra.

Essa menina é dois anos mais nova do que ela, mas cresceu e aprendeu muito bem com Martha.

—  Não preciso de nada novo para realçar minha beleza. Quem precisa, é porque não tem mais nada a oferecer. —

sorri zombeteira.

—  O que você disse? Minha filha é linda, ao contrário de você, bastarda. —  Martha ia bater nela, mas parou, lembrando dos convidados.

—  Bata nela, mãe, ela está nos desrespeitando.

—  Por enquanto não, não podemos irritar seu pai.

—  Mas mãe...

—  Ela será punida amanhã. Agora, comporte-se, precisamos impressionar os duques. —  Martha sabe que eles têm um filho de uns 14 anos e devem estar procurando uma jovem para um compromisso, então Martha espera que a duquesa fique impressionada com Alondra.

—  Se a duquesa ficar impressionada, você tem o futuro assegurado. Sem dúvida, casará com o filho dela.

Evelyn apenas revira os olhos, pois ela sabe perfeitamente que Alondra sequer chamará a atenção da duquesa e sabe o que acontecerá. Uma criada lhes avisa que devem sair e assim o fazem. Na entrada, a carruagem chegou e os duques desceram, embora a condessa consiga ver que o filho não estava com eles.

—  Saudações, duque Smirnov, duquesa, sejam bem-vindos à minha humilde casa. Essa é minha esposa, Martha, e minha filha, Alondra.

A duquesa observa a mulher e Alondra, fazendo um gesto de desagrado disfarçado atrás de seu leque.

—  Um prazer, duquesa Smirnova, eu... —  Martha e Alondra fazem uma reverência, mas são ignoradas quando a duquesa se aproxima de Evelyn, mostrando um sorriso amável. Evelyn faz uma reverência.

—  Saudações, duquesa. —  Evelyn tenta fazer uma reverência adequada.

—  Que elegância, sem dúvida, digna filha da condessa Ophelia.

—  É uma honra receber o elogio de uma dama tão distinta.

Martha franze os lábios ligeiramente diante do elogio a Evelyn e a menção a Ophelia. Alondra também, era uma menina mimada e detesta que alguém mais seja elogiado na sua presença.

—  É porque ela tem os melhores professores de educação, minha Alondra também possui uma elegância única. —

fala Martha.

—  Ela precisa fazer aulas também. —  observa a duquesa.

A vestimenta da mulher era chamativa demais, com excesso de joias e adornos.

—  Sigamos para a sala de jantar, por aqui. —  acrescenta o conde.

Quem os guia até a grande sala de jantar da casa, onde procuraram estar bem decorado e parecer o mais elegante possível. Cada um toma seu assento, o duque ao lado direito do conde e do lado esquerdo estavam Martha, Alondra e Evelyn, em frente a elas a duquesa.

—  Ouvi dizer que a duquesa é uma boa amiga da rainha, deve ser uma grande honra ter a amizade da mulher mais importante do reino.

—  Sim, nos conhecemos muito antes de nos casarmos. Lady Evelyn, espero que um dia você me acompanhe para vê-la. Ela também foi grande amiga de sua mãe.

—  Seria uma honra, gostaria de saber mais sobre minha mãe e sua juventude.

Martha e Alondra estão irritadas por serem ignoradas pela duquesa.

—  Que bom, Evelyn querida, Alondra também ficará encantada em ir e conhecer a rainha.

—  O convite é para a lady Evelyn, conde Caruso. Sua esposa não foi educada? Continua se intrometendo em uma conversa alheia.

—  O quê? Eu sou a con...

—  Desculpo-me, Duquesa, prometo que cuidarei para que ela seja educada como deve ser.

Martha queria reclamar, mas não pôde, pois viu o rosto de raiva do conde.

—  Esse é o problema quando se casa com uma plebeia. Você não pensou em se casar com uma verdadeira nobre como esposa?

—  N-não se preocupe, ela sabe se comportar, não é?

—  Claro, desculpe se a desrespeitei.  —  Martha abaixa o olhar, mas aperta as mãos com raiva diante da vergonha que acabou de passar e, é claro, para ela, tudo é culpa de Evelyn, se apenas ela não existisse, a duquesa prestaria atenção em Alondra.

O jantar continua e enquanto o duque conversa com o conde, a duquesa só presta atenção em Evelyn. Alondra tentou falar, mas Martha não permitiu, ou seria repreendida novamente. No final do jantar, os duques se despedem de Martha apenas por cortesia, mas com Evelyn, a duquesa foi muito gentil e até lembrou seu convite para ver a rainha.

Agora que eles se foram, quando Evelyn estava prestes a sair, a condessa a segura pelo braço com força.

—  Maldita garota, não sei o que você fez para que a duquesa me ignorasse, a senhora desta casa.

—  Mas eu não fiz nada, se não respondesse, seria uma falta de educação e meu pai me castigaria.

Alondra se aproxima e a empurra, fazendo-a cair. Lá fora, suas roupas ficaram sujas de terra.

—  Sou eu quem merece ver a rainha, eu irei quando o convite chegar. Mãe, não é verdade que sou eu quem merece conhecer a rainha?

—  Claro que sim, e quando esse convite chegar, será Alondra quem irá.

—  Como ordenar, madame.

Evelyn abaixa a cabeça e se levanta para sair, mas está furiosa. Se dependesse dela, mataria todos eles agora mesmo, mas precisa esperar um pouco mais. Além disso, já sabe o que espera a condessa, um grande castigo do conde por envergonhá-lo. Ele enviará Alondra quando a duquesa convidar Evelyn e isso deixará a duquesa muito irritada. Ao chegar em sua residência, Lily se assusta ao vê-la tão suja e corre imediatamente para preparar um banho.

—  Não consigo acreditar que essa mulher continue com seu assédio e que o conde permita isso.

—  Não se preocupe, Lily, o preço a pagar será mais alto para eles. E quando tiver minha vingança, vou desfrutar como nunca.

Evelyn entra no banho e depois Lily cuida com cuidado de secar as feridas em suas costas e colocar as bandagens novamente. Ao terminar, ela a deixa descansar em seu quarto. Ainda é dia, mas Lily é a única criada que a serve e cuida de tudo. Aquela pequena residência não é atendida por mais ninguém, e Evelyn não recebe educação de forma alguma, pois o conde deixou claro que só educaria as filhas que lhe fossem úteis.

Evelyn aproveita sua solidão para continuar lendo o testamento da bruxa. Há uma infinidade de feitiços, que nenhum mago consegue realizar. Evelyn levanta a mão e cria uma luz púrpura, que logo desaparece, pelo menos agora ela sabe que pode usar magia. E se for como as sombras disseram, ela poderá controlar todos esses feitiços do livro.

Uma semana depois, um mensageiro chegou com o convite da duquesa para tomar chá com a rainha. Obviamente, o convite era para Evelyn, mas como o duque não estava em casa, Martha prepara Alondra e a instrui a dizer que ela estava lá em nome de sua irmã, que estava doente. Com esse plano, Alondra subiu na carruagem que a levaria até o palácio.

Evelyn vê a carruagem partir e Martha, que a viu observando, sorri debochadamente, mas Martha pode ver que Evelyn apenas a ignora.

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Comments

♌Lívia Maria♌

♌Lívia Maria♌

boy q ódio q eu tenho dessa Martha e a filha dela alontra sla nome fei /Puke//Speechless//Smug//Scream/

2024-05-31

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Souza França

Souza França

à batata delas tá assando!!!!🤣🤣🤣🤣🤣

2024-03-02

1

Souza França

Souza França

chupa que é uva!!!😁

2024-03-02

0

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