Capítulo 15

Era uma noite sem lua, a escuridão ocultava qualquer ser que caminhasse pela floresta, a única luz proveniente das casas onde seus habitantes ainda não haviam adormecido, enquanto em outras o escuro reinava. Os passos rápidos ecoavam pela floresta até pararem diante de uma cerca, revelando uma pessoa coberta por um manto. Em um salto, ela ultrapassa a cerca e se depara com dois guardas, sacando uma espada que com um único golpe acaba com eles. Logo, várias sombras humanoides, de olhos vermelhos e garras, emergem da escuridão, desaparecendo instantaneamente enquanto os gritos irrompem na mansão Caruso. Os servos correm aterrorizados e os guardas tentam lutar contra as sombras.

Em breve, seis pessoas são arrastadas pelas sombras e lançadas aos pés da pessoa coberta pelo manto, que ao retirá-lo revela uma bela mulher albina, que demonstra calma.

— t-tú...— menciona o homem.

Esse é o conde Caruso e as outras pessoas são sua esposa, a condessa Martha Caruso, sua filha Alondra, a outra mulher era Hilda, a concubina, e suas duas filhas.

— como você ousa? Mal-agradecida...— reclama Martha.

— vou te matar, maldita cadela.— reclama o conde.

O conde se levanta e se aproxima da albina tentando acertá-la, mas não consegue atingi-la, seu braço se separa dele, o sangue jorra e o conde cai gritando de dor, as mulheres se olham assustadas. A espada estava coberta de sangue, era a responsável por ter cortado aquele braço.

— maldita, é assim que você agradece o que fizemos por você? Traiçoeira.—

— eu só retribuo o que me fizeram em dobro.—

As mulheres gritam ao verem a cabeça do conde rolar, em seguida tentam fugir, mas as sombras as cercam.

— maldita, isso não vai ficar assim...todos irão saber que você é uma assassina.— grita Hilda.

— ninguém vai se importar...

A albina, em um movimento ágil, perfura o pescoço de Hilda com sua espada. Ao afastar a espada, leva as mãos ao próprio pescoço, mas pouco pode fazer, suas filhas choram ao ver o que aconteceu, mas antes de poderem protestar, elas também são perfuradas pela espada. Alondra e Martha observam tudo. Martha cai de joelhos suplicando por sua vida, mas isso não funciona, a albina faz sua cabeça rolar, fazendo Alondra gritar, mas a albina se aproxima acariciando seu rosto, manchando sua bochecha com sangue.

— é uma pena que, sendo tão jovem, você tenha que passar por isso.—

— p-por favor...somos irmãs...perdoe minha vida.— as lágrimas escorrem por suas bochechas.

— exatamente, somos irmãs, mas você alguma vez teve compaixão por mim?—

— p-por favor...você é uma pessoa melhor, não é?—

A albina sorri e a abraça, enquanto Alondra sorri maliciosamente, procurando uma pequena adaga em seu vestido, mas logo sente uma dor penetrante em seu ventre.

— eu sou pior do que você pode imaginar...—

A albina se afasta, deixando Alondra cair, e esta leva as mãos até o local da ferida, mas, mesmo tentando se afastar, sua cabeça rola como a de sua mãe. As sombras se inclinam, abrindo espécie de bocas com grandes dentes, e começam a devorar os mortos, enquanto a albina sorri. Ela desejava tanto sua vingança e, graças à mudança nas coisas, não precisou esperar mais anos para conseguir. Ela cobre-se com o capuz e, enquanto caminha, as sombras param de comer para segui-la, adentrando-se sob os pés da garota, formando uma sombra dela, graças à tocha que estava próxima.

A albina segue seu caminho, saindo dali pela porta principal, e uma espécie de fumaça negra a envolve por completo, até desaparecer dali.

No dia seguinte, uma notícia circula por todo o local: os Caruso foram massacrados. Apenas alguns servos conseguiram escapar e os corpos dentro da mansão foram encontrados como se algo os tivesse começado a devorar. Pensam que foi um ataque de algum animal, mas dizem que cortaram as cabeças dos condes, e certamente isso não foi obra de um animal.

- Eles não me agradavam\, mas que terrível... Eu me pergunto se devo contar para Evelyn...

- É necessário contar agora\, antes que ela descubra de outra forma - menciona o duque.

- Eu conto... - oferece-se Caesar.

Ele sai da sala em busca de Evelyn. Quando pergunta por ela, uma criada diz que estava no jardim. Ao chegar, a albina estava sentada em silêncio, como se estivesse perdida em seus pensamentos, mas ele vê uma lágrima escorrendo por sua face.

- Esposa... Precisamos conversar.

- É sobre minha família... Ouvi dos guardas.

- Lamento por isso...

- Eles nunca foram bons comigo\, mas é horrível o que aconteceu com eles.

Caesar senta-se ao seu lado e a abraça, sendo correspondido. Porém, Evelyn não parece em nada triste. O funeral é realizado no condado, a mansão é previamente limpa e os parentes das vítimas são recebidos lá. Evelyn está na primeira fila, vestida de preto e com um véu cobrindo o rosto.

"Se ela não tivesse se casado, teria acabado da mesma forma."

"Pelo menos ela já se casou, porque mesmo que tivesse sobrevivido, ela não herdaria nada."

Evelyn apenas ouve a todos, enquanto Caesar segura sua mão, como se tentasse tranquilizá-la. A cerimônia termina e Evelyn está saindo quando cruza o caminho de Jerry, o filho de Martha, ou seja, seu meio-irmão.

- Não espere nada da herança de meu pai\, o condado é meu\, e espero não ver sua horrível cara em meu território - ele a olha com repulsa.

Mas imediatamente recebe um soco no rosto que o faz cair. Foi Caesar quem lhe deu o soco.

- Respeite minha esposa\, que\, com certeza\, tem um nível mais alto que o seu\, e é de minha responsabilidade fazer com que os Caruso cheguem à ruína.

Todos presentes surpreendem-se com o ocorrido, especialmente com a atitude de Caesar.

- Você não tem respeito\, seus pais acabam de morrer e você vem brigar pela herança deles\, que vergonha - acrescenta a duquesa.

Ela segura Evelyn pelos ombros e a leva com ela, seguidas pelo duque e por Caesar. Tal como Caesar disse, o gosto de Jerry não dura muito, pois, em questão de semanas, o condado começa a ruir. Os negócios ilegais do conde começam a ser revelados, e isso faz com que Jerry perca parceiros. O título de conde não significa nada se ele ficar sem dinheiro.

Finalmente, Caesar parte de volta para a academia. Ele precisa concluir sua formação para poder assumir o cargo de duque e também prometeu a Ethan que seria sua mão direita. O príncipe confia apenas nele. Todos se despedem de Caesar, a duquesa está triste porque não verá seu filho por dois anos.

- Não se preocupe\, nós cuidaremos de você até seu retorno.

- Obrigado\, duquesa\, você sempre tão amável.

As duas entram na casa, seguidas pelo duque. Era hora da sobremesa e ele queria preparar algumas com Evelyn.

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