Chegada versão Valentino

"Recebi uma ligação do meu detetive informando que Maitê havia acabado de chegar à Itália com um garoto. Eu a procurava há quase quatro anos como um louco. Essa mulher se aproximou de mim sabendo quem eu era. Acredito que meu primo tenha estudado com ela e lhe tenha falado sobre mim."

"Ela veio até mim, me fez me apaixonar feito um tolo para depois pedir dinheiro ao meu pai e desaparecer sem explicação, me deixando em uma situação difícil. Isso me fez ficar obcecado por dinheiro e poder. Eu não confio em nenhuma mulher."

"Dediquei esses últimos quatro anos á procurar e me vingar . Desde que soube que ela tinha voltado, ordenei que meus homens vigiasse e que descobrisse tudo sobre ela."

" Não demorou, e eles descobriram que havia estado em Los Angeles por alguns anos, onde trabalhou como advogada, ganhando destaque com alguns casos bem sucedidos. Ela foi então recomendada para uma grande empresa em Milão. Sete meses após deixar a Itália, deu à luz um menino como mãe solteira e recentemente foi contratado por uma empresa em Milão."

"Aceitou o emprego porque desejava voltar à sua terra natal. Meus homens continuaram seguindo-a e me informaram que ela estava indo para Roma. Decidi segui-la também. Não sei o porquê, mas algo mudou dentro de mim desde que soube de sua chegada. Precisava vê-la de perto. Olhar nos olhos daquela maldita. Quando pisei em Roma, senti meu coração palpitar. Evitava aquela cidade, como o diabo foge da cruz. Era sinônimo de dor. Comecei a caminhar sobre o parque onde ela costumava dividir o almoço comigo. Era repleto de recordações felizes." " Eu sempre fui um garoto retraído e triste até conhecer Maitê. Ela me mostrou o que era felicidade. Ser amado e cuidado com alguém. Até então, nunca havia sentido nada assim desde que minha mãe morreu."

"Como aquela jovem ingênua podia ser tão manipuladora e malévola. Ela fingiu tão bem e eu fui tão idiota que não percebi suas verdadeiras intenções."

"O parque parecia o mesmo, mas haviam se passado quatro anos. Um garoto de aproximadamente dezesseis anos tocava violão ali. Ofereci mil euros pelo violão dele, que não valia mais de duzentos. Ele me vendeu o violão na hora. Sentei em um banco e comecei a tocar algumas notas, mas uma emoção forte correu pelo meu corpo e eu me senti adolescente novamente."

Quando percebi, estava tocando uma canção que fiz para aquela maldita e ela estava bem à minha frente. Nossos olhares soltaram faíscas de ódio e rancor se misturando. Perguntei a ela o que ela estava fazendo ali.

- E eu que te pergunto? Você não tem o direito de me perguntar isso. ela respondeu

- Claro que tenho. Você que sumiu."

- Eu quem sumiu? Como você é sínico?"

- Eu sou sínico?"

- E você debochada."

- Debochada? Ok"

"Ela se virou para sair, mas eu a segurei pelo braço com muita força e coloquei todo o meu ódio naquele aperto. Meus olhos ficaram esbugalhados."

- Você não vai a lugar algum. Você me deve uma explicação. Disse com muita raiva. E ela respondeu:

- Me solte! Eu não devo absolutamente nada, Valentino. Na verdade, você é que me deve todas as explicações e eu nunca lhe procurei para questionar nenhuma. Só quero ter uma vida em paz. Se eu voltei para a Itália não foi por você, e sim para poder sustentar a mim e ao meu filho perto da minha família, ter qualidade de vida no meu país. E não vou deixar que você ou sua família tire isso de mim ou do meu filho.

" Me surpreendi." e gritei

- Seu filho? Que bom que falou nele. Quero saber tudo sobre esse seu filho."

- Saber o quê? Que eu não o tirei como vocês ordenaram? Ou pagaram para eu tirar? Ou me ameaçaram? Se olhou para o extrato bancário, não usei um único euro do maldito dinheiro dos Estanescos.

- Antes de ser seu filho, é meu filho, e nenhuma ameaça sua, do seu pai ou de sua família me faria abortar um filho meu, por pior que seja o pai dele. E não se preocupe, não voltei para que ele conheça o pai ou a família do pai. Voltei para que meu filho e eu possamos ter qualidade de vida perto da minha família. Nestes quatro anos, dei a ele o melhor que pude, nunca faltou nada e, principalmente, nunca lhe faltou um pai. Jamais falei sobre você e nem falarei. Então não se preocupe. Tenha uma boa noite e uma boa vida, Valentino. ela me respondeu todas as perguntas com rispidez

- Você realmente é mais louca do que eu imaginava. Agora vem com toda essa conversa absurda, de eu mandar matar um filho que nem era meu, de lhe dar dinheiro para isso, de te ameaçar, se justificando por ter ido embora sem explicação, fugindo. Sua vaca, louca desequilibrada!"

- O único desequilibrado que existe aqui é você e sua família. Como disse, pode ficar tranquilo. Você realmente nunca teve nenhum filho e nunca terá. Por essa razão, pode colocar a cabeça no travesseiro e dormir em paz, o sangue nobre de sua família nunca se mistura com o sangue pobre dessa vaca aqui. Tenha uma ótima vida."

Ela se soltou e saiu andando. Fiquei parado, sem reação alguma, tentando entender o que ela havia acabado de me dizer. Fiquei atordoado. O garoto era meu filho, e na cabeça dela, eu sabia disso e ainda havia pago para ela tirar a criança. Imediatamente, liguei para meus homens no trem, pedindo que encontrassem alguns fios de cabelo do menino a meu mando. Eles seguiram minhas ordens e me entregaram os fios. Quando voltei a Milão, fui a um laboratório com minhas amostras, solicitando um teste de DNA.

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