Estava ansiosa para Tino chegar, meus pais o convidaram para almoçar e poderem se conhecer. Ele me ligou umas vinte vezes, estava muito nervoso, com medo de meus pais não gostarem dele.
A cigarra tocou, era ele com um buquê de flores e um vinho. Corri para abrir a porta.
- Maite, estou bem?
- Está sim, não se preocupe.
- Estou muito nervoso.
- Vão gostar de você, não se preocupem.
- Bom dia, dona Bel estás flores são para a senhora.
- Obrigada rapaz.
- Esse vinho é para o senhor Dom.
- Ele já está vindo, vou guardar.
- Obrigado.
- Tino, este é meu irmão Hiago e minha irmã Tere.
- Prazer em conhecê - los
- O prazer é nosso Tino né?
- Valentino, mas todos me chamam de Tino.
- Maitê disse que você é músico, toca violão, canta e compõe.
- Estou apenas iniciando, não sou tudo isso não.
- É sim, a voz é linda e toca vários instrumentos de ouvido.
- E é rapaz? Quando alugamos essa casa, ficou esse piano na sala, achamos bonito e deixamos, toca pra gente.
- Senhor Dom, posso tentar.
Ele emocionou a todos, tocando uma melodia triste porém emocionante.
- Você toca muito bem, rapaz.
- Obrigado senhor Dom.
- Me diga uma coisa, de onde sua família é?
- Nasci em Milão, vim para Roma estudar.
- E seus país trabalham com o quê?
- importação e exportação senhor. Minha mãe faleceu quando eu tinha três anos, não me lembro muito do rosto dela, só de cantar para mim, tocar piano e violão.
- Então sua paixão pela música vem dela.
- Acredito que sim Dona Bel.
- Tino, você gosta de macarronada?
- Muito, e principalmente do tempero da senhora.
- Você já comeu minha comida?
- Já sim, Maitê dividiu comigo algumas vezes.
- Deveria ter dito Maitê, teria feito uma marmita para ele também.
- Não, dona Bel, foi o suficiente.
- Por isso vocês dois estão tão magros.
- Maitê me disse que o senhor é encanador, senhor Dom.
- Sou sim, aprendi a profissão com meu pai.
- Não ganho muito dinheiro para enriquecer, mas o suficiente para sustentar minha família.
- E você, Hiago, soube que é um estilista e costureiro.
- Estilista não, rabisco uns papéis e faço umas roupas.
- Ele é muito bom, será um alfaiate incrível, quer ver as criações dele?
- Para Maitê.
- Por favor Hiago deixe me ver suas criações.
- Uau, cada terno mais bonito que o outro, você faz o meu terno quando sua irmã e eu nos casar?
- Será uma honra.
- Hiago terá que fazer o meu vestido também.
- Nao sou bom em vestidos.
- Quero nem saber, se vira.
Risada
- O almoço está na mesa, venham almoçar.
- Nossa dona Bel está esplêndida essa macarronada. Nunca comi uma mais gostosa.
- Obrigada coma a vontade.
- Não diga isso, se não vou deixar todos sem comida.
risada
- Me diga Tino, é só você e seu pai?
- Não senhor, poucos meses após a morte da minha mãe meu pai se casou novamente e teve outro filho.
- Então você tem um irmão?
- Sim senhor. Infelizmente não somos próximos, minha madrasta meio que interfere na nossa relação.
- Vamos mudar de assunto, olha Tino sempre que quiser vim almoçar se sinta em casa.
- Obrigado Dona Bel.
- Por nada, vou buscar a sobremesa.
- Tino especialidade da mamãe, pudim de leite. É uma delícia.
- Nossa tem anos que eu não como pudim.
- É o melhor de todos cunhado.
- Estou vendo e sentindo Hiago.
Aquele domingo em família foi maravilhoso, conversamos, jogamos em família e meus pais e meu irmão adoraram Tino. Ah se todos o dias fosse como aquele domingo.
- Maitê, amanhã viajo a Milão, meu pai me ligou e pediu para eu ir.
- E a faculdade?
- Volto em três dias.
- Vou sentir saudades.
- Também meu amor.
Tino voltou para casa já que viajaria no dia seguinte para casa de seu pai.
Fui criada em uma família amorosa, cuidadosa, apesar de termos dificuldades, meus pais sempre batalharam muito para não nos deixar faltar nada.Entao não podia imaginar que tinham famílias que não eram assim. Eu só sabia que seu pai trabalhava com importação.
Duas semanas passaram e Tino, ainda não havia voltado a Roma, as poucas vezes que conseguíamos falar ao celular era estranho, como se estivesse ligando escondido.
Estava no coffe, e ele chegou lá, parecia abatido e triste.
- Tino quando voltou?
- Agora pouco. Vim direto pra cá, precisava te ver.
- Também, senti muita sua falta. Como foi lá?
- Péssimo, meu pai e eu não concordamos com nada, soube que troquei de curso e surtou. Porém concordou em terminar esse ano letivo me formo em música e depois resolvo como tirar ele do meu pé.
- Você fala como se seu pai fosse um ditador.
- E ele é, talvez hitler perdesse para ele.
- Está brincando né?
- Pior que não. Vamos mudar de assunto, o que fez nestas duas semanas?
- Trabalhei, e estudei, daqui quatro meses tenho que apresentar minha conclusão do curso, tcc então tenho trabalhado duro nisso.
- Daqui quatro meses terei como namorada a doutora advogada Maitê.
- E a delegada mais nova da Itália.
- Como assim?
- Me inscrevi em um concurso público, só por experiência.
- Legal, tenho tanto orgulho de você meu amor.
- Serei uma delegada e você um músico de sucesso, mudaremos para EUA, e seremos felizes.
- Gostei de morar nos Estados Unidos.
- Eu adoraria ser delegada do FBI. Não vou mentir.
- E eu o próximo betowen do violão.
risada.
- Maitê temos clientes para atender, vamos deixar para namorar quando expediente acabar.
- Sim senhor Patrão, desculpe.
- Te vejo no fim do expediente.
- Está bem meu amor. beijos
-
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Atualizado até capítulo 21
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