capítulo 4

Meu pai tenta se aproximar para me dar um abraço, mas só que eu não permito ele tinha todos os seus anos para vir aqui me abraçar, mas só agora que ele queria me abraçar e pedir perdão por tudo depois que ele matou a minha mãe e me deu em casamento para um homem que além de chefe era um assassino a sangue-frio que poderia muito bem me matar se eu saísse da linha.

— Perdão e tudo que eu te peço — meu pai falou com um olhar arrependido.

Deu um sorriso triste.

— Quando tinha 15 anos e soube que o meu próprio pai tinha matado a minha mãe e para piorar tinha dado a minha mão em casamento para quando eu fizesse 18 anos para um homem que era um assassino a sangue-frio, imagina como eu me senti? — perguntei para ele o olhando com o tamanho e a tristeza porque eu acho que nesse momento eu nem consigo sentir raiva.

Ele ficou calado processando tudo que acabei de dizer para ele e quando ele falar mais alguma coisa a porta do quarto se abriu Emma passou por ela com a bandeja ela cumprimentou meu pai e caminhou até a cama colocando a bandeja no criado mudo quando ela falou que queria sair para deixar que nós dois conversarmos com privacidade eu simplesmente falei que a gente já tinha falado tudo que tinha para falar e que a gente só se veria novamente no dia do casamento sem olhar para ele caminhei até a cama me sentei encostando as minhas costas na cabeceira da cama peguei a bandeja e comecei a comer olhei para frente e vejo trocarem algumas palavras.

Logo depois ele sai sem me olhar voltei a focar na comida que estava em meu colo, Emma se senta do meu lado não fala nada e eu agradeço por ela respeitar meu momento de fragilidade porque em um único dia relembrar que meu pai matou a minha mãe quando eu tinha 10 anos acabava comigo de dentro para fora eu queria entender o que minha mãe tinha falado feito para ele cometer uma barbaridade como essa, mas nada me vinha a cabeça todos até hoje se referiam a minha mãe como uma mulher bondosa e de um coração imenso morreu por discutir algo com o marido depois que terminei de comer Emma pegou a bandeja e colocou no criado mudo se sentando em minha frente segurando a minha mãe.

— Quer conversar sobre? — Emma perguntou calmamente apertando minha mão.

Olhei para as nossas mãos por um tempo.

— Se seu pai matasse a sua mãe friamente por um motivo banal quando você tem apenas 10 anos, você é o perdoaria? — perguntei para ela com um fiapo de voz.

— Bom, isso e complicado, mas deixe que o seu coração decida o que e melhor — Emma fala delicadamente tocando o meu coração.

Pensando em suas palavras me deitei na cama e fiquei ali olhando para o nada enquanto pensava se eu perdoava o meu pai isso me deixava tão confusa eram tantos pensamentos conflituosos rondando a minha cabeça por um lado eu pensava que eu poderia perdoar o meu pai e por outros só de lembrar do casamento eu odiava mais e também pensava na minha mãe se ela fosse viva ela nunca iria permitir que eu ficasse de mal do meu pai por mais ruim que meu pai fosse ele ainda era o meu pai os pensamentos continuavam dando nós na minha mente Emma continuava fazendo um cafuné tão bom que aos poucos meus olhos foram ficam pesados.