capítulo 8

O dia nem tinha começado direito e eu já o tive estragado com várias coisas estressantes desse maldito casamento eram muitas coisas para escolher e por mais que eu não quisesse não pude deixar Emma planejar tudo sozinha, pois eu não queria que ela ficasse sobrecarregada com o casamento que era responsabilidade minha querendo eu ou não tio Edgar ainda tentou falar comigo nesse meio tempo, mas eu ignorei por mais que me doa eu o tinha que fazer, pois continuo chateada não pelo casamento porque meu tio nunca teve culpa, mas por receber o crápula do meu pai aqui porque tudo isso é culpa dele e só de lembrar da morte da minha mãe minha raiva triplica.

Olhei em minha volta, mas precisamente para Emma que estava fazendo sala para as damas do clã e é claro que tive que participar, mais não por escolha minha e ainda tenho que ficar escutando essa múmia da Elizabeth tagarelando que quando ela foi perder a sua virgindade doeu e ela ficou sangrando por dias as outras ficaram extremamente chocadas com o que a velha estava falando e ainda ficaram cochichando falando que Elizabeth estava ficando esclerosada e aquilo me deu uma vontade de rir tão grande que tive que fingir uma tosse.

Quando a empregada entrou conduzindo um carrinho cheio de guloseimas, eu tive a certeza que aquela tortura não iria ter fim e dei um suspiro sofrego, as mulheres se serviam e tagarelando deixando até Emma tonta.

— Madson, quero te dizer uma coisa por experiência própria — Emily falou tocando com delicadeza a minha perna.

— Pode falar — falei para ela com um sorriso ensaiado.

— Não se negue a ele na noite de núpcias ou pode ser pior — Emily falou me olhando com um olhar vago.

Franzi o cenho olhando para Emma que disse baixinho que depois me fala.

— Ela está certa, não são todos que são bonzinhos e pacientes — Martina falou tocando as mãos de Emily que lhe deu um pequeno sorriso.

— Meu marido, por exemplo, e um amor de pessoa — Jessia falou com um sorriso apaixonado.

— Por Deus, Jessia nem todas tiveram a sua sorte — Sara falou para ela revirando os olhos.

— Você também não podia falar nada, Sara, todas nós sabemos que você leva uns tapas do seu marido e depois fica passando pano para ele — Sofia falou para Sara de um jeito tedioso.

E no mesmo segundo começou uma discussão Emma tentava acalmar os ânimos sem sucesso nenhum bufei já irritada com toda aquela discussão por nada balançando a minha cabeça em negação me levantei da onde eu estava e caminhei até um dos esconderijos do meu tio aonde sabia que as armas ficavam escondidas acaso houvesse um ataque peguei uma arma fui até onde eu estava apontando a pistola para cima dei um tiro que fez elas calarem na mesma hora voltei a guardar a arma onde estava me ajeitei olhando para ela que me olhavam sem acreditar que eu tinha feito realmente aquilo.

— Vocês vão continuar brigando por nada? — perguntei para ela me sentando na onde estava.

— Ela realmente nasceu para ser esposa do chefe — Sara falou me olhando com os olhos arregalados.

Dei um suspiro

— Bom, vamos voltar para o assunto principal — Emma falou, ganhando atenção de todas.

As outras concordaram e Emma me olhou e dei um sorriso de agradecimento.

— O casamento do ano — Sofia falou com animação contagiando as outras.

Ótimo mais três horas de tortura, pensei dando um pequeno suspiro.

— Que tal, arranjos de flores brancas por toda igreja? — Sara falou batendo palmas com animação.

Eu fiquei desconfortável com a intenção de ser um casamento na igreja para mim casamento no religioso era algo muito sagrado, se fosse me casar por amor eu até aceitaria me casar na igreja caso contrário não.

— Eu não quero casamento na igreja — digo ganhando atenção delas que me olham chocadas.

— Hoje em dia está na moda se casar ao ar livre — Emma fala contornando a situação.

Dou-lhe um olhar de agradecimento então elas começaram a falar sem parar cada uma dizendo o jeito que o casamento deveria ficar me fazendo imaginar o quão cheio de informações esse casamento iria ficar, mas conhecendo Emma do jeito que eu conheço sabia que ela iria jogar todas essas ideias na lareira porque pela sua cara ela estava odiando as sugestões que as mulheres estavam andando e eu já não aguentava mais tudo aquilo então pedir licença e rapidamente caminhei para fora do cômodo a passos rápidos fechei a porta me encostando na parede e ficando ali por alguns segundos Eu odiava me sentir vulnerável e com toda essa coisa desse casamento me deixava assim.

Desde que eu soube que ele iria acontecer me sentia muito mal, pois eu sempre sonhei me casar, mas que fosse um casamento por amor não um algo espalhafatoso que aconteceria sem existir amor de nenhum lado, tentei me recompor e caminhei pela sala indo em direção à escada, mas quando botei meus pés no primeiro degrau escutei a voz do tio Edgar me chamando respirei profundamente tentando parecer que estava tudo bem me virando para ele.

— A Emma ainda estava na biblioteca — digo para o meu tio com um sorriso.

Me sentei e o meu tio se sentou do meu lado nós dois ficamos em silêncio por alguns segundos vi que ele estava buscando as palavras certas para me dizer alguma coisa passei a mão em minha testa imaginando a merda que vem por aí, então qualquer que fosse a situação eu terei que dar um jeito de contornar isso porque eu tenho certeza que é assim que é a primeira dama da máfia faz? Então era isso que eu iria fazer porque se eu já botei em ordem um bando de mulheres que estavam brigando por nada, então qualquer coisa que viesse depois disso seria fichinha.

— Como você está se sentindo com tudo isso? — meu tio perguntou me analisando com cautela.

— Eu estou me sentindo um objeto sendo passado de mão em mão – pausei – e saber que o meu próprio pai fez isso me enoja — digo para ele sendo totalmente sincera.

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