capítulo 3

Meu “pai” se virou rapidamente e olhou para o tio Edgar com raiva.

— Você contou para ela? — Louis perguntou para o meu tio em fúria.

Tio Edgar finalmente se levantou, deu a volta em sua mesa, ficando mais perto.

— Sim, eu contei porque desde o dia que ela chegou aqui até completar 15 anos tudo que ela fazia era ficar sentada na janela esperando a mãe aparecer — meu tio falou olhando de mim para o seu irmão mais velho.

Louis passou as mãos no cabelo balançando a cabeça de um lado para o outro perdido em seus próprios pensamentos, eu fiquei de costas impedindo que eles vissem que eu estava prestes a chorar, olhei para o alto tentando impedir a todo custo que as lágrimas caíssem porque todas às vezes que eu lembrava da minha mãe era isso que acontecia e segundos depois me virei novamente olhando para os dois.

— Quando será esse maldito casamento? — tentei olhando para eles com frieza.

— O noivado será... — os que o meu tio termine de falar eu o corto.

— Eu não quero droga de noivado nenhum — digo olhando para ele, tentando a todo custo evitar olhar no rosto do meu pai.

— Tem que ter noivado — Louis fala e eu sinto o seu olhar em mim.

Caminhei a passos lentos em direção à janela, fiquei lá parada olhando para fora pensando em como seria minha vida se a minha mãe ainda estivesse viva, mais aí tudo cai por terra quando lembro que o causador da sua morte está no mesmo ambiente que eu sentia que meu pai estava me olhando olhei para ele brevemente por cima do meu ombro ainda destilando em cima dele toda a minha raiva e ódio.

— Não, vai ter noivado porque eu não quero — digo para eles entre dente me virando.

— Tudo bem, vou falar para Elijah que você não quer noivado — tio Edgar fala acatando a minha decisão.

— Se não vai ter noivado, então o casamento pode ser para daqui a um mês — Louis fala olhando para mim dou de ombros.

Quando a data do casamento já estava mais ou menos definida pedi licença para o meu tio e sair daquele escritório feito uma bala eu não aguentava nem mais 5 segundos no mesmo espaço que o meu pai minha raiva era tão, mas tão grande que deu vontade de fazer com ele mesmo que ele fez com a minha mãe bater nele tanto até de desmaiar no chão ou até mesmo morrer eu não me importava desde o dia que descobri que ele tinha matado a minha mãe eu não me importava mais se ele morresse em algum atentado sentia que o mundo iria desabar sobre mim a cada passo que eu dava quando estava andando em direção à escada escuto Emma me chamando, mas eu estava tão perturbada que simplesmente ignorei, mas eu escutava os seus passos atrás de mim.

Subi correndo para o andar de cima ainda escutando Emma vir atrás de mim, com toda certeza ela estava preocupada, assim que botei meus pés no segundo andar corri pelo corredor até chegar no meu quarto, entrei e fechei a porta com força, eu odiava toda essa vulnerabilidade e eu estava tão bem antes daquele homem aparecer que eu não entendi, na verdade, eu não entendi porque a minha vida tinha que ser assim? Por que eu tinha que nascer nesse mundo tenebroso? Eram tantos porquês que rodavam a minha mente que eu me sentia tonta, ajoelhei no chão querendo que essa dor fosse embora de uma vez por todas, a porta do meu quarto se abriu, escutei alguém entrando, olhei e vi Emma me olhando preocupada, ela se ajoelhou do meu lado.

— Por Deus o que houve? — Emma perguntou enquanto me abraçava.

Me afastei brevemente dela.

— O casamento já vai ser marcado para daqui a um mês — digo tão baixo que ela quase não escuta.

— Mas não vai ter noivado? — Emma perguntou com uma expressão confusa no rosto.

Dei um suspiro.

— Eu não quero noivado, não quero que comemorar uma coisa que está acontecendo de um jeito forçado — digo de um jeito tão distante que ela voltou a me abraçar.

— Faremos do jeito que você quiser — Emma fala com a voz embargada passando as mãos em meu cabelo.

Nós ficamos um tempo desse jeito até que a empregada bateu na porta avisando que o jantar seria servido, eu disse que não estava com fome e Emma falou para ela fazer uma bandeja e trazer para mim e eu iria comer Nem que ela enfiasse goela abaixo.

— Eu realmente estou sem fome, Emma — digo para ela dando um pequeno sorriso.

— Nada disso você não irá passar fome por causa disso – bota a mão na cintura – no dia do casamento você tem que estar firme e forte para encarar o Elijah Pollock de cabeça erguida — Emma falo me dando uma bronca motivadora.

Eu e ela sorrimos uma para outra antes dela sair para pegar uma bandeja com alguma coisa para mim comer enquanto isso aproveito para ir tomar uma que dura em torno de uns trinta minutos quando voltei já pronta para comer e depois dormir tenho uma surpresa nada agradável quando voltei para o quarto e vi meu pai olhando para cada canto que fiz questão de pintar e decorar com a ajuda do meu tio ele notou minha presença mais contínua de costas para mim olhando para tudo.

— Sabe, se a sua mãe estivesse viva, tenho certeza que vocês duas decoraram um quarto juntas, aqueles quartos típicos de adolescentes — meu pai falou me olhando nos olhos depois de um tempo.

— Mais ela não está aqui graças a você — digo olhando para ele com muito rancor.

— Você acha que eu não me culpo todo santo dia durante esses oito? — meu pai me perguntou com o cenho franzido.

— E o senhor acha me senti como sabendo que o meu pai além de matar minha mãe dá a minha mão em casamento para um dos piores homens do clã? — digo para o meu pai totalmente, magoada.

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Comments

Clara Leite

Clara Leite

o dia passou rápido viu!kkkk

2024-02-21

3

Ana Paula Gomes de Azevedo

Ana Paula Gomes de Azevedo

Como a sim??? Jantar??? Ela não tinha acordado ❔❔❔

2024-02-05

0

Ione barbosa

Ione barbosa

agora o pq ele a matou?

2024-01-29

1

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