Tempo passou e a vida de todos seguiu em frente, por um tempo não houve problemas.
Até que...
"Alô! Falo com a senhora Manuela?" Uma voz séria de homem do outro lado da linha perguntou, assim que Manuela atendeu a ligação.
"Quem está falando?" Manuela que estava na padaria trabalhando, não reconheceu a voz e perguntou.
"Senhora! Eu sou um policial do Distrito XXX, meu nome é Paulo Gutierrez. Liguei nesse número, pois está como o primeiro contato de uma jovem de nome Leila Moreno. É a senhora? A senhora comece essa pessoa? O homem explicou pacientemente para ela.
"Sim sou eu! O que aconteceu com Leila?" Manuela já estava aflita, quando ouviu o nome de Leila e confirmou o seu nome.
"Senhora! Por gentileza, venha para o hospital Xxxx, estarei aguardando." Ele não falou mais sobre Leila, e pediu a ela para ir direto para o hospital que passou o endereço, antes de desligar.
Manuela tremia, quando ligou para Ricardo contando sobre isso.
Já estava no fim do seu expediente, e enquanto aguardava por Ricardo, ligou para a babá que cuidava de Mariana, pedindo que buscasse Luana na creche, e esperasse pelo ônibus escolar que trazia os meninos. Ela pagaria um extra quando chegasse em casa.
Quando Ricardo e Manuela entraram no hospital procurando por Leila, alguns policiais vieram para recebê-los.
"Olá eu sou Manuela! O que está acontecendo com Leila? Onde ela está?" Manuela falou, assim que os policiais se aproximaram.
"Olá! Eu sou Paulo Gutierrez, o que ligou anteriormente informando a senhora. Siga-me vamos conversar." Um homem alto, branco, de rosto severo, que não aparentava ter mais de 30 anos falou, indicando para que eles o seguissem, enquanto andava na frente, ele logo entrou numa sala lateral.
Outro policial entrou por último e fechou a porta.
"Sente-se." Paulo convidou os, apontando para duas cadeiras, para ambos se sentarem bem a sua frente.
"O que aconteceu ainda está em fase de investigação, e não temos todas as informações ainda, mas o quê posso dizer por enquanto é que a senhorita Leila Moreno, se envolveu em uma briga no seu local de trabalho, e foi brutalmente agredida por alguns homens, que fugiram do local assim que soube da chegada da polícia." Ele falou e continuou
"Acho que sabem onde a moça trabalha, não é? Vendo que os dois assentiram ele continuou a explicar. "Bom hoje a tarde o dono da casa fez uma festa, fechando o estabelecimento para um grupo suspeito que pagou uma quantia generosa para ele, e em troca o grupo exigiu que as meninas fizessem tudo que eles queriam. O dono aceitou, e segundo informações de outra garota que estava no local, o grupo tentou estuprar uma outra garota e a forçou a usar drogas. A garota resistiu e lutou de volta, o barulho chamou a atenção de Leila, que não querendo continuar nessa festa passava pelo corredor, ela já estava de saida. Então ao ouvir os gritos desesperados da outra garota, ela voltou e invadiu o quarto e também foi agredida. Uma outra jovem chamou o dono que fez de conta que não sabia de nada. Com raiva ela pegou as suas coisas e fugiu da casa escondida, já que as portas estavam fechadas, ela escapou pelo muro nos fundos da cozinha e ligou para nós." Paulo terminou.
"Como estão as garotas?" Manuela estava furiosa, quando perguntou. Ela queria cortar Júnior em mil pedaços.
"Leila ainda está em cirurgia e o seu estado não é bom. A garota que foi drogada está em atendimento, e inconsciente desde que a trouxemos. Ela está entre a vida e a morte. A outra garota que fez a denúncia, desapareceu antes que nós chegássemos, e o nosso palpite foi que o dono pediu a alguém para levá-la embora." Paulo estava muito sério, o caso das vítimas era muito ruim.
A espera por notícias foi longa, já eram quase dez horas da noite, e a cirurgia não acabara, quando duas notícias abalaram o ânimo de Manuela.
Júnior fugiu e a garota que denunciou o caso, foi encontrada morta numa lixeira não muito longe da casa.
Quando Manuela viu a foto da garota ela chorou. Era Paula, a ruiva novinha que brincava com ela, durante o tempo em que ela trabalhou lá.
A garota era muito jovem e tinha um filho de três anos, que morava com os seus pais no Nordeste.
"Calma! Nós só podemos esperar que Deus dê uma mão nessas horas, e nos ajude a encontrar esse maldito." Ricardo a consolou, mas os seus olhos estavam escuros e mostravam um perigo oculto.
"Espere aqui! Vou buscar um café, e pedir para Nanda ir até a sua casa para ficar com as crianças." Ricardo saiu assim que falou.
Na porta do hospital Ricardo fez o que disse a Manuela, e estava ao telefone falando com um amigo.
"Você entendeu? Isso acontece no seu território, com o seu povo e você vai ficar aí sentado?" Ele desligou, após dizer essas palavras sem se incomodar com mais nada.
Quase uma hora da manhã e os médicos finalmente saíram.
"Quem é o parente de Leila Moreno." Um médico de aparência exausta perguntou.
Manuela e Ricardo aproximaram-se.
"Eu sinto muito! Os ferimentos da jovem Leila, foram muito graves e ela não resistiu." O médico estava falando, mas Manuela já não conseguia ouvir nada. Um zumbido na sua cabeça, e ela só viu escuridão.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 67
Comments
Elza Teodoro
quanta tristeza foi o Jonas
2024-05-23
0
Rosemary Oliveira Passos
Muito trista!
2024-03-30
0
pila souza
Poxa uma amiga q se foi assim depois de ter ajudado tanto muito 😢 triste.
2023-09-08
6