Manuela trocou de roupas, e guardou a sua bolsa num armário, localizado na área de serviço da casa.
Na casa ela primeiro colocou as toalhas de banho para lavar, deixando os lençóis e fronhas para depois.
Enquanto a roupa estava na máquina, ela limpou a cozinha e fez um café para beber, já que era permitido,
Manuela depois foi até a sala, e avisou que havia café fresco na cozinha, antes de começar a limpar a sala.
As meninas já estavam chegando e apresentaram-se a Manuela, uma de cada vez e eram todas muito simpáticas.
Já era quase dez horas da manhã, e Manuela já havia lidado com as roupas, e os cômodos onde os clientes ficavam, então ela saiu e resolveu limpar o quintal e a lavandaria, pois pretendia deixar os quartos por último, pois tinha que trocar as roupas de cama para o horário da tarde.
Quando terminou todo o serviço já eram quase uma hora da tarde. Júnior sai do balcão e foi verificar tudo, e no fim gostou muito do que viu.
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"Manú! Tem alguma toalha limpa aí que esteja seca?" Uma garota bonita de cabelos vermelhos de nome Paula, que estava no quarto com cliente perguntou da janela.
"Espere aí um pouco! O Júnior já tá levando." Manuela respondeu para a garota.
"Manú! Eu trouxe pão de frios, vem comer!"
"Manú! Vem cá! Minha mãe trouxe queijo fresco de Minas e deixei a sua parte tá na geladeira, não esquece de levar quando sair."
"Manú! Manú!... " Manuela já trabalhava na casa há mais de um mês.
Ela era respeitada por todas as meninas, e sempre ganhava mimos e muita comida deliciosa, para ela e para levar para os seus filhos.
Também por Júnior e o seu marido, que dava a ela uma cesta básica por mês.
Os clientes também a trataram bem e foram muito educados, até os bêbados que eram um pouco ousados a respeitavam.
O tempo passou e a barriga de Manuela foi ficando cada vez maior.
Durante o tempo que trabalhou na casa, ganhou quase todo o enxoval para o bebê, além de uma grande quantidade de fraldas, produtos de higiene e roupinhas.
Manuela era grata a todos, e quando completou oito meses, Júnior pediu que ficasse em casa para descansar, e que ela podia voltar após o resguardo.
Leila ajudava Manuela a levar as coisas que ganhava para casa.
Quando saía a noite, carregava as sacolas para a casa da sua vizinha.
Mesmo estando em casa Manuela, ainda trabalhou.
Ela vendia as sacolas de tecido que costurava a tarde.
Muitas das meninas, já tinham uma ou duas sacolas de algodão cru feitas por ela.
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No início de outubro Manuela levou as crianças para a creche e na volta, ela estava se sentindo pesada e transpirava muito.
Passou na padaria perto da sua casa, para comprar o lanche da tarde para os filhos.
"Oi! Manú! Porque está tão pálida? Você está bem?"
Ricardo um jovem rapaz, que trabalha na padaria, perguntou a Manuela, assim que ela entrou.
Ele ficou preocupado ao ver que a mulher suava muito e tinha o rosto sem nenhuma gota de sangue de tão pálido.
"Bom dia, Ricardo! Estou bem, só um pouco cansada e com calor! Esse tempo tá me matando." Manuela respondeu com um sorriso.
"Ok! O que vai levar hoje?"
Mesmo vendo que a mulher a sua frente não parecia em bom estado, ele não se forçou a se intrometer na vida dos outros, E mudou de assunto.
Assim ele decidiu ser o mais profissional possível e manter uma certa distância dela.
"Vou deixar pago o pedido, e quero que entregue a tarde lá em casa, os dez pães de queijo, seis pães de frios, pão francês e frios, o mesmo de sempre.".Manuela fez o pedido, e entregou uma nota de cinquenta reais para pagar.
Quando Ricardo voltou com o troco, notou Manuela agachada, parecendo estar com muita dor.
Ele esqueceu de que decidiu minutos atrás ser profissional, e manter distância de Manuela e saiu correndo bem rápido de trás do balcão para ajudá-la.
'"Manuela vamos lá, vou levar você para o hospital." Ricardo foi decisivo e disse em tom de comando.
Antes mesmo dela ter a chance de responder, ele a ergueu nos braços e a carregou para o seu carro.
Avisando a todos, ele saiu em disparada.
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No hospital
Manuela estava preocupada com as crianças, e não conseguia relaxar de jeito nenhum.
Ricardo depois de preencher a ficha de admissão, foi até ela e a tranquilizou, garantindo que iria pedir a Leila para pegar as crianças na creche, para ela não se preocupar.
O trabalho de parto foi difícil, após quase quatro horas, o médico decidiu por uma cesariana, e chamou Ricardo para assinar.
"Senhor! A sua esposa está dando sinais de Eclâmpsia e recomendo fazer uma cesariana, e para isso preciso da sua autorização." O médico disse seriamente.
O cérebro de Ricardo quase virou mingau, ao ouvir o doutor rotulá-lo como marido de Manuela, mas como percebeu que nenhuma das pessoas entre os contatos de Manuela sequer atendeu a ligação, se comprometeu e assinou.
Mais algum tempo passou
Quando o médico apareceu novamente, o parabenizou por ser pai de uma linda garotinha, e disse-lhe que Manuela estava bem e dormia, e provavelmente só acordaria algumas horas depois.
"Obrigado doutor! Vou para casa buscar roupas e daqui a pouco estou de volta."
Ricardo entrou no carro, e dirigiu até o local de trabalho de Leila.
Leila saiu rapidamente com Ricardo ao saber que Manuela havia dado a luz.
Ricardo foi com Leila até a casa de Manuela, entregou a bolsa dela que estava com ele a ela, e com a chave entraram na casa e pegaram o necessário.
Manuela já deixou uma mala pronta, e isso facilitou o trabalho dos dois jovens.
"Ricardo obrigada por tudo! Vou buscar as crianças e depois vou para o hospital. Será que você pode levar isso primeiro?" Leila agradeceu e pediu a Ricardo para levar a pequena mala para o hospital.
"Sem problemas!" Ricardo respondeu e entrou no carro.
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Atualizado até capítulo 67
Comments
Elza Teodoro
sempre tem alguém uma alma carinhosa ❤️
2024-05-23
2
Thayssa Pedro
Será que o médico não viu que a cara da menina não é parecida com a dele? ou será que ela é a cara da mãe por isso ele não duvidou?
2024-01-12
0
Lucia Carla
mostra as fotos do personagens
2023-10-11
1