As quatro da tarde, para não deixar o aniversário de dois anos da sua filha passar em branco, Manuela e os gêmeos cantaram parabéns para a pequena Luana, com o bolo simples preparado por ela.
Após comerem o bolo e brincar durante um bom tempo, as crianças estavam cansadas e logo adormeceram.
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Manuela estava sentada, e a sua frente o envelope aue lhe foi entregue pela manhã, foi aberto.
De dentro dele, ela tirou os seguintes documentos.
Uma via do acordo do divórcio entre ela e Jonas, uma outra que afirmava que ela tinha a guarda total das crianças e também as certidões de nascimento originais, já que as que Jonas mostrou antes eram apenas cópias.
As crianças agora tinham somente o seu sobrenome.
Albuquerque
Mas o que a chocou, veio a seguir.
O que viu, foi um golpe pesado nesse momento.
O dinheiro da sua conta conjunta, a loja que pertenciam ao casal e a pequena casa em Bertioga que estava no nome dos dois
Jonas havia tomado para si.
Também, tinha um relatório com um depoimento dado por Jonas, onde ele afirma não ser o pai biológico de nenhuma das crianças nascidas de Manuela, e que os imóveis e o dinheiro deveriam pertence-lhe, pois o mesmo os sustentou e apoiou na criação de parte da sua infância deles.
Assim como tal, também foi isento de pagar pensão, e recebeu todos os benefícios solicitados como indenização.
O duro golpe fritou a mente de Manuela, deixando-a sem chão
"Ridículo! Como podem afirmar as coisas baseando-se apenas nas palavras de um dos indivíduos? Sem pedir nenhum exame adicional como prova, eles simplesmente tiram tudo da mulher, e entregam ao homem mau-caráter de mão beijada."
Manuela disse a si mesma, balançando a cabeça em negação e com as lágrimas caindo dos seus olhos mais uma vez.
"Jonas porque renegar os nossos filhos?"
Manuela não se importava com o dinheiro ou os bens, mas sim com a mágoa que as crianças iriam sentir no futuro, no dia que descobrirem que o seu próprio pai os renegou abertamente, os abandonando.
Manuela chorou muito, mas muito mesmo, até os seus olhos estarem vermelhos e inchados.
Cansada, ela lembrou-se que pelo menos ainda tinha um teto para morar.
Após um tempo recompôs-se.
"Graças a Deus o meu pai fez a escritura dessa casa em meu nome antes de casar, ou Jonas faria eu vender e dar o dinheiro para ele, ou até pior."
Pelo celular, ela entrou no aplicativo do banco, e verificou o seu saldo na conta conjunta.
Acesso negado! Apareceu na tela do seu telefone.
Resolveu então ligar, só para descobrir que a sua conta foi encerrada por Jonas a uma semana.
Foi aí que ela lembrou, que ainda tinha algum dinheiro guardado em casa.
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De dentro de uma lata na cozinha, Manuela retirou o dinheiro de troco que sempre guardava ali e o contou.
"Poxa! Nem trezentos reais! Ainda é início de mês, tem as contas, compras, agora o pré-natal, o remédio para a alergia e para o tratamento de Henrique."
"É tanta coisa! O que posso fazer?" Manuela quis chorar e fugir, mas sentou-se para pensar no que fazer a seguir, afinal ela tinha as três crianças e mais um chegando.
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No início da noite, ela havia feito várias ligações.
O PAI \= Problema seu que não conseguiu segurar o seu homem e foi abandonada, já fiz muito ao dar essa casa a você. Se vira. E desligou
A MÃE \= Não temos como ajudar filha, sabe que estamos agora mais velhos e cansados da luta. Agora que já a criamos, já é hora do seu pai e eu, viver a nossa vida. Além disso ainda temos os seus irmãos mais novos, que ainda precisam de nós, afinal eles ainda são jovens. E desligou
KÁTIA \= Oi, então eu ia ligar antes, mas casei com o homem que amo, e agora estou morando em outro lugar com ele, e não tenho como ti ajudar. E aproveitando que você ligou, preciso dizer que não vou mais conseguir ser a madrinha das crianças. Desejo que saia dessa e viva bem! E desligou, bloqueando a.
Para todos que ligou, ela ouvia uma resposta semelhante de NÃO AJUDO, nas palavras não ditas.
Manuela nem teve tempo de falar mais de uma frase, antes de ser cortada e a chamada desligada.
"Caraca! Fiz tudo por essas pessoas, eu estava lá quando precisaram de mim, eu sempre arrumava um tempo e um jeito de ajudar a resolver os seus problemas ou apoiá-los, e agora que sou eu quem necessita de uma mão… suspiro."
"Pai, mãe! Onde os meus irmãos são jovens? Um tem 27 e o outro 24. Só eles são seus filhos?" Manuela murmurou desanimada.
"Deixa pra lá!"
"Não vou mais pensar nesses ingratos. Se um dia precisarem de mim novamente, hehe, que vão a merda. Eu sou paciente, vou esperar por vocês."
Manuela amaldiçoou cada uma das pessoas que a negaram no seu coração.
Desanimada, ela pegou algum dinheiro e foi ao mercado próximo comprar arroz, já que tinha menos de meia xícara na lata, e mistura para fazer o jantar das crianças
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Após a rejeição nos dias que se seguiram, Manuela saia cedo todos os dias em busca de trabalho. deixando os seus filhos com a vizinha. Mas por estar grávida e desatualizada, ninguém a contratou.
Então uma semana depois, ela decidiu colocar o seu único bem a venda.
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Um mês depois
"Mamãe, nós vamos morar aqui?" Caio perguntou, assim que entrou na casa estranha com a sua mãe e irmãos.
"Sim! Agora mamãe tem que cuidar de vocês e do irmãozinho na minha barriga sozinha. Por isso a mamãe vendeu a outra casa e comprou essa menor, a mamãe tem que guardar um pouco de dinheiro para a gente viver por um tempo.". Manuela explicou
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A nova residência da família ficava no extremo leste da zona leste, num bairro de periferia onde a vida era um pouco mais difícil, mas Manuela tinha certeza de que conseguiria cuidar dos seus filhos, e dar-lhes uma boa vida e educação.
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Atualizado até capítulo 67
Comments
Elza Teodoro
não tenho vergonha fui uma quase Manoela
2024-05-23
0
Elza Teodoro
tem várias Manuela neste mundo que triste
2024-05-12
1
Rosemary Oliveira Passos
Ladrão😠
2024-03-30
0