Dois meses depois
Manuela conseguiu vaga numa creche próxima a sua nova casa para as crianças
No primeiro dia que deixou as crianças na creche, o seu coração parecia que ia sangrar, por ter que se separar dos pequenos.
Aproveitando que tinha o dia livre, foi ao posto de saúde para marcar a sua consulta para o pré-natal, pois já estava com quatro meses de gravidez, fez compras para o mês no mercado, e ainda comprou algumas necessidades para as crianças.
Passando em frente de uma loja de consertos e vendas de máquinas de costura, ela entrou.
"Senhor! Com licença! Tem alguma máquina simples e barata aqui?" Manuela perguntou ao homem, que estava atrás do balcão.
Quando ela era criança, aprendeu a costurar com a sua avó paterna, e gostou muito dessa experiência.
Após ver alguns modelos na loja, fez a compra da sua máquina e de alguns acessórios para costura.
Ao sair chamou um táxi para voltar.
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Passava das dez horas da manhã, quando Manuela terminou de arrumar as coisas que comprou e trouxe para casa.
Cansada, tomou um banho e decidiu ir até a lojinha de tecidos do bairro, e fazer mais algumas compras.
Na volta, Manuela estava conversando com a sua vizinha Leila, que ela encontrou ao sair da loja.
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Alguns dias depois, ela pagou para uma outra vizinha cuidar de Caio e Luana, e saiu com Henrique para a clínica onde ele era tratado.
As onze horas da manhã no consultório, o médico felicitou Manuela e o pequeno Henrique. "Senhora! O seu filho agora só precisa tomar a vacina para alergia duas vezes ao ano, e o seu estado de saúde é o mesmo que qualquer outra criança."
Manuela que ainda chorava todos e as noites de tristeza por seu amor perdido, e pela rejeição de família e amigos, sentiu pela primeira vez que foi abençoada.
O seu menino estava bem.
Após se despedir do médico, ela levou Henrique até uma lanchonete próxima a clínica, e comeram um lanche antes de retornar para casa.
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Quando chegou em casa, pegoi as crianças na vizinba, fez o seu trabalho diário e foram deitar cedo.
No seu quarto, assim que fechou a porta atrás de si, sentiu o seu coração doer e as lágrimas desceram, lavando o seu rosto.
Olhando para o seu reflexo no espelho, deu um sorriso que era mais feio que o choro
"Pelo menos consegui comprar uma casa, e cuidar do meu filho antes que o meu pai viesse até mim. Quem disse que todos os pais do mundo protegem os seus filhos, e os ama profundamente? Que piada! E agora? Eu preciso de um emprego urgente. Quem diria que depois que vendi a casa, até pensei que poderia ter um período tranquilo com os meus filhos e ter uma gestação sossegada. Eu realmente sou uma tola!"
Manuela estava devastada pela tristeza, já que nunca imaginou que o seu pai viria até ela, e iria cobrar a mesma quantia de dinheiro, que ele havia gasto anteriormente com a compra da casa que ele lhe deu de presente.
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Na semana seguinte os vizinhos observavam a sua nova vizinha sair cedo para levar os seus filhos na creche, e voltar a tarde com dois carrinhos de feira cheios de reciclagem e papelão.
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Num domingo Manuela estava lavando roupas, quando Leila chamou no portão
"Manú! Tenho um emprego para você!" Leila disse, assim que viu Manuela caminhar na sua direção.
"Nega! Você, assim como todo o mundo sabe onde trabalho né? Então o chefe tá precisando de uma pessoa pra limpar, ele paga cem reais por dia mais dez da condução. E eu falei de você, e também expliquei da sua gravidez e que tem as crianças. O horário é das oito da manhã até a hora que você terminar de limpar. Quer tentar? A casa é tranquila e as meninas também. Lá não é muito grande." Leila ansiosa e empolgada, disparou a falar assim que entrou.
Manuela não tinha preconceitos e não pensou muito antes de responder. " Eu vou."
"Ok! Vou ti dar o endereço! De lá da creche tem lotação que pára quase em frente da casa. Quarenta minutos no máximo dá pra chegar." Leila falou, enquanto anotava o endereço.
"Vou voltar! Também estou lavando roupa e faxinando hoje. Até amanhã!" Leila chegou e saiu com pressa..
Manuela tocou a sua barriga, enquanto agradecia por conhecer uma garota tão boa. Primeiro ela a ajudou com a creche e agora um emprego. Elas nem se conheciam bem e a garota estendeu a mão amiga para ela.
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No dia seguinte
Logo após deixar as crianças na creche, Manuela seguiu para o endereço dado a ela por Leila.
Quando chegou, tocou a campainha e aguardou ansiosa. Era a primeira vez que entrava num prostibulo, ela estava nervosa.
Um homem moreno e magro com um rosto bonito, abriu a porta e olhou para ela.
Antes que ela tivesse a oportunidade de falar, ele disse. "Olá! Eu sou Júnior o dono do lugar, e você deve ser Manuela? A amiga da (Carol), certo?"
"Sim!" Manuela respondeu, ela já sabia que Leila trabalhava como Carol.
"Entre! Entre! Vou explicar o que é preciso fazer, e deixar você passar por um período de experiência de uma semana. Se der certo você fica ok? Eu também pago diariamente cento e dez reais e você pode trazer de casa a sua marmita. Aqui na casa tem cozinha com microondas e fogão para cozinhar e aquecer a sua comida. Vou ti dar uma chave reserva, pois as vezes tenho que sair com o meu marido, e chego mais tarde." Júnior era extrovertido e conversou muito com Manuela deixando-a à vontade, enquanto mostrava o lugar.
Após dizer o que devia ser dito, ele deixou Manuela trabalhar, e foi cuidar de fazer as suas coisas.
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Atualizado até capítulo 67
Comments
Elza Teodoro
💖
2024-05-23
0
rafamendes
vc vai vencer manu
2023-10-20
2
pila souza
Ela é guerreira.
2023-09-08
5