capítulo 20

#MAYA#

Bom, chegou o dia do meu casamento, estava extremamente nervosa e com muitas dúvidas, não sei se é certo deixar o Allan assumir o meu filho.

Sinceramente não sei aonde a minha vida se perdeu, sempre tentei fazer tudo certo, para deixar os meus pais orgulhosos.

Naquela noite, pela primeira vez, meus pais me deixaram ir ao baile, disseram que o meu primo Allan, queria falar comigo.

Sempre achei ele lindo, mais sei que ele nunca olharia para mim, ele é o futuro dono do morro, pode ter e tem a mulher que ele quiseria.

Nunca pensei muito em namorar, me foquei em meus estudos, queria orgulhar os meus pais.

E quanto ao fato de namorar, eu pretendia me entregar a alguém que eu amasse e me amasse também, mais tudo mudou aquela noite.

Apartir daquela noite, o Allan tem sido incrível, maravilhoso para mim, cuida de mim, me protege, sinto-me segura com ele.

Exitei um pouco em aceitar o seu pedido, ele está assumindo uma responsabilidade que não é dele.

Mais conversamos e ele disse, que se não estivermos felizes, nós divorciamos e ele irá continuar sendo o pai do meu filho, e acho que ele se sairá muito bem.

A cerimónia seria no jardim da mansão dos meus tios, a tia Rebeca não economizou, ela disse que era uma data muito importante e aguardada pelo Allan.

Logo pensei que o sonho dele era se casar, e lá estava eu, impedindo que ele de encontrar uma mulher que ele ama.

Logo cedo, a Ju me buscou e me levou até a casa dos pais dela, onde me deram um dia de princesa.

Recebi massagem, fiz minhas mãos e meus pés, me maquiaram e me ajudaram a colocar o vestido de noiva que eu escolhi.

Escolhi um vestido simples, mas muito bonito, nunca gostei de chamar a atenção e agora não iria ser diferente.

FERNANDA - Nervosa?

MAYA - Um pouco.

REBECA - Normal, a segunda vez que eu casei, também me senti assim.

JULIANA - E a primeira mamãe?- Perguntou com um tom de deboche.

REBECA - Eu queria matar o noivo.- Disse rindo com a filha, nunca entendi o humor sacana das duas.

PÉROLA - Você não convidou muitas pessoas, né miga?

MAYA - Não, só você, a Tina e a Dandara.

JULIANA - Da-Dandara? A da confeitaria?

MAYA - Sim, eu gosto muito dela, inclusive ela vai vir com uma garota, acho que é a namorada dela.

FERNANDA - Não sabia que ela é lésbica.

REBECA - Realmente ela não parece.

JULIANA - E tem algum problema, ela gostar de mulheres.

REBECA - Nenhum, cada um ama quem quiser, somos todos livres.

Juliana deu um mini sorriso de lado, conversamos mais um pouco, depois elas foram para os seus lugares.

As minhas madrinhas serão a Fernanda, Juliana, Chiara e a Pérola, que é praticamente a única amiga que eu tenho fora da comunidade.

JULIANA, FERNANDA E CHIARA.

PÉROLA

Também convidei a Dandara, gosto dela, ela vira acompanhada de uma amiga que fez no asfalto, acho que seu nome é Angel.

DANDARA

ANGEL

Os padrinhos, por escolha do Allan, serão, o Gael, Elon, DF e o Jorge, que quase implorou para ser o acompanhante da Pérola, ele parece bem interessado.

GAEL

ELON

DF

JORGE

O Allan estava lindo naquele terno sobre medida, agora sei por que todos o chamam de príncipe.

Meu pai me levou até o altar, estava bem nervosa, mais segui em frente, Allan sorriu para mim, me deu um beijo na testa e me ajudou a subir no pequeno altar.

O padre realizou a cerimônia e em poucos minutos estávamos casados, o Allan parecia radiante.

Após a festa acabar, Allan e eu fomos para o aeroporto, os pais dele compraram passagens para nos, fomos para um resort no Rio de Janeiro.

#DE VOLTA A FESTA#

JULIANA - Um brinde aos noivos.- Disse levantando o copo de whisky.

JORGE - Que azar, a minha era pura, o desgraçado roubou isso dela, e agora tá grávida.

FERNANDA - O Allan vai ser um bom pai.

GAEL - E quanto ao desgraçado, ele tá com os dias contados, a sodoma e gomora, não perdoa estrup@dor.

JULIANA - A Império também não.

PÉROLA - É bem como a Maya falou.- Disse sorrindo.- É tudo bandido?

JORGE - Não somos bandidos, somos criminosos, temos classe.- Todos deram risada.- Vocês são irmãs?- Perguntou olhando para Pérola e Oliva.

OLIVIA - Sim, temos a mesma mãe.

PÉROLA - Mais diferente de mim, a "Via" não foi criada pela minha avó.

OLIVIA - A nossa mãe, me abandonou quando eu nasci, fui adotada por um casal que morava lá no morro do alemão, mais recentemente viemos para cá.

IGOR - Você tem namorado?

OLIVIA - Com que tempo, tenho que trabalhar e estudar.

PÉROLA - Já falei, de quiser ir morar comigo, só vai ter que se preocupar com a escola.

OLIVIA - Valeu irmã, mas sabe que eu gosto de conseguir as minhas coisas.

CHIARA - Bonito isso, bom, agora eu vou indo, já tá tarde.

DF - Eu levo você.

DF colocou os gêmeos no carro, eles ficaram muito felizes de terem passado o dia todo perto do pai, eles estavam com muita saudades.

Ele os levou até a casa, as crianças pediram que ele as colocasse na cama, ele fez, contou uma história, cobriu e deu um beijo na testa dos dois.

DORINHA - Ti amo papa.

DF- Eu também coisinha.

DORINHA - Tara com sudade.

DF- Eu prometo que eu vou vir mais.

Dois gêmeos dormiram e DF saiu do quarto, indo em direção a saida, mais antes, ele se deparou com Chiara na sala.

CHIARA - Podemos conversar?

DF- Chiara, tá tarde e eu não quero brigar, outra hora nós falamos.

CHIARA - Você vai pedir o divórcio?- Perguntou com medo da resposta.

DF- Ainda não sei.- Disse indo até a porta.- Amanhã eu venho buscar as crianças para passarem o dia comigo, ta?- Avisou.

CHIARA - Está bem.

Disse e saiu, voltou para o carro e deixou lágrimas cairem, machuva tanto ver a Chiara, depois ele foi para a casa dos pais, tomou um banho e dormiu.

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