capítulo 18

#IGOR#

O amor é uma coisa que já não me interessa, acho lindo o amor dos meus pais, mais já tive uma desilusão amorosa e não tô afim de ter outra.

A dois anos, eu me apaixonei por uma garota e era um muleque, tinha quatorze anos e fiquei feliz de um mulherão como a Raquel olhar para mim.

RAQUEL, 21 ANOS.

Ela é cinco anos mais velha do que eu, mais não me importei, achei que ela gostasse de mim também.

Perdi a minha virgindade com ela, foi incrível, mais com o passar do tempo, a Rebeca que eu conhecia, parecia estar desaparecendo.

Durante um ano fiz tudo que estava ao meu alcance para ser um bom namorado, cada mesada que eu ganhava, eu dava um presente que ela mesma escolhia.

E a cada presente, a Rebeca estava ficando cada vez mais difícil de se agradar, chegou em um ponto que a minha mesada, já não dava para os luxus dela e eu tinha que deixar para o outro mesma.

Então arranjei um emprego de meio período como entregador, assim consegui continuar dando os presentes que a minha gata merecia.

No décimo primeiro mês, ela me disse que era melhor eu entrar na boca, porque dava muito mais dinheiro do que ficar estudando e trabalhando, recebendo um salário medíocre.

Mas eu falei que não, amo a minha família, mais não quero seguir os passo deles, o meu maior sonho é ser médico e me dedico a isso.

Quase um mês se passou e eu notava que a Raquel estava cada vez mais estranha.

Não era sempre que me atendia, demorava o dia inteiro para responder as minhas mensagens e aparecia só para pedir dinheiro, e eu tonto ainda dava.

Até para gente transar era um burocracia, eu tinha que levar um presente que agradace ela, tava parecendo que eu namorava uma prostituta.

Mais eu ainda inocente, pensei que ela só estivesse ocupada, então como era o nosso primeiro ano de namoro, pedi um dinheiro emprestado ao DF, e comprei um baita colar de diamantes.

Descidi fazer uma surpresa, fui logo cedo para a casa dela, queria surpreende-lá, mais quem foi surpreendido, fui eu.

A porta estava meio aberta, entrei com cautela, não sabia se era assalto, mais ai comecei a escutar gemidos do quarto.

Fui direto na porta do quarto, eu iria confronta-lá, mais, aí começei a escutar a conversa deles.

HOMEM - Então, quando irá tirar dinheiro de verdade daquele trouxa?

RAQUEL - Eu vou dar um jeito, mais ao contrário dos pais e do irmão, ele é pobre, ele quer trabalhar para conquistar as próprias coisas.- Disse rindo.

HOMEM - É um idiota, mais você tem que convencer ele a entrar na boca, se ele mostrar que é responsa, o pai dele pode colocar ele como sucessor.

RAQUEL - Pode deixar, mais se não der certo, mudamos a vítima, é só ele me colocar no camarote da família, e aí eu sento para qualquer dono de morro ou vapor que tenha mais futuro do que ele.

Sai de lá irado e voltei para casa, fui para o quarto e comecei a chorar, fiquei lá por dias, eu pensei em me matar.

Mais mandaram um anjo para mim, eu tava com a navalha na mão, pronto para cortar os pulsos, quando escutei batidas na porta.

LUIZA - Irmão.- Joguei a navalha correndo no lixo e fui abrir a porta.- Oi!- Disse sorrindo.

IGOR - O que faz aqui Luiza.- Disse tentando parecer calmo.

LUIZA - Eu tava com saudades.

Meu peito doeu, senti um arrependimento tremendo, como pude pensar em acabar com a minha vida, por causa daquela p#ta.

Abaixei e peguei a minha irmãzinha em meus braços e comecei a chorar, fiquei pensando, se eu tivesse seguido em frente e a Luiza me encotrasse, o que isso poderia fazer com ela no futuro.

Tomei coragem e voltei a sair de casa, agora ignorando completamente a Raquel.

Comecei a sair com outras garotas, sem compromisso, por isso, só pegava as marmitas, as moças docentes mereciam mais do que eu.

Se passou um ano desde o término com a Raquel, mais ela continua me perseguindo, tenta se justificar, dizendo que foi um mal entendido, mais não sou moral.

Não quero me apaixonar de novo, não quero voltar a sofrer, ainda bem que nenhuma garota me chamou atenção nesse sentido, não até hoje.

Minha mãe tava com vontade de comer um bolo da confeitaria da Dandara, a mina tem mãos de fada, ela faz os doces mais gostosos da comunidade.

A dona Paula fez uma encomenda e me mandou ir buscar, chegando lá, chamei e apareceu uma mina divina.

MINA - Boa tarde, o que deseja?- Fiquei hipnotizado com aqueles olhos.- Tudo bem?

IGOR - Sim, eu vim buscar a encomenda da Paula Santana.

MINA- Claro, eu vou pegar.

IGOR - Você não é daqui.

MINA- Não, me mudei tem pouco tempo, a Dandara me contratou e cedeu a casa dela.

IGOR - Legal, eu sou o Igor.

MINA - Prazer, Olivia.- Disse apertando a minha mão.- Aqui está a sua encomenda.- Disse me entregando a caixa.- Volte sempre.

IGOR - Com certeza.- Disse saindo.

Voltei para casa e fiquei pensando naquele bela ninfa dos olhos verdes, e tentando entender o que ela havia feito comigo.

OLIVIA, 17 ANOS.

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