capítulo 4

#FERNANDA#

Sou muito grata aos meus pais, me acolheram e me amaram como se fosse filha deles se verdade.

Posso dizer que só sou essa mulher, por que eles estiveram na minha vida, me formei médica, com uma especialização em pediatria, mais amo o ramo imobiliário.

Tenho várias propriedades alugadas pela cidade, um dos meus Hobbes, é comprar casas caindo aos pedaços e depois reformar eu mesma, e depois as alugo, até que tenho um bom patrimônio, mais não sou de gastar compulsivamente.

Sou completamente apaixonada pelo Gael desde menina, mais ele nunca me olhou, minha mãe, meu pais e meus irmãos já me disseram várias vezes, para eu desistir de conquista-lo.

Mais eu não quero, sempre disse que iria conseguir o amor dele, sempre fui determinada, eu não pretendia deixar para lá, não até hoje.

Era o dia da nomeação da minha irmã, fomos todos lá prestígia-la, descidi não me envolver com a máfia e nem com o morro.

Apesar de que eu tinha direito a máfia que o homem que me colocou no mundo deixou, mais descidi abdicar dessa parte para a Juliana. Eu nasci para salvar e curar vidas, não nasci para tirá-las.

Cheguei na sede com a minha família e como sempre fui procurá-lo, como não encontrei ele no salão, fui até o escritório, e escutei ele falando com o primo dele.

CAIO - E o seu cachorrinho, já chegou?

GAEL-Ainda não vi, vou ver se consigo fugir dela, essa noite para váriar.

CAIO- Até que ela é gata.

GAEL - É bonitinha, mais vive no pé, parece que tá no cio.

Disse depois riu junto com o amigo, e nesse momento o meu coração se partiu.

Voltei para junto da minha família, consegui segurar o choro, não daria esse gosto a eles, mais como sempre o Allan, o meu melhor amigo, percebeu que havia algo de errado.

ALLAN - Sabe que eu te amo né?

FERNANDA - Sei pirralho.- Disse abraçando o meu caçula.- Eu também te amo.

ALLAN - Pode me contar o que quiser.

FERNANDA - Eu estou bem, não precisa se preocupar, só acordei para a vida, vamos deixar a Ju curtir o momento dela.

Durante o resto da noite, eu tentei evitar olhar direito para o Gael, acho que ele achou estranho, pois não parou de me olhar.

Depois da festa, que até que foi divertido no final, fomos todos embora, pedi que me deixassem no meu apartamento.

Meu pai me deram uma cobertura quando fiz dezoito anos, durante a semana, por causa do trabalho eu moro aqui no asfalto, de vez enquando, quando não tenho plantão, durmo na comunidade.

Entrei e fui direto para o banheiro tomar um banho, deixe as lágrimas cairem, enquanto estava debaixo do chuveiro, tava lavando a minha alma, iria ser a última vez que eu iria chorar pelo Gael.

Depois coloquei um baby Dolly, me deitei na cama, decidida a nunca mais implorar o amor de ninguém, só vou gostar de quem gosta de mim, e principalmente, vou aprender a me amar.

No dia seguinte fiz a minha rotina de sempre, acordei cedo, fiz a minha higiene pessoal, preparei um café da manhã saudável e saí para correr.

Fui até um parque que sempre vou, é bem perto do meu prédio, então é cômodo para mim, vou lá pelo menos quatro vezes por semana.

Corri durante uma hora, depois me alonguei para ir embora, notei que um moço muito lindo, não tirava os olhos de mim, mais quando olhei, ele. disfarçou, sorri e fui embora.

Voltei para casa, tomei um banho, comi uma fruta e fui trabalhar, em menos de quinze minutos, estacionei a monstra, minha moto, na frente do hospital.

Fui me trocar e logo comecei o meu plantão, atendi alguns pacientes até a hora do almoço. Comi e descidi descansar um pouco, já que faria uma cirurgia um pouco dificil a tarde.

Depois que acabei de comer, o diretor me chamou, para me apresentar o novo cirurgião do hospital, que também iria me auxiliar na minha operação.

Fui até a sala dele, entre e por conhecidencia, o rapaz que estava me olhando mais cedo estava sentado a frente do diretor do hospital.

DR. MELENDES- Boa tarde Fernanda.

FERNANDA - Boa tarde senhor.

DR. MELENDES - Esse é o doutor Camilo Paiva.

CAMILO- Prazer doutora.- Disse se levantando e apertando a minha mão.

FERNANDA - Prazer.

DR.MELENDES - Pode apresentar o hospital para ele?

FERNANDA - Claro.

Mostrei todo o hospital para ele e fomos conversando, ele era uma companhia muito agradável.

Acho que me darei uma chance, vivi tempo de mais por um homem que nem sequer era meu, agora quero ser feliz.

CAMILO

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