Um passado sombrio

Quando observo a Kessy desmaiar a pego nos meus braços e saio da sala correndo.

Melissa que estava chegando se assusta, Beatrice que estava sentada na mesa levanta num pulo. As duas falam em uníssono.

-O que aconteceu.

-desmaiou, Lyan já está lá em baixo né?

— Esta sim, acabaram de chegar, imagino o que pode ter causado o desmaio. Fala Melissa

— Vamos rápido para o hospital, pois ela sentiu uma dor de cabeça muito grande, pode ser perigoso. Fala Pietro

— O que aconteceu com ela? Lyan pergunta abrindo a porta e Pietro entra com a Kessy no carro lá sentiu uma dor de cabeça muito forte.

— Entendo. Lyan sabe que outra caixa foi entregue hoje então imaginou que o conteúdo dela pudesse causar a dor de cabeça, será que ela está começando a lembrar.

— para o hospital, Lyan infelizmente só vou poder ir no final do dia estarei lá tenho mais três reuniões, era para a Kes ir a empresa não pode parar.

— Tudo bem Melissa eu já estou indo com ela e qualquer coisa o Lyan também vai está lá, não pode deixar a empresa bagunçada.

— Mande notícias dela.

— Mandarei. Responde Pietro

Eu vejo o carro sair em direção ao hospital. Entro na sala de Kessy, pego a foto que está no chão e a olho, leio o que está no verso isso não pode ter gerado a dor de cabeça deve ter sido a gravação.

— Melissa aceita um chá? Pergunta Beatrice

— Aceito sim. Falo colocando a foto na caixa novamente.

Beatice entrega-me a xícara e tomo um gole -hummm que delícia.

— Amo chá de menta. Fala Beatrice apreciando o gosto também

— Você tem uma tristeza tão grande no seu olhar Beatrice, ao mesmo tempo que desconfio de você, percebo a sua tristeza.

— Mel posso te chamar assim né? É que nem tudo na vida é como nos esperamos que seja chega um momento da vida que nos sentimos frustrados, queria sumir e deixar todos os meus problemas de lado, mais aí penso novamente é perigoso os problemas irem atrás então é melhor ficar aqui, é igual o ditado se ficar o bicho pega se corre o bicho come.

— É a vida não é um desafio fácil, pode sim, me chamar Mel, quando for a hora da reunião bate na minha porta.

-Bato sim. Fala Beatrice

Então continuo o trabalho de onde Kessy parou, acredito que se

Dou entrada no hospital o médico fez exames nela e disse que fará outros quando ela acordar vai fazer mais alguns.

Vejo Lyan entrar.

-como ela está?

-O médico não sabe ao certo os exames precisam ficar prontos, expliquei o que aconteceu a dor de cabeça do tão forte que apagou ela.

Meu telefone toda.

-Papai socorro tem uma cobra no meu quarto papai, vêm rápido a Kate saiu para ir ao mercado e apareceu ela é enorme pai.

-Estou indo para aí agora fique o mais longe possível da cobra está me ouvindo bem, se ela estiver longe vá para o banheiro verifica antes se tem alguma dentro não tendo se tanque no banheiro e espere eu chegar.

— Ta papai.

— Eu ouvi bem uma cobra? aquele condomínio é impossível de ter uma cobra.

— É o que pensei Lyan, isso não está me cheirando bem, estou indo em casa não desgruda da Kessy.

-Pode deixar não vou sair de perto dela.

saio correndo do hospital, ligo para Rodolfo.

-Rodolfo vai você e mais 5 homens para casa preciso revirar aquela casa de cabeça para baixo, quero que você leve a Manuela até a mansão da Kessy ela vai ficar lá.

— O que aconteceu?

— Colocaram cobras na minha casa

Grita Pietro doido de preocupação com a filha.

— como é que é?

— corre Rodolfo, não sei quantas são a Kate saiu ela pode acabar sendo picada.

— Entendo, já estou a caminho.

Dirijo igual um pouco quando chego Rodolfo já está em casa

— Coloca essas botas Pietro não quero nenhum de nós tomando picadas a toa.

Nesse momento Kate chega cheia de sacolas.

— O que muvuca é essa?

— Kate vou trazer a Manu quero que você vá para a casa da Kessy vocês só vão voltar depois que eu achar as cobras.

Corro quando ouço um grito da Manuela, quando entro no quarto vejo duas cobras

— Meu Deus! quem foi o doente que pode ter feito isso?

Quando abro o banheiro vejo Manuela dentro do box e uma cobra pelo lado de fora.

- como conseguiram colocar tantas?

Em desespero passo as mãos na cabeça e logo um segurança meu chega com algumas bugigangas.

— Para que serve isso?

— O para pegar as cobras sem dificuldades e sem machucar elas, alguém colocou elas aqui então não podemos simplesmente matar.

— Sabe lidar com as cobras?

— sim Senhor fui treinado no exército, fiquei anos em terreno cheia dessas belezinhas. Fala com um sorriso.

Vejo o cara pegar as três e colocar em caixas de plástico com buracos pequenos, presumo que seja para ventilação.

— Eu estava fazendo a segurança do senhor Pretov quando Rodolfo me ligou aí deixei o outro cara lá e corri contra o tempo.

— Obrigada.

Faço uma mochila para a Manuela com tudo o que ela precisa para passar alguns dias la até eu ter certeza que pegamos todas.

Um arrepio percorreu todo o meu corpo arrepiado o meu couro cabeludo de uma forma como nunca senti antes, vou-te matar com as minhas próprias mãos seu desgraçado, ameaçar a mim é uma coisa a minha filha aí as coisas sobe de nível.

Vejo Rodolfo levar a minha filha junto com a Kate, uma sensação de alívio percorre o meu corpo

— Senhor corre aqui, já sei de onde colocaram elas.

— Por onde?

— O cano do esgoto se a pessoa ter noção de encanamento e conhecer a planta da construção do condomínio fica fácil pois as casas são uma longe da outra e os canos são em linha reta senhor e cada casa tem o seu encanamento de esgoto a única coisa que precisamos descobrir é onde tem um ralo fora do lugar para elas terem entrado tem que ter um buraco aberto.

— Como você soube disso?

— No livreto sobre a história do condomínio em cima da sua estante na sala, se aqui tem uma nas outras casas também deve ter.

- Sim está lá a algum tempo, eu quebrei esses dias atrás uma torneira e desci do meu quarto com o livreto, sempre que compramos uma casa aqui eles dão um desses foi assim comigo, deve ser assim com os outros.

— Então senhor a pessoa que colocou as cobras aqui tenho acesso a um livreto desse pode pode muito bem saber onde colocar as cobras.

Vejo um outro homem meu se aproximando encontramos mais uma na cozinha e uma na lavanderia mais a que está na lavanderia tem algo grudado nela.

-Algo?

— Sim, parece uma carta presa com fita adesiva, a cobra está muito agressiva acredito por ter sido sujeita a isso.

— Paulo você que se dá bem com elas tira a carta não lê, trás aqui para mim, enquanto isso vou olhar as câmeras de segurança acredito que por lá vou descobrir por onde elas entrou.

Ligo a TV da sala e vou prestando bastante atenção então vejo uma entrando pela porta da cozinha aberta passa perto do pé da Kate que está lavando os pratos percebo que tem algo grudada nela e essa segue até a parte que liga a lavanderia a cozinha a porta está aberta então o acesso dela é fácil vejo que ela é mais rápida que as outras nervosa está com algo grudado no corpo, a outra se enrola embaixo da mesa as outras entrando também, observo o momento em que cada uma delas sobem as escadas e vão para o quarto da Manu.

— Parece até um imã elas vão direto para o quarto da Manuela, seria muita loucura acreditar que elas são atraídas por crianças?

— Cara assistir isso é muito assustador.

Pietro da, um pulo deixando o controle remoto da televisão cair e se partir em dois, o coração bate forte no peito o susto foi grande.

— Filho de uma mãe abençoada, que susto seu imbecil.

— Foi mal amigo, não percebi que estava tão concentrado.

— Não achei por onde elas entraram.

— Tem outro controle reserva ?

— Tem o da Manu que fica no quarto dela, vou lá buscar.

Entrego o controle da Manuela para ele e Paulo me chama.

— Não conseguir salvar ela, estava com um curte na parte inferior do corpo é como se tivessem torturado essa cobra antes para ela ficar irredutível, se alguém recebesse uma picada dela a quantidade de veneno seria enorme, falar igual meu pai, é mais fácil lidar com uma mulher chateada do que uma cobra brava.

— falou tudo isso para dizer que ela de todas seria a mais perigosa e passou pertinho do pé da minha funcionária?

— Isso aí, uma picada dela além da dor seria morte na certa, não recebendo os cuidados a tempo adeus.

Após falar entrega a carta, abro e o que vejo deixa chateado, irado possesso de raiva e uma pitada de medo ao mesmo tempo.

Quanto tempo Pietro kkkkk você não me conhece, porém, eu te conheço, a Kessy falou tanto de você que tinha te conhecido no acampamento que eu não pude ir.

A primeira vez que te encontrei foi na escola antes de ir embora e não fui com a sua cara, até parecia que a minha Kessy estava apaixonada por você.

Então eu vi você beijando ela hoje naquele parque não sei o que estavam fazendo lá mais vou descobrir, não ouse roubar ela de mim essas cobras te serviram como um aviso.

As suas ameaças não abalam a mim sujeito, agora vai ser olho por olho e dente por dente, jamais permitirei que machuque a minha filha e a minha mulher, pois se eu tinha dúvidas que queria Kessy para mim, elas sumiram depois do beijo de hoje.

Que o confronto comece então, vou ter certeza de, está preparado para você.

— Pietro corre aqui achei olha a parte do muro pelo lado de fora da casa onde sai o escoamento da água veja bem a imagem vou voltar.

Guardo o papel no bolso e observo a filmagem.

Então um metal comprido tendo na ponta um gancho desce pela lateral do muro prende entre as falhas do ralo e o puxa para cima abrindo assim o buraco.

Rodolfo acelera a imagem alguns minutos depois e vejo a primeira cobra surgir.

— Ele ficou em cima do muro no ponto cego onde as câmeras não pegam.

— Pietro estamos lidando com alguém de sangue frio que pensa muito bem antes de agir, tem alguma coisa que precisa me contar para assim preparar a nossa equipe.

— Senta aí que vou te contar penso que vamos passar por tempo de guerra.

contei tudo para meu melhor amigo o único que nunca desgrudou, estava presente em todas as etapas da minha vida.

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