Sexta caixa

Chego na empresa vou direto para minha sala vejo Melissa entrar com uma caixa o meu corpo todo gela.

— Você abriu?

— Eu mesma não, cheguei e estava na minha sala com o seu nome amiga.

-O que ele mandou dessa vez? Chamei o Pietro aqui assim que ele chegar trás até aqui.

-Amiga não fala nada aqui na empresa com ele sobre a investigação.

-Por que Melissa ?

— Se as caixas sempre foram deixadas aqui é porque ele tem acesso, então vai saber os seus passos.

— Não tinha pensado nisso.

-o melhor lugar para ir é a sua casa ainda mais se quiser escutar o áudio, você disse que queria ouvir junto com ele.

vejo a Melissa toda cuidadosa ela realmente está pensando, vai me ajudar bastante.

— O que faria sem você em?

— Não conseguiria sobreviver.fala com um sorriso convencido, arrancando uma gargalhada da Kessy.

- Quando ele chegar vou ver um lugar discreto para conversar.

Tem tanto papéis para assinar olho para a caixa e por mais que esteja curiosa em abrir, o medo fala mais alto e resolvo abrir quando voltar para o escritório após falar com o Pietro.

Assino alguns documentos e Melissa aparece na porta.

— Pietro chegou.

Pego a minha bolsa e saio da sala.

— Quero falar com você num lugar tranquilo, vamos?

— Vamos sim! Fala Pietro percebendo o rosto pálido da mulher.

— Recebeu outra caixa?

- Sim

— O que tinha dessa vez?

— Ainda não abri, sabe o gravador?

—Sim.

— Estou mais ansiosa para saber o conteúdo dele.

Chegamos no estacionamento e Lyan vem em nossa direção.

— Precisa que te leve em algum lugar?

Meu primo ficou furioso por ela não ter aberto a caixa assim que recebeu, como ele sabe que ela ainda não abriu? Você deve está pensando, isso mesmo ele colocou uma câmera lá, ou melhor dizendo conseguiu convencer a Beatrice por meio de chantagem.

— Não Lyan fique, possa ser que eu não chegue a tempo para o almoço então a Melissa vai almoçar com um investidor, então quero que a leve.

— Certo Senhorita.

Ele pediu para eu grudar na Kessy mais como preciso está aqui para a Melissa, não posso da bobeira aquela gata já me odeia não posso da mais munição para ela.

Vejo os dois entrar no carro e vão embora, é primo nem sempre as coisas saem como você planejou.

Pietro para num parque saimos do carro e sentamos em um banco debaixo de uma árvore.

Olho para aqueles olhos verdes e meus olhar vai descendo pela maçã do seu rosto até chegar a sua boca e eles ficam ali, uma necessidade intensa de o beijar invade cada célula do meu corpo.

— Kessy não olhe assim ou eu. Não deixo ele terminar calo a boca dele com um beijo intenso cheio de saudades e algo mais profundo sim, amor, amo tanto esse homem.

Fico surpreso com o beijo, porém Kessy não sai da minha cabeça e a Manuela não ajuda o tempo todo ligando para a Kessy, falando o tempo todo como ela é legal não deixa eu esquecer, aí não dá outra o tempo todo ela está em minha cabeça e entrando no meu coração de uma forma tão rápida que me espanta.

Aprofundo o beijo e a puxo para meu colo aperto a sua cintura com firmeza e a mesma se derrete em meus braços, paramos o beijo para recuperar o ar.

— Desculpa Pietro pelo beijo eu só não sei o que me deu, na verdade sei sim, foi vontade. Fala ela ficando vermelha.

Pietro abre um sorrisão para ela.

— Eu não quero desculpas se todas as vezes que eu vier-te ver você receber assim, venho diariamente.

— seu bobo.

— Os seus beijos me deixa assim bobo, louco por você.

Se vocês não ficaram arrepiadas aí, a Kessy ficou viu, da cabeça aos pés. Eles ficam se olhando um sorrindo para o outro até que Kessy se lembra do porque estarem naquele lugar.

— Pietro peguei o gravador igual te expliquei por telefone mais por alguma razão quis escutar junto contigo.

— Então pega ele aí, solta o áudio, vamos ver o que tem para nós.

Pego a minha bolsa e retiro o gravador, minhas mãos tremem e soam ao mesmo tempo. Então solto o áudio.

-Olá, seu Augusto quanto tempo em, a sua filha está ainda mais linda, sabe que voltei não é? quero a sua filha para mim a fase adulta trouxe um certo encanto para ela, arrependo do que fiz com a minha princesa no passado, então vou compensar o meu erro, porém não te perdoou por ter matado o meu pai seu Augusto eu poderia destruir a sua empresa sabia? e ainda levar a Kes, eu vi as filmagens sei que você não encostou no meu pai que ele se jogou da escadaria sozinho, não acredito que não tenha incentivado ele a pular.

Meu pai não ia deixar a minha mãe e eu sozinhos, o senhor estavam bêbado naquele dia na verdade os dois estavam, não lhe perdoou, na minha cabeça o senhor é o culpado, não conte para a sua filha quem eu sou ou vou destruir os sonhos da Kessy e incendiar o império de vocês até virar pó, se você fazer a cabeça dela contra mim, vou ter o prazer de fazer você e ela sofrerem, paro o áudio por aqui mais logo nos falaremos de novo, que sabe não seja para falar sobre casamento? O seu castigo será viver sem saber notícias da sua filha, não saberá quanto tiver netos, sim quero ter três filhos com ela, até breve.

O áudio acaba o meu corpo gela as minhas mãos soam os meus batimentos estão tão alterados que chegam aos meus ouvidos e uma sensação de medo grande invade o meu peito, essa sensação é estranho, porém é como se o meu corpo já tivesse experimentado isso antes, então percebo que já passei por isso por esse pânico, sinto um gosto amargo na minha boca.

— Kes não entra em pânico, olha para mim. Fala Pietro tentando me trazer de volta.

— já senti isso antes Pietro essa sensação de terror é como se eu tivesse tido isso outras vezes.

Ficamos ali por horas e quando sinto que posso voltar para a empresa chamo Pietro.

— Vamos, precisamos voltar.

Pietro da um selinho em meus lábios e vamos em direção o carro minutos depois estamos na empresa e fico grata por naquele momento ele respeitar o meu silêncio e querer discutir o que escutamos.

— Pepê será que você poderia, subir para a minha sala junto comigo? já são 12:30 A Melissa está almoçando com um investidor não quero abrir a caixa sozinha.

— Claro Kes. Responde já saindo do carro.

Entramos na sala e a Beatrice está com uma cara de quem chorou.

-O que houve com você minha linda vêm aqui.

-Senhorita Kessy me perdoe vou me recompor no banheiro.

- Isso acontece com todo mundo Beatrice, até comigo tem dias que não nos sentimos bem e é normal, pode tirar a tarde de folga volte amanhã com o lindo sorriso que você tem.

- Voce é tão meiga e gentil, não deveria está passando por tudo isso.

-Do que está falando?

-É que sem querer eu ouvi uma conversa de vocês quando fui na sala da Melissa a porta que liga as salas de vocês estava aberta aí eu escutei não foi por mal, só que não deu para evitar não escutar. Beatrice fala como uma desculpa que colou bem, ela quase se entregou.

-Desculpas aceitas .

— Não vou sair imediatamente pois tenho um relatório para entregar a Melissa, então assim que acabar irei para casa descansar. Fala Beatrice por fim.

Beatrice é outra que está sofrendo nas mãos do primo na infância ele era o grande amor dela, tentou aproximar do primo agora que ele voltou mais o que ela viu foi o ser abominável que o mesmo tinha se transformado. O motivo do choro é porque o primo entregou o novo endereço dela para um bandido que insiste que a ama e ele com certeza irá fazer uma visitinha para ela.

— Tudo bem Beatrice. Fala Kessy entrando na sua sala com Pietro logo atrás.

-Não fala nada do gravador na sala. Fala ela bem baixinho

— Ok. Responde Pietro

Pego a caixa, sei que ele tem acesso aqui e se ele envia essa caixa para cá é sinal que ele tem o controle por enquanto da situação.

Abro e vejo uma foto de um quarto todo azul, a cama em formato de um carro de corrida, o guarda-roupa tinha uns adesivos de carro, a mesa com um monte de brinquedos então olho em cima da mesa tem um porta retrato então quando eu identifico que é a garota da foto fico imóvel, sou eu na foto quando era criança, realmente nos conhecemos desde crianças.

Deixo a foto cair então abaixo para pegar E vejo que tem algo escrito atrás, percebo Pietro estranho então cai a ficha que como estava no vesro, ele deve ter lido o que tinha escrito ali.

Então viro a folha e começo a ler.

Nesse quarto aconteceu várias brincadeiras nossas, porém um dia foi memorável o dia que me deu um selinho e esse foi o seu e o meu primeiro beijo ainda lembro da sensação dos seus lábios nos meus.

Uma dor forte invade a minha cabeça eu grito pois é tão insuportável.

-Pietro eu não suporto a dor, faz parar. Coloco as mãos na minha cabeça e aperto na esperança de aliviar só que nada muda a dor triplica é como se meu cérebro tivesse recebendo uma descarga elétrica então sou tomada pela escuridão.

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