Após o almoço, Henrique convidou Leila para dar uma caminhada. O dia estava esplêndido, com um céu azul sem nuvens e o sol brilhando intensamente, aquecendo o ar com sua luz dourada. O clima perfeito parecia refletir a leveza do momento, embora uma certa tensão pairasse no ar.
Henrique: — É uma surpresa para mim você aceitar um convite meu. — comentou ele, um sorriso brincando em seus lábios enquanto olhava para ela.
Leila: — Só me deu vontade de caminhar um pouco. É a primeira vez que ando por essa parte da cidade. — respondeu Leila, mantendo o tom casual enquanto seus olhos percorriam as ruas tranquilas e arborizadas.
Henrique percebeu a bolsa que Leila carregava e, lembrando-se do conteúdo que ela havia mencionado antes, perguntou com um brilho nos olhos:
Henrique: — Você trouxe as suas trufas? Quero uma.
Leila: — Vou lhe dar uma. — disse ela, tirando uma pequena trufa da bolsa e entregando-a a ele.
Henrique: — Estou no céu por ganhar algo de você! — exclamou Henrique, mordendo a trufa e fechando os olhos por um instante, saboreando o doce.
Leila: — Acho justo depois de ter comido aquele prato francês delicioso. — comentou ela, lembrando-se da refeição que compartilharam.
Henrique: — Gostou mesmo? — perguntou ele, a empolgação evidente em sua voz.
Leila: — Gostei! Às vezes eu me arrisco a fazer algumas receitas que vejo na televisão, aquelas que só de assistir já dão água na boca. — disse ela, sua voz se tornando mais envolvente enquanto pensava nas suas aventuras culinárias.
Henrique: — E você consegue sempre reproduzir os pratos? — perguntou, curioso.
Leila: — Na maioria das vezes, sim. Mas às vezes algo dá errado, mas com jeito dá para corrigir. — respondeu Leila, lembrando-se dos desafios na cozinha.
Henrique: — Eu me imagino cozinhando... Seria uma coisa linda nós dois na cozinha, você oferecendo uma colher para eu provar o tempero. — disse ele, com um sorriso que revelava um pouco mais do que apenas um interesse culinário.
Leila: — Estamos tendo uma boa conversa, mas você já está imaginando coisas. Sabe cozinhar alguma coisa? — perguntou ela, desafiadora.
Henrique: — Nada! Mas você poderia ser minha professora. Nos filmes, o casal que cozinha junto acaba sempre se envolvendo romanticamente. Poderíamos reproduzir a cena da Dama e o Vagabundo. — disse ele, com um brilho travesso nos olhos.
Leila: — Não me vejo fazendo algo assim. Parece ridículo. Aquela cena só é romântica porque eles não perceberam o que estavam fazendo. — disse ela, ficando séria.
Henrique: — Então você acha sem graça reproduzir a cena do macarrão? — perguntou ele, um pouco desapontado.
Leila: — Claro. — respondeu firmemente.
Henrique, com a imaginação à solta, começou a fantasiar:
Henrique: — "E aquelas cenas quentes com o cozinheiro colocando a ajudante no balcão e dando aqueles beijos ardentes..." — imaginou ele, distraído. De repente, sentiu um tapa no braço.
Leila: — Tarado! O que está imaginando com essa cara de bobo alegre? — perguntou ela, irritada.
Henrique: — Se eu contar, você vai me bater mais. O que posso dizer é que foi ótimo! — disse ele, provocando.
Leila sentiu a raiva crescer dentro de si, tentando controlar-se enquanto pensava no que ele poderia estar imaginando. Ela o encarou, tentando decidir se deveria continuar a conversa ou se afastar de vez.
Henrique: — Para com isso, não foi nada demais. Não fique irritada. — disse ele, tentando acalmá-la.
Leila: — Quero que me respeite, mesmo nos seus pensamentos. Não faça nada obsceno comigo. — disse ela, apontando-lhe o dedo indicador.
Henrique não pôde deixar de rir da situação, o que só aumentou a irritação de Leila.
Leila: — Estou falando sério! — disse ela, elevando um pouco a voz.
Nesse momento, um homem que passava por eles comentou:
Homem: — Casal de namorados brigando?
Henrique: — Minha noiva! — respondeu Henrique, sem perder a oportunidade de provocá-la.
Homem: — As estressadas que são boas. — disse o homem, rindo enquanto seguia seu caminho.
Leila, irritada, acelerou o passo e se afastou, chegando a uma parada de ônibus. Quando o ônibus chegou, ela entrou rapidamente, esperando se livrar de Henrique. Mas ele correu e entrou junto.
Leila: — Por que me seguiu? — perguntou ela, enquanto procurava um lugar para sentar.
Henrique: — Estamos juntos. — respondeu ele, pegando na mão dela e a guiando até dois assentos vazios.
Leila: — "Que ódio! É a segunda vez que ele age rápido, me fazendo ir onde ele quer." — pensou ela, frustrada.
O cobrador chegou e eles compraram passagens para o centro da cidade.
Henrique: — Minha primeira vez andando de ônibus, e com você ao meu lado, é maravilhoso. — disse ele, olhando para ela com um sorriso.
Leila: — E o seu carro? — perguntou ela, ainda tentando entender o que ele estava planejando.
Henrique: — Mando alguém buscar depois. — respondeu ele, despreocupado.
Enquanto o ônibus os levava de volta ao centro da cidade, Leila se perguntava o que realmente estava acontecendo entre eles, e se Henrique era apenas um bobo provocador ou algo mais estava se desenvolvendo.
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Atualizado até capítulo 53
Comments
Sol Sousa
Está interessante
2024-10-12
0
Joseli Fernandes
que história chata achei que seria mais ação . não gostei 😕😕😕😕
2023-05-06
3