Como seduzir o vilão certinho?

— Louis, solte ela. — Elliot gritou. Louis estalou os dedos e seu irmão estava de joelhos no chão.

— Esse castelo é meu. Tenha respeito. Pai, leve ele antes que eu mesmo arranque sua cabeça por sua gritaria. — Louis falou pela primeira vez, pelo menos, para todos ouvirem.

— Você só pode... — Elliot iria continuar o caos, mas seu pai bateu em sua cabeça.

— Estamos indo. Estaremos ansiosos para o casamento. — Mikael disse puxando Elliot pela camisa para fora.

— Casamento? — Elliot me olhou sério. Todos meus pelos se arrepiaram. Meu instinto mandava matar ele agora mesmo. Tentei me mover, mas Louis me segurou.

— Cuide bem da minha filha, Louis. Se ele escolheu você, tenho certeza que foi o certo. Lobas só cometem erros quando querem. Filha, saiba que o reino dos lobos sempre será sua casa. Volte quando quiser ou precisar. E se precisar de ajuda, uive. Boa noite. — Meu pai disse antes de sair.

— Se eu não tivesse te segurado, você mataria meu irmão na frente dos nossos pais? Depois de ter negociado toda terra proibida pela cabeça dele intacta? — Louis me perguntou surpreso.

— Lobos têm o sentido aguçado, sei que você sabe disso. Seu irmão não vai ficar parado. Eu pensei que me afastar dele seria o fim, mas talvez seja um novo começo. — Falei desanimada.

— Podemos falar do seu ex-noivo depois, sabe que acabei de ficar noivo sem falar uma palavra ou concordar, certo? — Louis fazia careta.

— O que meu pervertido preferido quer como forma de desculpa? — Perguntei acariciando o rosto dele.

— Pode evitar que eu seja traído, sem me dizer quem é o traidor? — Louis me solta uma dessa. E eu achando que ele ia rasgar minha roupa. Fiquei decepcionada.

— Posso, mas tem certeza que quer que eu faça isso? Você não quer mesmo saber? — Era estranho essa reação.

— Confio em poucas pessoas na minha vida, Luna. São poucos que detém minha confiança. Entende? — Louis explicou. Resumindo, ele sabe exatamente quem vai trair ele, apenas não quer lidar com isso.

— Tudo bem. Compreendo. — Concordei. Ele deve ter os motivos dele para isso.

— Vou pedir para que Jasmim leve você até seu quarto. Deve está cansada. — Louis disse.

— Não vai dormir também? — Questionei.

— Vampiros não precisam comer ou dormir. — Louis explicou.

— Parece entendiante. Então, por favor, pode ficar comigo até adormecer? Seu castelo é um pouco assustador. Parece que a qualquer momento vai aparecer um fantasma. — Pedi fazendo cara de cachorro que caiu da mudança

— Você é uma noiva muito mimada, sabia? — Louis fez careta, mas levantou e me acompanhou.

— Aliás, o que faz durante a madrugada? — perguntei enquando subiamos as escadas para o quarto.

— Leio livros, trabalho ou me jogo a luxúria. Depende do meu humor. — Louis disse com um sorriso.

— Nada de sexo com Catarina. Você é noivo agora. Já fui traída o suficiente. Parece até que é um karma. — Alertei a ele.

— Não parece injusto, tu sabe tudo sobre mim e eu nada sobre você? — Louis perguntou.

— Não. De todas as coisas injustas desse mundo, essa com toda certeza não é uma delas. — Respondi.

— Você é realmente uma caixinha de surpresa. — Louis disse sentando em uma poltrona no quarto.

Parecia tão calmo, que me deu uma vontade louca de atentar ele. Me aproximei dele. Sentei no meio das suas pernas e afastei meu cabelo.

— Pode abrir para mim? — pedi.

— Posso chamar Jasmim para te ajudar. — Louis disse na mesma hora. Ao ver minhas intenções.

— Não preciso. Meu noivo está aqui, não? — olhei para ele que engoliu a seco.

— Está. — Louis estalou os dedos e eu estava vestida com um pijama imenso.

— Quer me matar de calor? Porque tudo isso? — Nunca tinha nem visto uma camisola tão grande.

— Você não me fará cair na tentação. Não irei te deixar me seduzir tão facilmente. — Louis explicou.

— IMPOSSÍVEL! VAMOS NOS CASAR! — Será que ele entendeu que será falso o casamento?

— Eu sei, mas por enquanto é a minha noiva. Eu sou um príncipe e por mais que esqueça, você é uma princesa. Irei seguir as tradições. — Louis se vangloriava.

— Vai mesmo? Boa sorte, então. — Sempre fui bem competitiva, será bom fazer isso. Disse me aninhando em seu colo, colocando minha cabeça em seu peito.

— O que está fazendo? Tem uma cama enorme ali. — Louis perguntou surpreso.

— Estou fazendo um estudo científico, quanto tempo você vai conseguir resistir a uma ruiva maravilhosa, gostosa e quentinha como eu no seu colo. — Sorri. Nem tava tão no clima, mas eu não era do tipo que saia perdendo.

— Já disse que você é problema? — Louis sorriu. Parecia está se divertindo.

— Eu sei, sou o problema que você quer ter. Talvez você seja um pouco masoquista — Brinquei.

— O problema literalmente você se jogou no meu colo direto. Não tenho culpa que você anda viciada no meu colo. Apenas como um cavalheiro que sou, ofereci para você. — Louis devolveu.

— Quero ver por quanto tempo a sua pose de cavaleiro vai continuar. Que tal uma aposta? Se você resistir até amanhã, te deixo tomar meu sangue antes do casamento. — Sorri. Louis segurou minha mão.

— Algum vampiro já te mordeu? — Louis perguntou do nada.

— Que? Sabe que o único vampiro que frequentava minha casa era seu irmão, certo? — Pensei que ele perguntaria da virgindade, mas de mordida foi nova para mim.

— Entendi. — Louis falou antes de eu sentir suas presas perfurando a minha pele. Todo meu corpo se aquecia.

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