Capítulo 5

Elizabeth estava pálida, tinha imaginado tantas vezes o reencontro com o homem que a danificou até deixá-la literalmente em pedaços.

Ele, aquele homem, Sebastián estava na sua frente, segurando sua mão para deixar um beijo nela. Mas não, - tenho que manter a calma e recuperar meus sentidos, tenho que me recuperar - disse mentalmente quando retirou sua mão do príncipe Sebastián antes que ele a beijasse..

- Oh\, alteza! Um prazer conhecê-lo - disse pegando as laterais do seu vestido para fazer uma reverência. Seu ato foi mais para evitar o contato com ele do que qualquer outra coisa. - Devo mantê-lo o mais longe possível por enquanto. A vingança é um prato que se serve frio e requer paciência - pensou ainda inclinada.

- Não é necessário fazer isso\, lady Elizabeth\, é um prazer conhecê-la e espero vê-la com mais frequência - disse Sebastián com um sorriso malicioso.

O general percebeu que o príncipe Sebastián estava prestando atenção na sua filha, e isso não lhe agradou nem um pouco. Aquele príncipe que estava ganhando poder para obter o cargo de príncipe herdeiro não era do seu agrado, pois pressentia que sua cortesia, assim como sua amabilidade, eram fingidas. Chegou a imaginar que ele era como uma serpente que gostava de se enroscar nas pessoas para depois envenená-las, e como estavam certos seus pressentimentos. Por isso, ele não gostou nem um pouco do olhar que estava dando à sua bela filha.

- Filha\, você deve estar cansada. Ainda não se recuperou completamente\, vá descansar - falou o general enquanto segurava a mão dela.

- Sim\, pai\, na verdade\, não me sinto bem. Vou descansar. Com licença\, pai... e alteza\, prazer em conhecê-lo - dito isso\, ela se afasta depois de fazer uma reverência.

Elizabeth, com as pernas trêmulas, se afastou do local, entrando na mansão para se dirigir ao seu quarto, uma vez dentro, desabou na cama.

- Deuses\, que me deram uma nova oportunidade\, por favor\, me dêem forças - murmurou para si mesma.

Ter se encontrado cara a cara com o príncipe Sebastián tão cedo foi um grande choque, mas a partir de agora ela precisava se mentalizar para isso. Assim, ela foi adormecendo, até ouvir batidas na porta, era seu pai dizendo para ela descer para jantar.

Durante o jantar, ambos estavam tranquilos, em silêncio, desfrutando da comida que lhes havia sido servida, até que seu pai lhe pediu para escolher uma criada para servi-la, já que após o episódio do envenenamento, o general havia demitido todas as que eram relativamente novas e pouco confiáveis na mansão.

Elizabeth ficou pensando antes de responder: - Sim, acho que deveria contratar uma, mas quero cuidar disso pessoalmente, pai. Já tenho uma ideia de quem pode ser.

O general apenas assentiu e continuou comendo. Ele sabia que sua filha não era boba e podia confiar nela.

No dia seguinte, Elizabeth pediu para que preparassem a carruagem para sair, com alguns guardas para acompanhá-la, por insistência do seu pai vários iriam. Ela começou sua viagem em direção aos arredores da cidade, levaria várias horas para chegar onde queria, e torcia para que a pessoa ainda estivesse lá.

Finalmente chegaram a uma pequena vila e, dirigindo-se a uma pequena loja de remédios, cumprimentou o vendedor. O homem, ao vê-la, percebeu que era uma dama de boa família e se aproximou dela, dando-lhe as boas-vindas cordialmente com uma reverência.

- Como posso ajudá-la\, minha lady? - perguntou o homem de meia-idade.

- Procuro uma rosa negra do monte dourado que foi abençoada pela borboleta negra - respondeu ela.

O homem arregalou os olhos como se estivessem lutando para sair. Aquela frase só era usada por uma pessoa, para contatar outra que se ocultava nas sombras e era a verdadeira proprietária daquela loja. Aquele homem era apenas uma fachada que atendia e se passava pelo dono.

Com uma reverência exagerada, aquele homem respondeu: - Que a benção da borboleta perdure. - E, dito isso, pediu que ela o seguisse. Assim, chegaram ao porão do lugar, onde foram abrindo portas e mais portas. Elizabeth fez uma careta pensando consigo mesma...

- Additionally\, please note that the original paragraph structure has been maintained while rewriting the paragraph:

- Desde quando ela se tornou tão desconfiada e cuidadosa? - saiu de seus pensamentos quando aquele homem apontou para a porta que seria a última e abriu\, encontrando uma garota quase da mesma idade sentada em uma das belas poltronas daquela sala.

- Vejo que você gosta de luxos. Ela estava certa\, você tem bom gosto. Devo dizer que eu gosto... - disse Elizabeth entrando naquela sala.

- Quem diabos é você? E como conseguiu chegar até mim? - disse aquela garota olhando para a mulher que tinha em sua frente.

- Você parte meu coração\, querida rosa negra - disse Elizabeth sentando-se em uma das poltronas do local... - a única maneira de chegar até você é através da borboleta... - respondeu olhando para alguns quadros com desenhos de borboleta que havia no local\, para então pousar os olhos em um enfeite de borboleta com o qual aquela garota brincava.

- Elyana\, onde ela está? O que você sabe dela? - perguntou aquela mulher visivelmente preocupada.

- Elyana está morta\, o príncipe Sebastião alimentou as bestas da floresta com o que sobrou dela... - disse Elizabeth olhando fixamente para aquela garota.

Uma lágrima traiçoeira caiu dos belos olhos daquela garota, Elyana a havia salvado de uns bandidos que estavam prestes a abusar dela. Ela havia prometido a si mesma sempre servir sua salvadora e assim foi. Elas se ajudavam mutuamente, e ela aprendeu a arte do envenenamento graças à ajuda de Elyana. Também aprendeu a se defender. Elas eram como irmãs de alma, até que um dia Elyana desapareceu e, por mais que a procurasse, não pôde encontrá-la. E agora tinha aquela mulher desconhecida em sua frente dizendo que sua amada irmã estava morta. Não pôde evitar sentir-se culpada por não ter sido capaz de protegê-la.

Elizabeth, ao vê-la assim, sentiu seu coração doer... então não pôde evitar dizer-lhe - vou vingar a morte de Elyana, vou destruir o príncipe Sebastião. Se hoje estou aqui é para perguntar se você está disposta a se juntar a mim. Sei que precisa de explicações e que tem muitas perguntas já que sou uma desconhecida para você. E prometo que as darei. Todas as respostas você terá mais adiante. Confie em mim.

Aquela garota ergueu o olhar, vendo os olhos daquela mulher e lembrou-se dos olhos de Elyana, não conseguia explicar, mas tinha a mesma sensação de segurança que quando estava na presença de Elyana... então tomou uma decisão e falou dizendo...

- Sabia que aquele homem ia traí-la\, disse a ela tantas vezes\, mas estava cega de amor - A garota se levantou e\, colocando-se na frente de Elizabeth\, disse - Se seu objetivo é destruir essa escória... eu ajudarei.

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Comments

Claudia Santos da Silva

Claudia Santos da Silva

agora vai ter fogo no parquinho kkkk

2024-02-24

3

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