Cap XII

No momento do desespero em salvar o filho, Poliana nunca percebeu quem estava lhe prestando auxílio, só quando chega no hospital ela percebe.

Poliana: Ai meu Deus! Léo?

Tomadas de grande pânico, as amigas imploram clemência, achando que Léo mataria elas.

Léo caso eu quisesse sumir com vocês, eu não teria ajudado agora, e outra, eu não sou nenhum assassino, sei que você pensa Poliana, que a morte de seus pais tem haver comigo, mas eu nunca, jamais tive participação alguma.... espero poder esclarecer as coisas com você em outro momento, agora vamos ajudar o nosso filho!

Léo pega o pequeno Nicolas dos braços de Poliana e corre com ele para o interior do hospital.

Poliana e as amigas ficam incredulas, como ele havia afirmado com tanta certeza de que Nocolas era seu filho?

Elas acompanham Léo, que entrega aos cuidados médicos o pequeno, Poliana repassa ao médico as informações solicitadas e o médico já o encaminha para realizar exames.

Poliana: Meu Deus, eu não sei se terei dinheiro para pagar tudo nesse lugar...

Léo: Poliana, eu não vou deixar o meu filho passar nenhuma privação!

Poliana: Ele não é seu filho!

Léo: É meu filho sim, e você não deveria ter me excluído de participar da vida dele, você pode negar o quanto quiser, mas assim que eu peguei ele em meus braços... eu senti isso...

Poliana se cala então e uma dúvida que ela sempre teve, crescia ainda mais, ela já não acreditava que Léo havia sido a pessoa por trás da morte de seus pais.

Amanda: Poli... será mesmo que ele ...

Bianca e amanda estavam abraçadas a Poliana.

Poliana: Sim, é verdade, O Nicolas é seu filho...

Léo: Eu sabia...

O médico chega com o resultado dos exames, e trás o veredito que Poliana tanto temia... O pequeno Nicolas estava sim com leucemia.

Poliana chora abraçando seu pequeno filho, Léo então abraça Poliana e o filho.

Léo: Eu estou a dois anos... 2 anos procurando por você, queria tanto explicar que não tive nada haver com o que houve, que larguei aquela vida antiga que eu levava, Poliana, eu nunca iria te fazer mau, você é a única mulher que amei, a única mulher que ficou marcada em meu coração...

Poliana sente acolhimento e verdade nas palavras de Léo, e suas amigas ficam também emocionadas.

Léo: Em um outro momento agente vai conversar, mas agora, vamos nos unir para salvar o nosso filho.

Poliana concorda, e o pequeno Nocolas, mesmo fraquinho, dá os braços na direção de Léo, o chamando de " papa'!

Léo abraça seu filho, e o homem que já foi traficante, que se tornou um poderoso empresário, sangue frio, capitalista, não contem as lágrimas ao ter o filho em seus braços e ser chamado de pai.

O médico recomenda que eles façam exames procurando entre eles o doador de medula óssea, caso chegue a necessidade de se fazer o transplante e assim uma mobilização é tomada.

Poliana fica ali com o filho internado já, as suas amigas vão para a casa dela pegar roupas, algo que pudesse precisar para Poliana e seu filho.

Poliana: Léo, obrigada, acho que no fundo, por mais que eu tenha mudado, que a dor tenha me ensinado muita coisa, acho que continuo a mesma garota boboca de 2 anos atrás.

Léo: Tudo bem Poliana, me escute, em breve irei saber quem foi o real culpado pela morte de seus pais, coloquei um detetive para investigar, e juro pra você que a justiça será feita.

Não sabia Léo que o culpado seria o seu irmão Marcos, supostamente executado em um tiroteio 1 ano atrás com a polícia.

6 meses se passaram, os tratamentos não estavam surtindo efeito, e a última esperança estava em um transplante de medula óssea, mas todos que fizeram o exame de compatibilidade, nenhum estava capacitado para ser o doador, nem mesmo Poliana e Léo os pais, e o tempo era cada vez inimigo deles, o Pequeno Nicolas era muito criança ainda e os tratamentos eram muito agressivos, o médico chega até Poliana e Léo e lhes fala sobre uma remota possibilidade, caso o casal gerasse mais um filho, existia uma remota chance, mas real de 25 por cento, que o bebê gerado fosse compatível.

Poliana e Léo se olham, com o desejo em comum de salvar o filho apenas, sem pensar em mais nada.

Léo: O que faremos Poliana?

Poliana: Para salvar o meu filho, eu topo qualquer coisa.

Eles tentaram a inseminação artificial, por 1, 2, pelo terceiro mês e nada, não dava certo, já desesperada, vendo o filho cada vez mais debilitado, e sabendo que o tempo estava contra ela, Poliana se prepara para executar uma ideia que tivera.

Léo chega para visitar o filho, e nota Poliana diferente, o encarando, ele estranha, até que ela o chama para conversar, e lhe explica que a inseminação artificial já havia falhado 3 vezes, então aquela poderia ser a última tentativa possivel.

Poliana: Léo, eu estou no meu período fértil, acho que nós deveriamos tentar a maneira convencional, do mesmo jeito que fizemos quando geramos o Nicolas.

Léo: Você diz , de nos dois fazermos ...

Poliana: Sim...

Sem avisar as amigas, ela pede a Bianca e amanda que fiquem cuidando do filho enquanto iria com Léo atrás de alguém que pudesse ajudar.

Amanda: Tem certeza Poliana que você se sente segura de sair com ele por ai?

Poliana: Se ele quisesse me fazer algo de ruim já teria feito, não fosse por ele , o nosso filho não teria acesso a um tratamento caro como este.

Bianca: Amiga, vai, vai logo, vamos cuidar do seu filho.

Poliana saiu com Léo, Amanda não percebeu, mas Bianca sim, ela notou o que Poliana iria fazer.

Léo vai com Poliana até o apartamento da moça, durante todo o trajeto eles não dizem nada, apenas o suficiente, para chegar ao local, ambos passavam um filme de flashbacks sobre a primeira vez que haviam ficado.

Poliana: É aqui Léo, o apartamento fica aqui.

Léo: Eu te procurando esse tempo todo.... E você tão perto de mim...

Poliana: tive meus motivos, eu acreditei que você...

Léo: Eu nunca faria nada disso...

Eles entram, Poliana vai tomar banho, e Léo fica aguardando ela, olhando as fotos espalhadas pela casa em porta retratos.

Poliana sai do banho, e fica observando Léo com um porta retrato, olhando a foto do filho.

Poliana se aproxima dele, e lhe diz que pelo seu jeito maluca e impussiva, havia errado em deixar Léo e o filho separados.

Léo: Eu só queria te encontrar, você foi e é a mulher da minha vida...

Poliana: Vamos salvar nosso filho, quando tudo isso passar, agente conversa sobre nós...

Ela deixa a toalha cair, Léo a beija e os dois fazem amor.

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