A carga perdida

***Esse capítulo possui descrição de tráfico e insinuação de estupro a menores***

***Enquanto isso em Manchester***

— Senhor Villin tivemos um problema com a carga, precisamos enviar apoio para resgatar parte dos nossos homens. A carga foi interceptada pela SWAT e tivemos algumas baixas.

Dominic: Como isso? Como eles souberam da carga? Sabe quanto foi esse prejuízo? Mas que merdaaaa

— Ainda não sabemos, mas já recebemos informações de nosso infiltrado. Ele disse que a rota foi alterada a noite, antes que pudesse intervir.

Dominic: Como assim, alterada? Foi alguma denúncia?

— Sim senhor uma denúncia enviada direto para embaixada, as as coordenadas estavam no sistema, ainda não sabemos foi foram infiltradas.

Dominic: Por que será que acho que isso tem dedo daquela maldita? Precisam achar a localização dessa rata dos infernos.

— Senhor isso é serviço de algum hacker, acha mesmo que ela teria como fazer isso?

Dominic: Faz sentido ela não pode ser tão inteligente assim, ainda mais se puxou a mãe kkkk, Gael, precisamos identificar esse maldito que está conseguindo nossas rotas.

Gael: Pode deixar senhor irei fazer isso.

— Senhor envio o avião para o resgate?

Dominic: Resgatar não, manda executar esses infelizes incompetentes, isso sim, e já contra outros.

— Sim senhor.

***De volta a nova York***

Isla estava perdida nos seus pensamentos, Avery se aproxima preocupada com ela, pois já estava ali a um certo tempo.

Avery: Está tudo bem, Isla?

Isla: Está sim, estou aqui pensando se deu certo a isca... será que consegui salvar aquelas pessoas?

Avery: Ainda acho que está se arriscando muito, precisa buscar ajuda médica, não pode ficar assim sem conseguir dormir.

Então Isla desaba no choro, explicando os motivos de não conseguir dormir.

Isla: Não sei o que fazer, estou cansada, meu corpo pede para dormir, mas quando fecho os olhos me vejo naquele porão, baratas e ratos, aquele som das pessoas chorando sendo arrastadas, isso não sai da minha cabeça, mesmo com a luz acessa tenho medo de dormir e ter esses pesadelos. Não tem ideia do que é aquele lugar Avery, eu via os pés pequenos passando e não podia fazer nada, como o ser humano pode ser tão cruel.

Avery: Porque não conversa com a Paola, sei lá inventa alguma coisa, talvez ela possa receitar alguma coisa, até quando vai aguentar viver desse jeito?

Isla: Fico tentando encontrar uma explicação para isso, não sei em quem confiar, aquele monstro pode ter pessoas infiltradas em qualquer lugar, entende isso?

Avery: E se conseguirem te encontrar Isla? Sabe o que ele vai fazer, sem contar que ele fez um acordo de casamento, você nem sabe que é essa pessoa.

Isla: Prometo que vou pensar está bem? Não se preocupe, eu estou bem, preciso pensar numa forma de alterar meu sobrenome, mas quando perdi o celular, não tinha conseguido transferir todos os dados, apenas as fotos.

Avery: Está falando das fotos que tirou do porão?

Isla: Sim, mas ainda não é seguro acessar, tenho certeza que estão monitorando, preciso invadir a nuvem e retirar.

Avery: Será que aqueles caras não são confiáveis?

Isla: Talvez, mas pode ter alguém infiltrado como vamos saber, além disso não gostei do jeito daquele cara, já pensou quando descobrir que matei um policial? Quem me garante que não vai me prender ou tentar me extraditar. Mudando de assunto, será que a Paola vai conseguir o serviço para você?

Avery: Espero que sim, amanhã ela disse que era para eu ir até lá, vamos ver.

Isla: Eu vou sair amanhã e ver se consigo alguma coisa, preciso ocupar minha cabeça.

***De volta a equipe da SWAT***

A equipe se preparava para voltar, já tinham na base militar uma equipe médica a espera, o hospital que Sophia trabalhava foi informado para ajudar no atendimento, ela liga para Paola que vai direto para o aeroporto esperar com as ambulâncias.

Já era tardiamente, quando a equipe da SWAT desembarca, ela ficou impressionada com o estado das crianças e dos adultos, parte foram levados para a fundação onde receberiam alimentação e abrigo até que pudessem retornar para casa.

Paola: Meu Deus, Noah, como foi isso?

Noah: Ainda não sabemos, chegamos lá esperando uma coisa e era outra, amanhã teremos uma reunião com o Major. Mas infelizmente cinco pessoas estavam mortas, tínhamos recebido algumas denúncias, mas como os dados tiveram uma redução achamos que era falsas. Agora não sei quais serão as próximas ordens, Youssef vai para o batalhão, eu vou com vocês fazendo escolta.

Youssef: Noah, você vai com a Paola certo? Nós vamos levar os prisioneiros para o batalhão.

Assim que a equipe chega no batalhão, Youssef pede que levem todos para a cela, amanhã logo cedo iniciaremos os interrogatórios, deixa eles sem água e sem comida, para aprenderem como é bom, bando de covarde.

***No Uruguai***

Os homens de Dominic ainda escondidos na mata veem um avião que acreditam ser para resgatá-los, eles saem correndo sinalizando, indicando onde estão, mas o avião se aproxima do solo e homens armados fuzilam todos, depois pousam e fazem uma varredura para ver se ainda restava mais algum, em seguida informa a base.

— Execução efetuada com sucesso. Estamos retornando.

Dominic: Maravilha! Agora envie homens para aquela aldeia na Índia, preciso de mercadoria para repor a perdida.

— Sim, senhor enviaremos agora mesmo alguns homens, pelo que nosso informante nos mandou serão aproximadamente 20 itens.

Dominic: E o leilão para depois de amanhã está tudo certo?

— Sim, senhor, já temos as confirmações.

Dominic: Veja se no porão tem algo descente para divertir os homens, pelo trabalho executado eles merecem.

***De volta a narradora***

Naquele dia vidas foram salvas, muitas se perderam, mas a equipe de Youssef obteve sucesso, apesar deles estarem ainda impressionados de como as pessoas estavam sendo transportadas e o que mais o deixava intrigado é como aquelas informações foram plantadas, quem teria feito aquilo?

Isla desde o dia que saiu do porão não conseguia dormir por mais de duas horas sem ter pesadelos, até quando ela conseguiria viver dessa forma?

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Dados importantes: Novos dados sobre tráfico de pessoas no Brasil aponta para o viés de gênero e de exploração sexual ligados ao crime, de acordo com o Instituto LIVRES. Pesquisa divulgada pelo órgão, que analisou o período de janeiro de 2020 a junho de 2021, mostrou que 75% das vítimas de tráfico de pessoas são crianças, adolescentes e mulheres.

Fonte: https://revistamarieclaire.globo.com/Feminismo/Violencia-de-Genero/noticia/2022/01/criancas-e-mulheres-sao-75-das-vitimas-de-trafico-de-pessoas-aponta-estudo.html

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