Ivy acabava de escovar os dentes quando Dexter entra no quarto trazendo uma bandeja de café da manhã.
― Já está acordada. Como se sente? ― Ele pergunta colocando a bandeja na mesa.
― Bem. ― Ela responde indo até a mesa mancando. ― Com um pouco de dor, mas isso é normal.
― Se precisar de um analgésico eu peço ao doutor.
― Ele já me deu alguns, mas está tranquilo por enquanto. Obrigada rs.
― Por nada. Agora tome um café bem reforçado. Você também precisa se alimentar bem.
― Obrigada. Me acompanha?
― Claro, por que não? Rs.
Dexter senta, mas só pega apenas um café com torrada.
― Como está Raviel? Ele já acordou?
― Sim, mas voltou a dormir. Ao menos sentirá menos dores.
― Dê analgésico a ele depois, mas antes o faça comer um pouco. Ele precisa se alimentar para recuperar todo o sangue perdido.
― Pode deixar doutora Evelyn.
― Rs. Bom, também disse ao doutor que vou me encarregar de trocar os curativos dele, assim o médico não precisa vir.
― Tem certeza? Posso contratar uma enfermeira...
― Não. Prefiro eu mesma cuidar e qualquer anormalidade eu comunico ao doutor. ― Ela olha a mão enfaixada de Dexter. ― Também vamos trocar as suas rs.
― Ah, que isso. Estou legal. ― Ele responde meio sem graça.
― De jeito nenhum. Depois do café vamos já trocar o seu.
Dexter dá um sorrisinho de lado concordando com a cabeça.
― Dexter... ― Ivy hesita um pouco com medo da reação dele sobre o que queria pedir.
― Sim?
― Bom... diante de tudo o que aconteceu... eu... eu...
― Você...? Diga mulher! Está me deixando curioso kkk
Ivy dá um sorriso sem graça e toma coragem.
― É que, eu queria poder ir embora. ― Dexter levanta as sobrancelhas surpreso e ela se apressa a dizer. ― Mas eu prometo vir todos os dias para cuidar do Raviel, não se preocupe.
― Desculpe Ivy, mas isso ainda não será possível.
― Mas por quê? Vocês ainda duvidam de quem eu sou?
― Não exatamente... acontece que ainda tem coisas mal esclarecidas e outras coisas também.
“Tipo, o Raviel estar apaixonado por você”.
Dexter pensa e vê decepção nos olhos dela.
― Então... me deixa ligar para minha amiga Aurora. Ela deve estar preocupada comigo porque não fui trabalhar hoje e nem avisei.
― Desculpe Iv...
― Por favor! Eu juro que não contarei nada daqui, de onde estou, mas eu preciso avisar que estou bem.
― E amanhã? Você vai querer ligar de novo e vai ficar inventando desculpas todos os dias? Pois eu não sei quando você poderá partir.
Ivy fica pensativa. Dexter tinha razão.
Ela poderia inventar que estava doente hoje, mas e amanhã? E depois? E conhecendo a Aurora, ela iria procurá-la e veria que ela não estava em casa.
“Preciso inventar uma viagem... vai ser meio esquisito, mas...”
― Eu vou dizer que tive que viajar às pressas.
― Não sei... ― Dexter hesita, mas ela insiste.
― Eu digo qualquer coisa Dexter, até que me casei e fui para Las Vegas, mas eu preciso dizer a ela que estou bem ou ela vai me procurar até embaixo das pedras!
Dexter solta uma gargalhada com os exemplos que Ivy deu.
Ele sabe dessa tal de Aurora pelo seu dossiê e que ela era a única pessoa mais próxima de Ivy por aqui.
Sem dúvida, a amiga iria procurá-la e poderia até dar queixa do desaparecimento dela.
Isso não seria bom. Não que eles temessem a polícia, mas quanto menos pessoas envolvidas nisso melhor, pois no momento que Aurora se envolvesse, ela também estaria em perigo.
― Tudo bem Evelyn. ― Ela dá um sorriso de alívio. ― Vou te deixar falar com ela, mas terá que convencê-la a ficar longe. ― Dexter se inclina na mesa e fala em tom ameaçador. ― Ou ela pode se machucar...
Dexter vê Ivy engolir em seco.
Ele teve que ameaçar para que Ivy realmente conseguisse deixar a amiga de fora.
― Tudo bem. Eu consigo.
― Certo. ― Dexter pega o celular dele e entrega a ela desbloqueado. ― Ligue. Na minha frente e coloque no viva-voz.
Ivy assente pegando o celular, disca o número e coloca no viva-voz.
No segundo toque, Aurora atende.
― Alô? Quem é?
― Oi Auro, sou eu Ivy!
― Ai nossa Ivy! Onde você se meteu?? Eu te liguei várias vezes e você não me atendeu! O que aconteceu? Você está bem?
Ivy ri de tantas perguntas e Dexter acha engraçado também.
― Ei, ei calma rs. Estou bem Auro. Estou ligando justamente para não te deixar aflita.
― Como não?? Tem noção do quanto fiquei preocupada?? Te liguei no fim de semana para a gente sair, mas você não atendeu. Até aí tudo bem, mas quando cheguei aqui na clínica e você não chegava. Eu já comecei a pirar! Já ia chamar a polícia!
Ivy olha para o Dexter que fica sério e ela pigarreia antes de falar.
― Desculpe Aurora, eu sei que fui errada em não te falar, mas tudo aconteceu tão rápido que nem tive tempo de pensar!
― Como assim? O que aconteceu?
― Sabe a dona Adelina?
― A senhora que te ajudou quando você fugiu do orfanato?
Dexter se mexe na poltrona e Ivy fica sem graça.
― Sim, ela mesma... então, me ligaram dizendo que ela não estava nada bem e você sabe o quanto ela é importante para mim. Então não pensei duas vezes. Peguei o primeiro ônibus que tinha disponível.
― Nossa amiga! Devia ter me dito, assim te emprestava meu carro. Também nem me ligou no caminho. ― Aurora faz um bico ao dizer.
Ivy sorri com carinho imaginando a careta dela.
Aurora sem dúvida era a melhor amiga que alguém poderia ter.
― Obrigada Auro, mas como disse foi tudo muito rápido e para ajudar, meu celular quebrou no caminho. Ainda esqueci de levar meus documentos acredita?
― Nossa amiga, verdade. Eu vi aqui na sua mesa. Mas como ela está? Está muito mal?
― Bom... sim. Digo, um pouco. ― Ivy se enrola um pouco. ― Ela ainda está mal, por isso vou precisar me ausentar por um tempo Auro.
― Mas o que vamos fazer sem você aqui? A doutora Debie já está doida aqui tendo que atender os seus bichinhos.
Ivy suspira com saudade e tristeza dos seus amigos peludos.
― Eu sei Auro..., mas não posso deixá-la...
Ivy se sentia mal por mentir para sua amiga e ainda inventar isso de Adelina que considerava como uma avó que nunca teve, mas era para o bem de Aurora.
Seja lá o que eles eram, ela não queria meter sua amiga nisso.
― Tudo bem... vou ver se seguro as pontas aqui, mas me promete que não vai sumir? Que vai me ligar de vez em quando.
Ivy olha para Dexter como se pedindo permissão e ele assente.
― Sim, quando eu conseguir outro celular te ligo. Preciso ir agora amiga. Obrigada e me desculpa te preocupar rs.
― Tá perdoada dessa vez rs. Se cuida e manda um beijo para a dona Adelina por mim.
― Claro! Beijo Auro. Te adoro.
― Também te adoro! Beijos.
Ivy desliga e entrega o celular triste.
― Você fez bem. Melhor para a segurança dela.
Ivy assente e suspira.
― Obrigada... Bom, vamos trocar seu curativo agora.
Dexter revira os olhos, mas a deixa olhar seu braço.
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...Autora on:...
...Olá minhas lindas! Espero que estejam bem e desejo uma ótima semana!...
...Quero saber a opinião de vcs. Esse é meu primeiro romance de mafioso e quero saber o que acharam até aqui....
...Devo continuar ou vcs acham que não vai rolar?...
...Deixem seus comentários! 😉❤️...
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Atualizado até capítulo 102
Comments
Aida Meire
autora seu livro está maravilhoso só queria fotos dos personagens,casas roupas, pois em geral os mafiosos são lindos
2023-04-15
97
Aline Priscila 🎀
PELO AMOR DE DEUS AUTORA, CONTINUE!!!!!!!
Está MARAVILHOSA sua história!!!!! MAIS, MAIS, MAIS POR FAVOR!
2023-02-22
30
Maria Pinheiro
Como primeiro livro você está
arrasando!! muito boa história e muito bem amarrada , você está conduzindo tudo muito bem sabendo disar momentos de ação e romance . Parabéns @jessicaeme.
2024-11-29
2