Capitulo 15

Ivy é conduzida até uma garagem grande onde haviam vários carros pretos com homens armados para todo o lado.

Ela é colocada no banco de trás de um dos carros e vê Dexter na direção.

― Dexter, o que está acontecendo? Para onde estão me levando??

― Acho melhor você calar a sua boca aí e colocar o cinto.

Ivy levanta as sobrancelhas surpresa pelo modo frio e agressivo que Dexter falou com ela, mas antes que pudesse perguntar, Ravi abre a porta de trás entrando no carro ao lado dela.

Ela fica atrás do motorista e Ravi olha para Dexter.

― Estamos prontos, chefe.

― Ótimo. Vamos.

Dexter liga o carro e sai seguido de mais cinco carros.

Ivy começa a ficar tensa. Ela tinha um mal pressentimento sobre isso e resolve obedecer colocando o cinto.

O caminho todo foi silencioso. Raviel nem olhara para ela um segundo sequer. Nem de longe parecia o mesmo homem que fez seu sangue ferver com seus beijos quentes.

Ivy suspira e toma coragem para falar. Já que iria morrer, que deixasse claro quão idiotas eles estavam sendo.

― Raviel... ― Ela o chama e ele olha com desprezo para ela. ― Seja lá onde está me levando, saiba que está cometendo um grande erro. ― Ele ri debochado e ela continua. ― Eu disse a verdade. Eu não conheço esse cara. Se vocês não querem acreditar em mim, então... acho que todos nós vamos morrer.

Dexter estreita os olhos e aperta o volante pensativo. Faltava apenas uma quadra para chegarem ao galpão deles.

Quando Raviel ia retrucar, ele simplesmente se joga para cima dela.

Então, um carro em alta velocidade bate com tudo na lateral onde ela estava fazendo os vidros estilhaçarem por todos os lados e o carro quase virar.

― Ahhhh ― Ela grita de susto embaixo de Raviel que se afasta depois do baque olhando para ela.

Ivy olha nos olhos dele como se visse arrependimento, mas antes que pudesse falar algo, tiros começam a voar pelos ares.

― É o Carlo, Raviel! ― Dexter anuncia já tirando sua arma da cintura e começa a atirar pela janela.

― Fique abaixada! ― Ravi ordena para ela e saca a arma. ― Você está bem Dex?

― Sim! Vai, foge! ― Dexter fala soltando o cinto e saindo pelo lado oposto do carro.

Raviel sai do carro e começa a atirar.

Eram vários homens atirando dos dois lados.

Ele vê que Carlo está em vantagem e Dexter pede reforços para os homens que já estavam nesse galpão.

Dexter troca o pente da arma e olha para Raviel.

― Vai, foge droga!

Raviel o ignora e se abaixa para olhar para Ivy.

― Vem, desce! ― Ela o olha assustada, mas tira o cinto indo até ele. ― Quando eu disser, quero que você corra o mais rápido que puder naquela direção. Entendeu?

― Mas...

― Vai até o galpão número 55 e se esconda! ― Ele a puxa do carro e faz um carinho no rosto arranhado dela. ― Fuja!

Ele dá sinal para ela correr e ela sai disparada abaixada tentando não ser atingida.

Raviel nota um dos capangas ir atrás dela e se levanta para atirar nele acertando em seguida.

― Ravi! ― Dexter grita alertando-o.

Ivy olha para trás e fica horrorizada quando vê um tiro atingir o peito de Raviel e ele cair ao chão.

Ele olha para ela fazendo uma careta de dor e ela fica parada olhando-o perto do muro e vê ele murmurar um "fuja".

Ela nem pensa duas vezes. Simplesmente Ivy se arrisca indo até ele no meio do tiroteio.

― O que faz aqui?! ― Raviel briga com ela com a voz fraca. ― Fuja garota...

― Anda... vem! ― Ivy fala pegando no braço dele e colocando ao redor do seu pescoço. ― Me ajuda Ravi!

Ele se coloca em pé com dificuldade e se apoia nela.

― Sua tola...

― Me xinga depois, agora vamos!

Ela começa a andar com ele na mesma direção que foi antes e Dexter fica surpreso com isso, mas se recupera rápido voltando a atirar e cobrir a saída dos dois.

Ivy consegue chegar do outro lado e Ravi começa a pesar mais.

Ela olha o rastro de sangue atrás deles e começa a ficar aflita.

― Aguenta Raviel... estamos quase...

Nesse momento, um carro preto para na frente deles descendo dois homens e ela para se assustando.

― São meus... homens... ― Raviel anuncia quase perdendo os sentidos.

― Venham! Depressa! ― Um deles fala e a ajuda a levar Raviel para o carro.

Logo eles saem cantando pneu.

...*****************...

Ivy chega no galpão e manda os homens levarem Raviel.

― Aqui tem um quarto tipo hospital igual onde estávamos? ― Ela pergunta para o capanga que ajudava a carregá-lo.

― Temos, mas ainda não está todo equipado. O galpão é novo e estamos instalando as coisas ainda.

― Sério? ― Ivy pergunta já pensando no que fazer. ― Levem-no até lá e eu vejo o que temos.

Eles fazem conforme ela manda e ela vai atrás.

Logo eles entram e colocam Raviel que ainda estava consciente na maca.

Ivy começa a procurar as coisas que poderia usar, mas o lugar ainda estava bem vazio. Tudo o que achou foram gazes e soro.

Dexter nesse momento entra todo ofegante como se tivesse corrido uma maratona.

― Co...como ele es...tá? ― Ele pergunta tentando recuperar o fôlego.

― Dexter, ele precisa urgentemente de um médico e de sangue! ― Ela responde pressionando o ferimento com as gazes.

― Você não... consegue resolver? ― Ele pergunta chegando perto. ― O médico vai demorar mais... por que terá que dar... a volta para chegar aqui.

― Não tem nada aqui! Precisamos ao menos estancar o sangue. ― Ela olha para Ravi que estava ficando cada vez mais pálido. ― Droga... Raviel!

Ele olha para ela e estende a mão como se fosse tocá-la, mas estava tão fraco que não consegue.

― Merd@! ― Dexter fala nervoso e olha para um dos homens que estavam ali. ― Rápido, vá buscar sangue onde quer que seja, nem que tenha que invadir um hospital!

O capanga arregala os olhos, mas sai em disparada.

Ivy olha o ferimento e percebe que foi um pouco mais acima do peito, quase no ombro e tem uma ideia.

― Dexter... eu acho que sei o que fazer, mas é só temporário.

― Qualquer coisa. Do que precisa??

― Preciso de pólvora.

― O quê? ― Ele pergunta espantado. ― Como assim pólvora?? Quer explodir quem?

― Pólvora Dexter, pode ser da bala da sua arma! ― Nesse momento Raviel geme de dor. ― Depressa homem!

― Tá, tá!

Dexter pega sua arma e tira as balas na pressa e abre as cápsulas com dificuldade. Depois de algumas tentativas e quase quebrar um dente, ele consegue abrir algumas e entrega a ela.

Ivy rasga a roupa de Raviel e vê mais sangue escorrer.

― Se isso não der certo ele vai morrer pela hemorragia e não pelo tiro em si... ― Ela murmura apreensiva e Dexter engole em seco.

Raviel estende a mão e Dexter segura forte.

― Cui...da...

― Eu vou cuidar! ― Dexter nem deixa Raviel terminar de falar já entendendo o que ele quis dizer.

Ravi queria que ele cuidasse de Ivy caso algo acontecesse com ele.

Se tinha uma coisa boa naquela emboscada, é que com certeza ali eles descobriram que ela era inocente. Carlo jamais faria isso se realmente Ivy fosse mulher dele e agora ela estava tentando salvar a vida de Raviel.

Se ela fosse realmente a inimiga, jamais faria isso.

― Isso vai doer...

Ivy avisa olhando Raviel e ele olha profundamente para ela como se estivesse dando permissão para ela continuar.

Ela então joga a pólvora no machucado e Ravi urra de dor.

― Eu preciso de um isqueiro! ― Logo Dex tira o isqueiro do bolso e entrega a ela. ― Segure-o firme!

Ela acende o isqueiro e encosta na pólvora.

Imediatamente ela começa a queimar e Raviel grita e desmaia de dor. Logo dava para sentir no ar o cheiro de pele sendo queimada, mas o sangue é estancado.

Dexter olhava tudo paralisado.

Aquilo realmente funcionou e ele olha para Ivy como se ela fosse de outro mundo.

― Deu certo... ― Ele murmura ainda sem acreditar.

― Ainda bem... ― Ela diz limpando o suor da testa. ― Eu vi isso em um filme, então agora sei que funciona mesmo.

Dexter quase engasga com o que ela revelara.

― Como assim viu em um filme? E fez isso com ele? Ficou louca mulher?!

― Eu não tive escolha! Era isso ou vê-lo sangrar até morrer!

Dexter não sabia se ria ou ficava bravo com aquela garota, mas antes que pudesse decidir o médico chega junto com as bolsas de sangue.

― Estou aqui! Onde está o Don? ― Ele chega perto e vê surpreso o estado dele. ― O que aconteceu aqui?

Depois de Dexter explicar, o médico manda todos saírem para descontaminar o local e com as coisas que trouxe começa a fazer a cirurgia pedindo para que Ivy fosse sua assistente.

Ela fica ali ajudando o médico com muita rapidez e agilidade que o faz se surpreender com ela.

Depois de três longas horas, o médico conseguiu retirar a bala e limpar o estrago causado pela pólvora.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***