Mais uma vez, Sken está dentro do seu carro em frente a delegacia quando alguém passa pela janela do carro do lado dele, ele se assusta e coloca a cabeça pra fora pra vê quem é, mais uma vez ele não vê ninguém, Sken está começando a ficar realmente com medo e nem sabe do que. Sken tenta ignorar e tenta relaxar um pouco, ele coloca uma música, se encosta no banco fecha os olhos. Sken fica assim por um minuto até a música parar, ele abre os olhos e vê pelo espelho e por relance uma garota no banco de trás, ela é jovem, tem o cabelo liso e castanho, está toda suja e machucada, tem um corte na garganta que não a deixar falar, Sken está apavorado e imóvel. Ele segura o volante com força , fecha bem os olhos e ouve uma voz, o que você tem? Ele olha para a janela do banco do passageiro e vê a imagem da garota por segundo mas é Bren que está lá. – Sken? – Entra no carro! Bren entra no carro e logo olha pra trás. Você tá vendo? Sken pergunta curioso. Eu tô sentindo, ela diz. Sentindo o que? Ele pergunta mais nervoso. Ela para um pouco e diz, sangue, é sangue. Ela olha pra ele e vê que ele não tá sangrando e não tem nada sujo de sangue no carro e ela completa, o cheiro do sangue humano é inconfundível, é uma coisa que quando você sente uma vez fica impregnado no seu consciente para sempre, como uma lembrança vivida. Ele acena com a cabeça concordando com tudo que ela disse, ele está sentindo essa sensação. Sken olha pra Bren tenso e diz, ela tá morta, né? Assassinada. Tá, aham. Bren concorda também com lágrimas nos olhos. E onde nós ficamos nisso? Bren pergunta confusa. Sken olha pra Bren confuso e diz, eu acho que é.. ele pausa.. você.
Isaac vai até a casa de Tom. Richard abre a porta. Richard: Isaac, que surpresa! Isaac: Acredite, é uma surpresa pra mim também mas, eu preciso muito falar com o Tom. Richard: Entra aí. Aconteceu alguma coisa? Isaac: Não! Eu só.. queria falar sobre uns trabalhos. Richard: Ah sim, ele falou que vocês estavam fazendo alguma coisa juntos. Isaac: Ele falou? Richard: É, falou. O problema, Isaac, é que os professores disseram que você entregou os trabalhos mas, o Tom não. Ele tá bem encrencado. Tá acontecendo alguma coisa? Isaac: Eu só acho que ele tá com problema pra dormir. Eu já tive isso, eu sei o quanto pode fazer mal pro dia a dia. Richard: É, eu sei. Ele tá estranho, Isaac. É só o sono mesmo? Porque eu acompanhei ele esses dias e ele parece estar dormindo a noite inteira. Isaac: Ah, eu não sei. Richard: Então, tá me dizendo que vocês que andam com ele não notaram nada de diferente. Isaac: Talvez um pouco mas, não somos tão próximos assim. Richard: Talvez a Bren saiba. Isaac: Eu duvido, ela tá com muita na cabeça, eles nem tem se visto, eu acho. Isaac tenta enrolar para que Richard não pergunte nada a Bren e a deixe mais nervosa. Richard: Ainda assim, Bren é muito observadora. Isaac: Se eu não sei o suficiente a Bren sabe tanto quanto eu no máximo. Richard: Pensei que não era tão próximos. Isaac: Ah, estamos passando mais tempo juntos ultimamente. Richard: Eu acho isso bom, vocês podem fazer bem uns para os outros. Isaac: É, eu acho que sim. Richard: Tom tá lá em cima no quarto dele, talvez a visita de um amigo o anime. Isaac: É claro!
Tom ouve bater na porta e fala, já pai, eu já comi. Isaac entra. Tom: Porque tá aqui? Isaac: Esteve na casa da Bren esses dias? Tom: Não. Isaac: Não se lembra de ter ido até lá essa semana? Tom: Não. Tom responde com naturalidade, como se realmente estivesse sendo totalmente sincero. Ele não se lembrava de nada. Cara, você tá preocupado comigo e com a Bren ou? Isaac: A Bren tá preocupado com você. Tom: Comigo, porque? Isaac: Você tá brincando? Tom: Não, porque? Isaac: Porque? Tom: Você veio até aqui porque a Bren tá preocupada comigo? Ela te mandou aqui? Isaac: Não! Ela não sabe que eu tô aqui. Tom: E porque você tá aqui? Cara, se é esse o problema, a Bren me chutou faz tempo. Isaac: Não tô aqui por isso! Tô aqui por você! Tom: Por mim? Tom sorri. Isaac repara os arranhões nas mãos e um pouco no rosto. Como conseguiu ficar desse jeito? Brigou com um gato? Tom: Tá mais pra um tigre. Isaac: Eu acho que foi isso mesmo! Tom: Eu não sei o que é. Será que eu sou sonâmbulo? Tom se pergunta enquanto olha no espelho. Isaac fica realmente assustado e preocupado com Tom.
Depois que Isaac sai, Tom vê um caco de vidro bem pontudo no chão, ele se abaixa pra pegar mas, para. Tom se levanta e enfia o pé no caco de vidro. Tom vai ao chão gritando de dor e seu pai aparece.
Bren está em casa se preparando para deitar, ela vai até seu banheiro e está distraída lavando seu rosto e vê marcas roxas em seu pescoço ao se olhar no espelho. Bren seca seu rosto nervosa e passa e esfrega seu pescoço com a toalha, as marcas não só nos estão ali como também doem. É real! Isso é real! Bren vai até seu closet, se senta no chão no meio do closet e começa a separar roupas só com golas altas, extremamente tensa e nervosa!
Bren pega seu celular e começa a olhar sua lista telefônica, ela passa pelo número de Jenn, de Vic, de Tom, de Jamal, e chega no nome de Sken. Bren manda uma mensagem para Sken. – Eu tô com medo. Ele responde de volta, eu sei.
Bren e Sken ficam sentados no carro de Sken. Eles estão calados e comem batata frita. Eles olham um para o outro e não precisam dizer nada, ela apenas sorri pra ele e sorri de volta. Bren não mostra as marcas para Sken naquele dia mas, ela observa Sken e só quer que ele esteja ali com ela. Sken olha para Bren, abaixa a cabeça disfarçando e pensando a mesma coisa.
Bren e Sken param o carro em um lugar na floresta onde ela costumava fazer festas da fogueira. Eles ficam encostados na frente do carro bebendo algo e conversando.
– Ela nunca chamou de volta.. – E se.. Bren e Sken se olham profundamente. Bren olha pra floreta e Sken continua olhando Bren enquanto diz, E se ela estiver chamando..
Tom está deitado na cama do hospital com o pé enfaixado e ele diz, acho que não vou sair de casa hoje. - Por uns dias eu acho que não, diz a enfermeira Jannette. Tom diz a si mesmo, não, essa noite não..
Bren está no escritório em pé apoiada na mesa com a cabeça baixa e não vê seu pai chegar.
John: Filha. Ah! Bren se assusta e fica muito aliviada em ver seu pai. Oi pai. John: Tudo bem? Porque tá aqui uma hora dessa? Bren: Eu vim pegar uma parte da nossa pesquisa que eu deixei aqui. O trabalho é pra amanhã cedo. Do jeito que a minha cabeça tá, se eu deixar pra pegar amanhã de manhã eu esqueceria. Ela rir dizendo, deu muito trabalho, Sken ia me matar! Tão longe assim? Bren olha pro pai com aquela carinha de bebê do papai. John se aproxima e abraça a filha. Bren se sente acolhida pelo pai. John olha pra baixo enquanto a abraça e vê que ela está com os pés enfaixados. Porque enfaixou os pés, pergunta John? Bren: Estão doloridos. E eu machuquei correndo. John: Os dois pés? Bren rir. Eu corro com os dois. Eu tenho dois pés eu machuco dois pés. John e Bren saem rindo em direção a cozinha. Tô sentindo um cheiro especial, diz Bren.
John: Achou que eu tinha esquecido da tradição? Parmegiana com champanhe! Eu sei que fazia um tempo. Bren: Ah, e as trufas? John: Eu não esqueci as trufas, tenho amor a vida! Bren corre pra pegar os champanhes. John: Ei, o seu é o sem álcool em! Bren: Eu sei! Eles conversaram sobre sua semana, suas ideias, comeram seu jantar especial e se divertiram muito. Bren precisava muito daquela noite com o pai. Apesar de não estar pronta pra dizer que tinha um perseguidor invisível e coisas do tipo. Ela queria muito contar mas, essa noite não. Essa noite não..
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 75
Comments