Onde nós pisamos?

Sken: Ai ai espera! Todos param.. Sken: Não vai por aí não! Bren: Porque não? Sken: É onde fica o cemitério. Bren olha pra Sken com expressão de interrogação. Sken: O antigo cemitério proibido de Fallown.. Não sabe? Um cemitério tradicional antigo que. Bren: E? Sken: E é proibido. Tom: E tá meio escurecendo mais cedo hoje né? Sken: É. Eu.. Eu meio que notei isso também. Tom: É. Bren para e rir.. Tudo bem, mas, não vamos entrar em nenhum cemitério.  Apesar de ser bem poético!

Bren, Sken e Tom estão andando pela floresta e é umas cinco da tarde. Quando Tom tropeça em alguma coisa..

Tom: Aí. Sken: Aí cara, se machucou? Bren se aproxima curiosa, se abaixa e vê que Tom tropeçou em um relógio de bolso antigo. Tom: O que é isso? Bren: É um relógio antigo muito caro. Sken: Isso é ouro? Tom: É ouro mesmo. Bren: Puro. Bren levanta, olha em volta e anda até uma árvore onde acha uma gargantilha pendurada e cheia de terra. A gargantilha estava pendurada mas estava suja como se tivesse sido tirada do chão e colocada ali recentemente.

Bren: Esse cemitério que vocês falam? Vocês já foram lá? Sken: Não. É quase uma lenda urbana. Mas, eu sei que existe porque o meu pai já foi lá. Tom: É, o meu também.

Viajamos a um flashback do passado quando Fredd Skender, pai de Simas Skender, Richard Finnmann, pai de Tom Finnmann, numa noite escura saem correndo daquele lugar deixando para trás objetos que flutuavam. Tio Benny também estava lá. John Hawkes vê os colegas correndo e se próxima com uma arma.. Quando ele abaixa a arma lentamente enquanto parece olhar apavorado para uma total escuridão..

Bren: Mas vocês nunca virão o tal cemitério. Sken: Não. Só sabemos que é um cemitério tradicional e que ninguém pode ir até lá. Bren: E você obedeceu? Uma curiosidade como essa! Sken: Ah eu.. eu abri uma exceção. Pra fazer uma média, sabe como é.. Tom: Cara, eu só sei de uma coisa. Se o meu pai tem medo! Bren:  Bom, garotos.. Vocês estão nele! – Como é?! Bren: Esse é o cemitério. É um cemitério de objetos.

Sken: Tá falando da lenda do cemitério do serial killer de Fallown Town. Tom: Vocês acham que pode ser o mesmo? Quer dizer, o primeiro foi a 60 anos e o último já fazem o que? 30 anos. Sken: São só 20, cara. Bren: Na verdade, são 17. 17 anos, 4 meses e 9 dias. Sken; Caramba! Faltou as horas. Bren: 17 anos, 4 meses, 9 dias, supostamente 25 horas e 34 minutos. Bren olha para o relógio do celular e completa, e 17 segundos. Skender e Tom olham um para o outro.. Sken: Ah é, isso foi bem específico. Caramba! Você é fã da lenda. Tom balança a cabeça para Sken dizendo, “não”! Bren: Não é uma lenda! Bren olha em volta com os olhos cheios de lágrimas.. ela anda mais um pouco e para em uma árvore. Ela toca a árvore, onde tem esculpido HH.

Viajamos a outro flashback onde três garotas brancas de longos cabelos lisos e castanhos escuros se preparam para dormir quando se assustam com o vento que bateu a janela. Uma delas pede para que a outra abra mais a janela para que possam dormir melhor com o som da chuva..

Mas agora elas estão correndo apavoradas por aquele lugar, claramente fugindo de alguém. Elas corriam na chuva com a noite chegando usando camisolas e correndo descalço pela lama..  Uma delas para na frente de uma árvore, e a toca..

Bren toca as letras esculpidas naquela árvore, e uma lágrima cai no canto do olho. Ela olha para as pegadas que deixou no chão, olha para o lado pensativa, e diz com um sorrisinho mostrando imensa tristeza: Meu pai nunca quis que eu viesse aqui!

Na delegacia..

Bren: O terror de Fallown Town? Fredd: Pensei ter dito pra ir pra casa. Bren: Pensei ter dito que não ia a lugar nenhum! Fred era o xerife e é como um tio para Bren. E assim como seu pai, seus tios também a viram crescer e sempre cuidaram e ensinaram ela. E sendo a filhinha única e a sobrinha favorita, também é muito protegida e mimada por eles. Fred também é o pai de Sken.

Fredd: Bren, você é como uma filha. E eu entendo que deve ter muita coisa passando pela sua cabeça agora. Primeiro, eu não quero ter que chamar seu pai, você não vai querer um momento como esse aqui agora. E segundo, são muitas suposições, estamos em investigação. Eu não sei como e porque você fez essa ligação entre essa garota e o que aconteceu naquela época. Mas, não tem nada que ligue. Na verdade, ainda não temos nada que leve a caminho nenhum no momento. Bren, querida, Vá para casa.

Bren: Pai. John: Filha, onde você tava?! John abraça forte Bren. Bren: eu tava ajudando na busca. Tava com uns amigos e perdi a hora. Foi mal. John: Tudo bem mas, não faz isso de novo assim. Não até.. Bren: Aham. Tá bom. John: Você tá bem? Bren: Eu tô cansada. Bren abraça o pai e chora.

Eu fui tomar um longo banho quente. Eu fiquei um bom tempo embaixo d'água deixando toda terra do dia escorrer. Eu chorei e deixei a água levar tudo que tinha que levar.

Eu desliga o chuveiro, estiquei a mão pra pegar a toalha e por um segundo eu olhei para baixo e vi o que parecia um pé do lado de fora. Eu congelei! Eu parei, e trouxe minha mão de volta pra dentro, me afastei um pouco e perguntei, pai? Eu estava com medo e falei de novo mas, dessa vez eu gritei, pai?! Mas, sem respostas! Depois de ficar parada alguns minutos no chuveiro, eu tomei coragem pra sair. Eu sai do banheiro mas, não tinha nada lá. Isso não me deixou mais tranquila. Eu estava muito assustada e a presença no lugar não era nada confortável. Eu coloquei uma roupa e sai do quarto procurando meu pai. Quando me lembrei que ele tinha saído, eu mandei mensagem pra saber onde ele estava e como estava. Eu estava aflita mas, um pouco mais tranquila em saber que o meu pai está bem.

Eu parei, encostei na parede entre o escritório e a sala, tentando voltar a respirar tranquilamente, quando ouvi um sussurro que parecia vir de trás de mim: Ele está por perto! Eu congelei e sai correndo com muito medo! Eu corri para fora de casa e cai perto do jardim de trás. Eu cai e fiquei lá deitada no chão, eu chorava e continuei deitada lá. Até que em um momento eu abri os olhos e por alguns segundos eu vi aqueles pés brancos, ao meu lado. Eu paralisei ali, não olhei para cima, eu continuei deitada no gramado olhando para aqueles pés assustadores.

Eu tomei fôlego, levantei e sai correndo novamente pra dentro de casa. Eu entrei, tranquei a porta e fui pro escritório do pai. Verifiquei as câmeras de segurança, que faziam um chiado estranho mas, não mostravam ninguém. Eu corri pro meu quarto e fiquei lá na cama encolhida até conseguir adormecer.

No meio da noite, Bren rola em sua cama, claramente tendo um pesadelo. Tom está em sua cama, agindo da mesma forma.

Sken está saindo da delegacia onde seu pai trabalha muito tarde da noite e indo em direção ao seu carro. Enquanto ele andava em direção ao carro ele sentia como se alguém tivesse o seguindo. Sken continua andando e sentindo cada vez mais pesado aquela sensação! Sken se vira e não vê nada, não tem ninguém nem perto. Ele fica observando em volta mas está muito escuro e realmente não tem ninguém. Então, Sken entra em seu carro e vai embora.

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