Quer ver tudo que eu vejo?

Jack cai desmaiado no chão! – Cara, não! Não faz isso comigo não! Sken tenta chamar por Jack, ele não sabe o que fazer! Ele chama por Frank mas não sabe onde Frank está. Ele se volta para Jack desesperado e tenta faze-lo acordar socando ele. – Acorda! Cara, acorda! Sken soca Jack dizendo, É sério, cara, acorda! Se você morrer a Bren me mata! Ele da um último soco e Jack acorda tentando respirar. O que aconteceu? Ele pergunta confuso. – O que tá acontecendo? O que tá acontecendo?! Eu vou te dizer o que tá acontecendo.. Sken diz muito nervoso! – Aí! Porque eu tô sangrando? Jack pergunta enquanto limpa o sangue em seu nariz. – Ah.. isso aí! Você caiu de cara no chão! Sken responde disfarçando. – Cai de cara no chão?! – É , você caiu! Acabou a conversa?! Cadê o Frank? Jack pergunta. É, eu também gostaria muito de saber! Diz Sken enquanto ajuda Jack a se levantar. – Eu tô bem, eu tô bem! Diz Jack. – Que bom pra você, diz Sken sarcástico.

Frank volta ao local dizendo, vamo dá o fora daqui! É a nossa deixa! Tá, e eu faço o que? Sken pergunta. Você vai distrai-los, diz Frank. Distrai-los! Exclama Sken! Você viu o que tá acontecendo lá? É, eu vi e você é muito bom. Frank diz muito cínico. Sken encara Frank. Olha só, não tem que cuidar da bagunça toda tá. Só evitar que venham atrás do Jack até estarmos longe. Da pra fazer isso? Pergunta Frank. Sken respira e diz, tá! Quanto tempo? Uma hora, diz Jack. Uma hora é suficiente? Questiona Frank. Uma hora é suficiente, Jack diz novamente. Uma hora.. – Tá. Uma hora. E depois? Depois de uma hora no máximo você vai estar bem longe daqui. Diz Jack esperando que Sken responde que vai ficar longe. – Beleza. – Toma cuidado! – Tá.

Os três saem pelo corredor e Sken fala com Jack. – Aí, Jack! – O que? – Não é que eu não seja grato que você tenha me levantado e que eu tenha evitado a sua morte por asfixia mas, nunca vamos falar sobre isso, cara. Sobre nada disso! – Não que eu não aprecie mas, pode crer! Nunca!

Sken para e olha para os corredores. O que foi? Pergunta Frank. Sken pensa e respira, é a sala do meu pai. Pra lá tem o porão da delegacia. Nessas condições eu imagino que esteja cercada também. Pra lá tem. Uma rebelião, completa Frank. Sken continua, tem a sala do meu pai. Não tem ninguém lá agora. E no que isso ajuda? Frank questiona. – Uma passagem secreta que não está sendo protegida porque ninguém sabe que existe. Eu até que.. Até que não odeio tanto esse garoto. Diz Frank. - Ah, legal, valeu mesmo. Significa muito! Diz Sken com sarcasmo.

Logo ao amanhecer eu estava lá. Eu sei que estariam se perguntando. Porque ela voltou naquele mesmo lugar sabendo tudo que podia estar a esperando por lá? Mas, eu não posso fugir agora. Temos que nos lembrar que o Tom ainda precisa de ajuda e não tem mais ninguém que possa ajudar. Eu preciso saber o que tá acontecendo com ele. Ah! Bren se assusta quando seu telefone toca.

Bren: Péssima hora. Frank: É, péssima. O tempo já pegou a carapuça que o servia. Bren: Quer falar minha língua. Frank: É claro que a polícia já sabe que eu dei um depoimento falso, uma confissão pra soltar o Jack. Bren: Eles voltaram atrás do Jack. Frank: O que você acha? Bren: Você não sabe onde ele tá agora, certo? Frank: Eu não faço ideia. Bren e Frank falam em código pra dizer que Jack está escondido.

Eu ouvi novamente a mesma voz: Corre, agora! Eu saí correndo. Enquanto eu corria, bate de frente com alguém. E por um segundo parecia que tinha alguém na minha frente. Ele era loiro e tinha os olhos verdes azulados. Ele olhou nos meus olhos e disse, continue correndo.

Bren: Aí! Sken: Caramba! Onde você tava? Faz três dias que eu tô procurando você! Bren: Como assim? Eu não me mudei. Sken: Você nunca tava em casa. Bren: Eu quase não tenho saído de casa, Sken! Principalmente a noite. Sken: Eu fui lá e você não tava. Bren: Eu tava sim! Era você na porta? Sken: É! Ele grita! E porque não atendeu? Bren: Porque não tinha ninguém. Sken: Mas tinha sim, eu! Bren: Tinha alguém, alguém que não devia estar lá. Sken: Como é que é? Bren: E depois você chegou. Sken: Eu só sei a parte em que eu cheguei. Agora explica o resto. Bren: Eu acho que você salvou minha vida.

Isaac está na escola indo embora quando encontra Tom no corredor. Tom está mexendo no armário dele e parece normal. Então ele tenta se aproximar.

Isaac: E aí, cara! Tom: E aí! Saiu tarde também! Isaac: Tava de castigo. E você? Tom: Eu também. Isaac: Você, porque? Tom: Tava dormindo na aula. E você? Isaac: Uma pequena discussão com um idiota. Tom: Com quem? Isaac: O diretor. Tom rir e diz, o meu pai! Isaac: É, esse aí mesmo! Tom rir mas, ainda parece distante. Isaac: Ainda não tá dormindo direito né? Tom: Eu durmo e acordo como se não tivesse dormindo a semanas. Isaac: Já passei por isso. É bem tenso. Tom: É sim. Isaac: E o pé? Tom: Pisei num vidro. Isaac: Caramba! Tom: É.

Eu passei no mercado a noite. Eu precisava comprar algumas coisas pro Frank levar pro Jack onde ele estava escondido. Já que eles não me disseram onde era.

Bren: hm, o Jack gosta desce. - Você conhece o Jack. Era um garotinho falando. Bren: Ah. É, eu conheço sim. - Ele não é um assassino. Ele falou aqui tão calmamente e despercebido. Bren: Não, ele não é. Você tá sozinho aqui? Ele acenou com a cabeça dizendo sim. Bren: E onde estão seus pais? - Em casa, eu acho. Bren: E eles sabem que você tá aqui sozinho? - Não, eles acham que eu tô andando de bicicleta perto de casa. Bren sorrir e pergunta, onde fica sua casa? - Ih, lá do outro lado. Bren: Do outro lado? Do outro lado da cidade? Mas já é noite, já tá escuro e seus pais devem estar morrendo de preocupação! - Eles estão. Bren: Então você tá com medo voltar pra casa? - Um pouco. Bren: Vamos fazer assim. Eu te levo pra casa, ajudo você a escapar de um belo castigo e você não faz mais isso, tá bom? - Nunca mais. Bren: Tá bom. Vamos ver aqui, você prefere qual desses doces? - Esse aqui. Bren: Beleza. Vamos lá.

Ainda bem que eu estava com a caminhonete do meu pai, como eu levaria a bicicleta do garoto? Eu tentava conversar com ele enquanto colocava as compras no banco de trás. Eu terminei de guardas as coisas enquanto pedia pra ele entrar no carro mas, quando eu levantei a cabeça e olhei em volta ele não tava lá, não tinha ninguém! Eu voltei pra dentro do mercado, eu procurei em volta e nem sinal dele ou de uma bicicleta. Eu entrei no carro e continue procurando por ele mas, não o encontrei. Passei a noite coberta de aflição com o que poderia ter acontecido com aquele garoto. Eu espero que ele tenha voltado pra casa e esteja tudo bem.

Isaac está caminhando, indo pra casa quando é interrompido por um garotinho. - Oi. Isaac: Ah caramba! Opa, oi. - Você me lembra. Isaac: Eu lembro o que? - A mim. Eu acho que eu seria assim quando eu crescesse. Isaac sorri. É, você se parece comigo quando era mais novo. - É? Isaac: É sim, muito. - Eu acho que eu seria assim. Exatamente como você. Isaac: Você vai ser como você. Mais bonito que eu. - Eu gostei de você, cara! Aquela garota é muito legal. Isaac: Que garota? - A garota que você gosta. Você tem bom gosto, eu também me apaixonei na hora. Isaac sorri mas, ainda está um pouco confuso. - Você acha que ela gosta de você também? Isaac: Eu não sei do que você tá falando. - É por esse tipo de atitude que você ainda não tem ela. Isaac - Como é? - Eu vi vocês, na floresta. Isaac: Ah, você viu? E o que você viu exatamente? - Eu vejo muitas coisas. Incluindo que você fica um bobão perto dela. Isaac - Ah. Então você fica escondido na floresta vendo tudo que fazem lá. - Não. Eu não me escondo, são eles que não me veem. É diferente. Isaac - É, muito diferente. - Você quer ver tudo que eu vejo?